quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A imagem completa de um homem cruelmente crucificado!

A prodigiosa história do Santo Sudário de Turim e as provas de sua
autenticidade. Importantes informações de uma grande especialista, a
Profa. Emanuela Marinelli.
Com a segurança de quem conhece em detalhes toda a história do Santo
Sudário, bem como as provas de sua autenticidade obtidas em rigorosas
análises científicas, a Dra. Emanuela Marinelli responde às questões
levantadas pelo Sr. Julio Loredo, correspondente de Catolicismo na
Itália. E a conclusão inescapável é que a imagem impressa na sagrada
relíquia - que atualmente se encontra exposta em Turim, para veneração
dos fiéis do mundo inteiro - corresponde à imagem completa de um homem
crucificado, estritamente de acordo com as narrativas dos Evangelhos
sobre a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Emanuela Marinelli é graduada em ciências naturais e geológicas, com
habilitação para lecionar Matemática, Ciências Naturais, Química e
Geografia. Trabalhou como contratada pelo Instituto de Estudo de
Mineralogia da Universidade de Roma em 1974 e 1975.
Leciona desde 1976 em escolas públicas, e a partir de 1981 ensina
Geografia física, política, econômica e turística no Instituto
Profissional para Serviços Comerciais e Turísticos Júlio Verne, de Roma.
Também lecionou iconografia, iconologia e simbologia cristã na
Universidade Assunção, de Orvieto.
Entre 1977 e 1985, tornou-se membro do Centro Romano de Sindonologia.
Nesse centro, freqüentou o curso bienal de estudos do Sudário sobre a
Paixão de Cristo, tornando-se depois professora dos referidos cursos.
Após ter participado de um subseqüente curso bienal de catequese
ministrado pelo Vicariato de Roma, este lhe outorgou em 1987 o diploma
de catequista especializada em Catequese da Paixão.
Como professora, participou em 1987 do primeiro curso de Sindonologia,
realizado em Roma pelo Santuário de Nossa Senhora do Divino Amor. Entre
1988 e 1992, promoveu cursos de aperfeiçoamento para professores de
Religião da diocese de Roma, sobre os tópicos relativos ao Sudário,
tendo feito o mesmo em outras dioceses da Itália. A partir de 1977,
profere conferências em diversas regiões da Itália e no exterior,
escreve artigos em jornais e revistas, e participa de programas de rádio
e televisão.
Participou dos congressos sobre o Sudário realizados em Turim (1978),
Bolonha (1981), Trani (1984), Siracusa (1987), Paris (1989), Cagliari
(1990), Roma (1993), Nice (1997), Turim (1998), Richmond (1999), Rio de
Janeiro (1999), Orvieto (2000), Dallas (2001), Paris (2002), Rio de
Janeiro (2002) e Dallas (2005).
Em 1990, em colaboração com Orazio Petrosillo, escreveu para a Editora
Rizzoli o livro La Sindone - Un enigma alla prova della scienza,
traduzido para o inglês, francês, espanhol e polonês. Em 1996, para a
Editora S. Paolo, o livro La Sindone, un immagine ?impossibile?,
traduzido para o português e o polonês. Em 1997, para a Editora S. Paolo
e em colaboração com Maurizio Marinelli, elaborou os textos para o
CD-Rom Sindone viva, além de trabalhar para a sua realização. Escreveu
em 1998 para a Editora Rizzoli, em colaboração com Orazio Petrosillo, o
livro La Sindone - Storia di un enigma, edição atualizada daquela
publicada em 1990; e para a Editora S. Paolo, em colaboração com
Maurizio Marinelli, o livro Cosa vuoi sapere sulla Sindone?. Em
colaboração com Giulio Fanti, escreveu em 1999 o livro Cento prove sulla
Sindone - Un giudizio probabilistico sull'autenticità. Em 2002, redigiu
para a Editora Delta 3, em colaboração com Maurizio Marinelli, a obra La
Sindone - Un incontro con il misterio. E em 2003, para a Editora
Progetto Editoriale e em colaboração com Giulio Fanti, o livro La
Sindone rinnovata - Misteri e certezze.
Ela figura entre os promotores do movimento Collegamento pro Sindone e
da revista bimestral homônima, agora na internet, iniciativas para as
quais trabalhou ativamente desde o início.
* * *

O rei Abgar recebe o Mandylion
Catolicismo: O Santo Sudário é considerado a relíquia mais importante e
a mais rica prova documental dos sofrimentos da Paixão e Morte de Nosso
Senhor Jesus Cristo, e até de sua Ressurreição. Foi possível
reconstituir seu itinerário do sepulcro de Jesus até Turim?
Profa. Marinelli: No século II, existia em Edessa (atual Urfa, na
Turquia) uma imagem especial da face de Jesus em tecido. Na Doutrina de
Addaï, provavelmente do Apóstolo Judas Tadeu (uma composição siríaca que
remonta ao fim do século IV), lê-se que Abgar V Ukama (o Negro), rei de
Edessa na época de Cristo, estava doente. Abgar enviou então seu
arquivista e pintor Hannan a Edessa, o qual voltou dessa cidade com uma
cópia da imagem de Cristo, pintada por ele, com uma carta que continha
uma promessa de Jesus assegurando a incolumidade da cidade.
No século VI, foi descoberta essa imagem da face de Jesus em tecido
(acheropita, ou seja, que não foi feita por mãos humanas), dita
Mandylion (lenço). Em 944, após intenso assédio, os bizantinos
arrebataram o Mandylion da autoridade islâmica do sultanato árabe de
Edessa, e no dia 15 de agosto a relíquia chegou a Constantinopla.
Numerosas testemunhas e descrições relacionam o Mandylion com o Sudário,
e com toda probabilidade ele era o próprio Sudário dobrado de outra
maneira, permitindo que se visse somente a face.
Em 1204, Roberto de Clary, cronista da IV Cruzada, em sua obra A
conquista de Constantinopla, registra que logo após a queda de
Constantinopla em mãos dos cruzados ocidentais (14 de abril de 1204), um
Sudário era exposto toda sexta-feira na igreja de Santa Maria de
Blachernae; e que sobre aquela tela a figura de Cristo era claramente
visível. E acrescenta: ?Mas ninguém sabe o que terá acontecido com o
Lençol depois de conquistada a cidade?.
Em 1205, Teodoro Angelo-Comneno, irmão de Miguel I, déspota de Epiro e
sobrinho de Isaac II, imperador de Bizâncio quando do assédio da cidade
pela Cruzada latina, afirma que o Sudário se encontrou em Atenas.
Em 1208, Pons de la Roche doou ao arcebispo de Besançon, D. Amadeus de
Tramelay, o Sudário que seu filho Othon de la Roche, duque latino de
Atenas, lhe havia enviado de Constantinopla.
Em 1314, os Templários (ordem de cavalaria de cruzados) foram condenados
como hereges, sob a acusação de praticar um culto secreto a uma face que
parece ter sido reproduzida do Sudário. Um deles chamava-se Geoffroy de
Charny.
Em 1356, Geoffroy de Charny, cavaleiro cruzado homônimo do precedente,
arrebatou o Sudário dos cônegos de Lirey, localidade próxima de Troyes,
na França. A preciosa tela permaneceu em sua posse pelo menos três anos.
Sua esposa, Jeanne de Vergy, é bisneta de Othon de la Roche.
Em 1453, Margarida de Charny, descendente de Geoffroy, cedeu-o a Ana de
Lusignano, mulher do duque Ludovico de Sabóia, que passou a custodiá-lo
em Chambéry. Em 1532, a urna de madeira revestida de prata, que guardava
o Sudário na Santa Capela do castelo dos Sabóia, teve um dos lados
arrebentado, sofrendo a relíquia danos notáveis. Em 1578, Emanuele
Filiberto transferiu o Sudário para Turim a fim de abreviar a viagem de
São Carlos Borromeu, que desejava venerá-lo para cumprir um voto. Este é
o itinerário conhecido do Santo Sudário.


Continua...

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