quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Avatar

Avatar

Sob uma ótica cristã

Doze anos depois do sucesso de Titanic, James Cameron volta com mais uma mega produção que custou US$ 500 milhões. Avatar.

O diretor teve a primeira idéia desse filme há 14 anos atrás (uhau!), mas naquele tempo não existia tecnologia para dar vida à produção, só depois de assistir os efeitos de O Senhor dos Anéis, do diretor Peter Jackson, ele percebeu que seria o momento para dar inicio ao filme.

O FILME
A história do filme passa num futuro distante, 2154, no planeta Pandora. Esse planeta é repleto de um mineral que pode acabar com a crise energética da Terra, aí que entra o fuzileiro americano que desperta de um sono criogênico para se conectar com um ser azulado humanóide concebido a partir de uma experiência genética que cruzou o DNA humano com o DNA N’avi (nome do povo azulado que vive em Pandora). Ele tem por missão ganhar a confiança do povo N’avi, infiltrando-se na aldeia colhendo informações importantes para os militares. O fuzileiro Jake acaba se envolvendo com os nativos e se apaixona por sua tutora. O mesmo acontece com o filme Dança com Lobos quando o personagem principal estabelece amizade com um grupo de índios Sioux, sacrificando a sua carreira.

Infelizmente não há nada de novo nesse filme, apesar de ser uma experiência visual maravilhosa. A história é muito rasa com simplismo temático e final previsível. Cameron tenta fazer um paralelo com o genocídio dos brancos contra os nativos americanos, mas tem uma aproximação muito branda que leva ao sentimentalismo.

OLHAR CRISTÃO
No tocante ecológico o filme é cheio de uma espiritualidade ligada ao culto a natureza tendendo aos modismos de hoje, na verdade ele faz uma apologia ao panteísmo, onde Deus e natureza são a mesma coisa, chamando a humanidade a uma comunhão religiosa com a natureza, mas esquecendo do Deus crucificado. E essa é uma corrente que Hollywood está difundindo em diversas produções, alem disso, milhões de pessoas tem simpatia por essas filosofias fazendo, assim, uma receita de sucesso de público e financeiro.

No século XVIII o filósofo francês Alexis de Tocqueville, já assinalava: “o credo americano na essencial unidade do gênero humano nos leva a anular toda distinção na criação. O panteísmo abre a porta a uma experiência do divino para as pessoas que não se sentem à vontade na perspectiva escriturística das religiões monoteístas”.

Fazendo algumas comparações a cor característica dos N´avi assemelha com a da deusa Shiva, uma das principais deidades do Hinduísmo. Cameron pode, também ter unido a teologia da graça e redenção quando o personagem Jake deixa seu corpo humano unindo-se ao seu Avatar remetendo ao renascimento.

O filme é uma boa experiência visual, como eu havia dito, mas devemos ter olhos vivos e astutos e um espírito aguçado para não cairmos no que as campanhas de marketing dizem. Para mim, definitivamente ele não é o melhor filme do ano.

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http://www.sacramusic.com/sz/leitor.asp?id=1464&can=6&sec=146

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