A Igreja nunca mudou nem nunca mudará os seus ensinamentos sobre a recepção indigna da Sagrada Comunhão — não pode. Mas os nossos bispos precisam de mudar a sua prática enraizada nos anos 60 de permitir que isso aconteça.
Por Sara Caim
É uma característica estranha dos nossos tempos que, quando um sacerdote cumpre o seu sagrado dever, isso se torne notícia. É o caso do Padre Ian Vane, que, e bem, recusou a Sagrada Comunhão ao deputado britânico Chris Coghlan após o apoio público deste ao suicídio assistido. Tal ação por parte de um padre deveria ser comum — tão comum como são hoje os "católicos" que promovem o mal mantendo uma plataforma pública.
Receber a Eucaristia em estado de pecado mortal é um sacrilégio, pois profana a sacralidade do sacramento ao colocá-Lo num vaso danificado. Em vez de receber as graças normalmente associadas à recepção da Eucaristia, quem recebe a Comunhão em estado de pecado mortal causa ainda mais danos espirituais e agrava o pecado. Este ensinamento não é ambíguo, e nunca o foi. Pode ser encontrado na própria Escritura: “Portanto, se alguém comer este pão ou beber indignamente este cálice do Senhor, será responsabilizado pelo corpo e pelo sangue do Senhor” (I Coríntios 11:27, Knox). Assim, um padre que nega a Comunhão em tais casos está a tentar tanto ajudar o paroquiano como impedir um acto de sacrilégio.