sábado, 4 de setembro de 2010

Testemunho de Conversão!

NOSSA SENHORA DO MARROM GLACÊ
Francisco Almeida Araújo - Ex-Pastor Protestante
O autor do livreto "Em Defesa da Fé", o agora diácono católico Francisco
Almeida Araújo, publicou (na mesma obra) o seguinte testemunho,
intitulado "Nossa Senhora do Marrom Glacê".
Nossa Senhora possui muitos títulos. Afinal, ela é Rainha por ser a Mãe
do Rei dos Reis, Nosso Senhor Jesus Cristo. Como Rainha, é natural que
tenha tantos títulos, sendo, no entanto, ela a única e mesma pessoa.
Esse inusitado, e até exótico título: "Nossa Senhora do Marrom Glacê -
estou dando para narrar um pouco do muito amor que a Virgem Maria tem
demonstrado por mim, pobre pecador. Seria longo contar todo o meu
itinerário religioso.
Não cabe fazê-lo aqui, nesse artigo. Pretendo contar toda a minha vida
num livrete que estou preparando. Há certas passagens desse itinerário
que não posso dele orgulhar-me.
São tempos de contradição, paradoxais mesmo. Sei, no entanto, que Deus
me permitiu tantas experiências para hoje reconhecer sua Misericórdia e
poder melhor orientar alguns irmãos.
Na minha ignorância escrevi, ensinei e preguei contra a Igreja, o santo
Padre, o Papa, seus Ministros, Eucaristia, a Virgem Maria...
Tempos obscuros, esses de cegueira espiritual. Nessa caminhada cheguei a
ser ordenado Pastor protestante e professor de teologia em algumas
Faculdades Protestantes.
Por que deixei de ser protestante e agora sou católico pela graça de
Deus?
É o que pretendo narrar aqui, mesmo que de forma muito resumida. Tudo
aconteceu por causa de um estudo que fiz sobre a Ceia do Senhor, em (I
Coríntios 11,23-32) passagem que já havia pregado tantas vezes, que
tinha estudado com seriedade. Ao ler os versículos 23 e 24: "Eu recebi
do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi
traído, tomou o Pão, e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse:
"Isto é o meu Corpo que é entregue por vós..." Volto a afirmar: quantas
vezes havia lido, estudado e pregado esse texto! Mas nesse dia foi
diferente. As palavras do Senhor falaram fundo ao meu coração: "Isto é o
meu Corpo".
Eu havia aprendido com meus professores de teologia, estudado nos
compêndios clássicos da teologia protestante que o texto devia ser
entendido com "representa" o meu corpo, "simboliza" o meu corpo. Eu
havia aprendido ainda que tudo aquilo era um mero memorial, nem mesmo
era sacramento, mas uma simples ordenança...
Mas ali estava a Palavra de Deus dizendo claramente; "Isto é o meu
Corpo". Sem deixar transparecer tudo o que se passava em meu coração,
sem nada revelar a ninguém, iniciei um estudo mais sério, mais
cuidadoso, sobre o assunto. Li e reli várias vezes os Evangelhos e todo
o restante do Novo Testamento em busca de uma resposta que acabasse com
aquela dúvida em meu coração.
Após algum tempo de estudos, regados de lágrimas e orações, estando um
dia de joelhos em meu quarto, a sós, com a Bíblia aberta sobre a cama,
estudando no Evangelho de (João 6,25-71), descobri a maravilha verdade
sobre a Eucaristia. Caí em prantos de alegria incontida. Havia, há
poucas horas, me ajoelhado como um Pastor protestante, embora com o
coração aflito, cheio de dúvidas, e eis que agora me levanto como
Católico Apostólico Romano!

Deus seja bendito para sempre!
Eu sabia que somente a Igreja Católica ensinava a verdade sobre a
Eucaristia: a presença real do Cristo na Hóstia e no Vinho consagrados.
É uma longa história contar como foi minha confissão para minha esposa e
filhos... Todos bem integrados no Protestantismo: dois de meus filhos,
os mais velhos, como co-pastores em Curitiba. Uma filha estudando
teologia e um outro filho trabalhando também no meio protestante. Isso
fica para o meu livrete. Também a reação dos meus irmãos Protestantes.
O que devo dizer é que sofri muito... Minha família também. Fui então
procurar um Padre e confessar a ele a minha decisão e também dúvidas
sobre tantos outros assuntos como: imagens, purgatório, comunhão dos
Santos, virgindade perpétua de Nossa Senhora... Deus me guiou ao bom
Monsenhor José Lélio Mendes Ferreira, pároco da igreja de São João
Batista, em Atibaia, Estado de São Paulo. Ele me recebeu com muito amor
e atenção, o que é próprio desse servo do Deus altíssimo. Apresentou-me
ao piedoso e culto Bispo, meu grande bom amigo, Dom Antonio Pedro
Misiara.
Fiz minha caminhada até reencontrar o Cristo na Eucaristia e ver
posteriormente filhos fazendo a Primeira Comunhão. Quando deixei os
Protestantes era mês de outubro. Fiquei portanto desempregado... Logo as
economias se acabaram. Não conseguia emprego embora professor formado
pela Universidade... Tudo porque era final de ano letivo. Sem que Mons.
Lélio ou Senhor Bispo soubessem, eu e minha família ficamos sem
alimentos... Como morávamos numa chácara, passamos a comer somente
mandioca que ali existia. Acabaram-se as boas amigas mandiocas e ficamos
dois ou três dias sem alimento algum. Rezávamos intensamente pedindo
ajuda de Deus.
Com muito estudo, descobri na Palavra de Deus , a Bíblia, todas as
maravilhas verdades sobre a Virgem Maria e sobre as santas doutrinas de
nossa Igreja Católica. Tudo obra da graça de Deus.
Num desses dias de jejum forçado, uma de minhas filhas, a Susan (na
época tínhamos oito filhos e hoje nove, graças a Deus) me disse: "Papai,
estou morrendo de fome, mas sinceramente o meu maior desejo é comer um
pedaço de marrom glacê ?. É o doce preferido dela. Em resposta e sem
pensar, lhe disse: "Pois vá ao seu quarto, dobre seus joelhos e peça à
Virgem Maria uma lata de marrom glacê" . Ela respondeu firme: "Pois eu
vou pedir agora mesmo, e quero ver se a Virgem Maria ouve mesmo orações"
. Um esclarecimento: já éramos católicos, mas dado ao bloqueio
psicológico, devido aos anos de pregações ouvidas e livros lidos contra
Nossa Senhora, não éramos capazes de rezar a "Ave Maria" ou outra oração
Mariana, com convicção, com o coração. Tinha Nossa Senhora na mente, mas
não sabia que faltava vir ao coração.
Eu não sei, confesso-o, como transmitir aqui o que se passava comigo
nesse sentido. Espero que o leitor me entenda. Voltando ao momento em
que ouvi aquela resposta de minha filha Susan, minha esposa que também a
ouviu e o que havia dado como resposta ? Susan, disse-me: "Você não
devia ter dito isso, pois a Susan pode pedir uma lata de doce marrom
glacê e não receber. Quem sabe Deus quer provar mais ainda nossa fé".
Ela tinha razão e muito séria, o que contarei no meu livrete. Respondi
então à minha esposa: "Vamos, então, para o nosso quarto pedir a Nossa
Senhora que não permita a Susan perder sua fé, tão nova e ainda
pequena". Susan já estava fazendo o pedido em seu quarto. Eu e minha
esposa nos ajoelhamos em nosso quarto, e rezamos uma "Ave Maria" e uma
oração espontânea dirigida à Virgem Maria. Pedimos que guardasse a fé de
Susan. É claro que não pedimos o marrom glacê.
No outro dia de manhã, alguém bate palmas lá no portão de entrada de
nossa chácara. Pelo vitrô vi que era um jovem de barbas e com um
crucifixo bem visível numa corrente ao pescoço. Vi logo que não eram os
meus irmãos Protestantes que novamente vinham discutir Bíblia comigo, na
vã tentativa de demover-me de ser católico. Meu filho Alden correu e
abriu o portão. Ele, o jovem, se fazia acompanhar de também uma jovem
senhora. Estavam num carro "Fusca" amarelo. Eu, esposa e filhos já
estávamos na varanda para recebê-los. O jovem então disse: "Pastor
Francisco, eu sou o Padre José Carlos Brilha" (o meu bom amigo Padre
Brilha!) e essa é a "Magui" (apelido carinhoso de Maria Guilhermina
Michele). Disse então, do prazer em conhecê-los. Ainda na varanda, Magui
me disse que estava trazendo de presente para nós alguns alimentos.
Mal acabando de dizer essas palavras, abriu a porta do seu carro, do
lado do motorista, reclinou o banco e de uma das caixas que se
encontravam sobre o banco traseiro, retirou uma lata e olhando para
minha filha Susan, Disse: "E essa lata de doce foi Nossa Senhora que lhe
mandou". Era uma lata de marrom glacê!

Nossa Senhora atende orações sim.
Ali estava a prova.
Ela atendeu o pedido de Susan.

Oito filhos, e abaixo da Susan um filho e uma filhinha. Por que logo
para Susan? Sim, eu sei a resposta. Era a Mãe do Céu que queria entrar
no meu coração, no coração daquela família. Não bastava tê-la em nossa
mente. Aquele momento foi de lágrimas e de louvor ao Altíssimo Deus por
nos ter dado tão sublime Mãe. Naquele momento, nosso amor e nossa fé na
Virgem Maria cresceu profundamente. Foi como o desabrochar de uma flor.
Desde aquela data, estamos trabalhando no Reino de Deus, falando das
glórias da Virgem Maria onde quer que vamos. Muitas e muitas graças eu e
minha família temos recebido pelas mãos de Nossa Senhora.
Pelas mãos da Mãe do Céu viemos residir em Anápolis, Goiás, e aqui pelas
mãos santas do nosso muito amado Bispo Dom Manoel Pestana Filho, esse
culto e inteligente defensor da sã doutrina, nosso orientador
espiritual, nosso líder da Fé, recebemos a Ordenação ao Diaconato
Permanente. Somos Diácono de Cristo a serviço de Nossa Senhora. Sou
Diácono da Virgem Maria. Glória a Deus!
Penso que os leitores entenderam agora a razão do título que dei à
Virgem Maria neste artigo. Voltaremos, se Deus nos permitir, a falar das
glórias da Virgem Maria.

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