sexta-feira, 15 de outubro de 2010

VOCAÇÃO AO CELIBATO

Por João Batista
O apostolo Paulo escreve na sua primeira carta aos cristãos da cidade de Coríntios, o que ele pensa: "Penso que seria bom ao homem não tocar mulher alguma. Todavia, considerando o perigo da incontinência, cada um tenha a sua mulher, e cada mulher tenha seu marido. O marido cumpra o dever para com a sua esposa e da mesma forma também a esposa o cumpra para com seu marido".(I Cor 7,1-4) E escreve que o corpo da mulher pertence ao seu marido, assim como o corpo do marido pertence à sua esposa. "Não vos recuseis um ao outro, a não ser de comum acordo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois retornai novamente um para o outro, para que não vos tente satanás por vossa incontinência. Isto digo como concessão, não como ordem. Pois quereria que todos fossem como eu; mas cada um tem de Deus um Dom particular: uns est e, outros aquele." ( I Cor 7, 5,7 )
Podemos entender a vocação ao celibato, (tanto discutido no meio protestante), através das palavras de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: "Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda". (Mt 19, 11-12).
O apostolo Paulo ensina como se unir ao Senhor sem partilha, ou seja, cuidar das coisas que são de Deus, sem preocupação com relação à família: "Quisera ver-vos livres de toda preocupação. O solteiro cuida das coisas que são do Senhor, de como agradar ao senhor. O casado preocupa-se com as coisas do mundo, procurando agradar à sua esposa. A mesma diferença existe com a mulher solteira ou a virgem. Aquela que não é casada cuida das coisas do senhor, Para ser santa no corpo e no espírito; mas a casada cuida das coisas do mundo, procurando agradar ao marido". (I Cor 7, 32-34)É claro que isto não cabe a todo mundo, pois, "há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus". (Mt 19,12)
No principio falou Deus: "Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada". (Gn 2, 18) Quando se fala do celibato, devemos entender como um casamento do sacerdote com o Senhor, ou seja, é o compromisso que o homem faz com Deus para ajudar na conservação e santificação do povo eleito, da igreja de Jesus Cristo, até que Ele (Jesus) venha para buscar os seus eleitos, a sua igreja. O homem deixa para trás toda uma vida, em que poderia usufruir bens materiais, família, poder. Por vocação, não tenhamos duvidas; é um chamado de Deus, e para se escutar este chamado é preciso não olhar para trás. Um outro lhe falou: "Senhor, seguir-te-ei, mas permite primeiro que me despeça dos que estão em casa". Mas Jesus disse-lhe: "'Aquele que põe a mão no arado e olha para trás, não é apto para o Reino de Deus". (Lc 9, 62). O catecismo da Igreja católica fala do celibato da seguinte maneira: Todos os ministros ordenados da Igreja latina, com exceção dos diáconos permanentes, normalmente são escolhidos entre os homens fiéis que vivem como celibatários e querem guardar o celibato "por causa do Reino dos Céus" (Mt 19,12). Chamados a consagrar-se com indiviso coração ao Senhor e a "cuidar das coisas do Senhor", entregam-se inteiramente a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta nova vida a serviço da qual o ministro da Igreja é consagrado; aceito com coração alegre, ele anuncia de modo radiante o Reino de Deus.  (C.I.C. 1579)
O sacerdote é homem retirado do meio dos homens pela vontade de Deus para trabalhar na obra de Deus, consagrado totalmente a serviço do Reino dos Céus, como escreve o apostolo São Paulo aos Efésios: Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo. A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, até que todos tenham chegado à unidade da fé e do conhecimento do filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo. (Ef 4, 7. 11-13).
É necessário entendermos que o sacerdote é chamado a trabalhar no corpo Místico de Cristo, ou seja, a igreja, pelo Sumo-sacerdote eterno a quem Deus constituiu, Jesus Cristo: Assim também Cristo não se atribuiu a si mesmo a glória de ser pontificie. Esta lhe foi dada por aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Como também diz em outra passagem: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque. (Hebreus 5, 5-6). Portanto o sacerdote está a serviço do Reino de Deus e não a serviço do reino do mundo.



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Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei.
Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso
e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas.
Porque meu jugo é suave e meu peso é leve.
(Mt 11, 28-30)

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