terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Beata Madre Teresa de Calcutá fala sobre o aborto.

Um dos crimes que mais combateu na vida – e sobre o amor, a felicidade e o sorriso!


«Sinto que o grande destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança, uma matança direta de crianças inocentes, assassinadas pela própria mãe.
E se aceitamos que uma mãe pode matar até o seu próprio filho, como é que podemos dizer às outras pessoas para não se matarem?
Como é que persuadimos uma mulher a não fazer o aborto? Como sempre, devemos persuadi-la com amor e devemos lembrarmo-nos de que amar significa estar dispostos a doar-se até que doa. Jesus deu a Sua vida por amor a nós. Assim, a mãe que pensa em abortar, deve ser ajudada a amar, ou seja, a doar-se até que prejudique os seus planos, ou o seu tempo livre, para respeitar a vida do seu filho. O pai desta criança, quem quer que ele seja, deve também doar-se até que doa.
Através do aborto, a mãe não aprende a amar, mas mata o seu próprio filho para resolver os seus problemas.
E, através do aborto, diz-se ao pai que ele não tem que ter nenhuma responsabilidade pela criança que ele trouxe ao mundo. Este pai provavelmente vai colocar outras mulheres na mesma situação. Logo, o aborto apenas traz mais aborto.
Qualquer país que aceite o aborto não está a ensinar o seu povo a amar, mas a usar de qualquer violência para conseguir o que se quer. É por isso que o maior destruidor do amor e da paz é o aborto.
Muitas pessoas estão permanentemente muito, muito preocupadas com as crianças da Índia, com as crianças de África – continente onde muitas delas morrem de fome -, etc. Muitas pessoas também se preocupam demasiado com toda a violência nos Estados Unidos. Estas preocupações são muito boas. Mas frequentemente estas mesmas pessoas não estão preocupadas com os milhões de crianças que estão a ser mortas pela decisão deliberada das suas próprias mães. E isto é que é o maior destruidor da paz hoje – o aborto que coloca as pessoas em tal cegueira.
E por causa disto eu apelo na Índia e em toda a parte – “Vamos resgatar a criança.” A criança é o dom de Deus para a família. Cada criança é criada à imagem e semelhança de Deus para grandes coisas – para amar e ser amada. Neste ano da família, devemos trazer a criança de volta ao centro do nosso cuidado e preocupação. Esta é a única forma do nosso mundo sobreviver, porque as nossas crianças são a única esperança do futuro. Quando as pessoas mais velhas são chamadas para Deus, somente os seus filhos podem tomar os seus lugares.
Mas que nos diz Deus? Diz: “Mesmo se a mãe se esquecer do seu filho, Eu jamais o esquecerei. Gravei o seu nome na palma da minha mão.” (Is 49). Estamos gravados na palma da mão de Deus; aquela criança que ainda não nasceu está gravada na mão de Deus desde a concepção e é chamada por Deus a amar e ser amada, não somente nesta vida, mas para sempre na Eternidade. Deus jamais se esquece de nós.
Vou contar-lhe uma coisa bonita. Estamos a lutar contra o aborto através da adoção: tomando conta da mãe e da adoção do seu bebê. Temos salvo milhares de vidas. Mandamos a mensagem às clínicas, aos hospitais e estações policiais: “Por favor não destrua a criança, nós ficaremos com ela.” Sempre temos alguém para dizer às mães em dificuldade: “Venha, nós tomaremos conta de si, conseguiremos um lar para o seu filho”. E temos uma enorme procura por parte de casais que não podem ter um filho – com a ressalva de que nunca dou uma criança a um casal que tenha feito algo para não ter filhos. Jesus disse: “Aquele que recebe uma criança em meu nome, a mim recebe.”
Ao adotar uma criança, estes casais recebem Jesus mas, ao abortar uma criança, um casal recusa-se a receber Jesus.
Por favor não mate a criança. Eu quero-a. Por favor dê-me o bebê. Eu estou disposta a aceitar qualquer criança que estiver para ser abortada e dá-la a um casal que irá amá-la e ser amado por ela.
Só do nosso lar de crianças em Calcutá, salvámos mais de 3000 crianças do aborto. Estas crianças trouxeram muito amor e alegria aos seus pais adotivos, e crescem cheias de amor e de alegria.
Eu sei que os casais em dificuldades graves têm de planear a sua família e para isto existe o método de planeamento familiar natural.
A forma de planear a família é o planeamento familiar natural, não a contracepção.
Ao destruir o poder de dar a vida, através da contracepção, um marido ou esposa está a fazer algo para si mesmo. Atrai a atenção para si e assim destrói o dom do amor nele ou nela. Ao amar, o marido e a mulher devem voltar a atenção um para o outro, como acontece no planeamento familiar natural, e não para si mesmo, como acontece na contracepção. Uma vez que o amor vivo é destruído pela contracepção, facilmente se segue o aborto.
Eu sei também que existem enormes problemas no mundo – que muitos esposos não se amam o suficiente para praticar o planeamento familiar natural e não são católicos. Nós não temos condições de resolver todos os problemas do mundo, mas não vamos incentivar o pior problema de todos, que é a destruição do amor. E isto é o que acontece quando dizemos às pessoas para praticarem a contracepção e o aborto.
Os pobres são grandes pessoas. Podem ensinar-nos muitas coisas belas. Uma vez uma deles veio agradecer-nos por lhe termos ensinado o planeamento familiar natural e disse: “Vocês que praticam a castidade, vocês são as melhores pessoas para nos ensinarem o planeamento familiar natural, porque não é nada mais que um auto-controle por amor de um ao outro.” E o que esta pobre pessoa disse é a mais pura verdade. Estas pessoas pobres talvez não tenham algo para comer, talvez não tenham uma casa para morar, mas elas ainda podem ser óptimas pessoas quando são moral e espiritualmente ricas.
Quando tiro uma pessoa da rua, faminta, dou-lhe um prato de arroz, um pedaço de pão. Mas uma pessoa que é excluída, que se sente não desejada, mal amada, aterrorizada; a pessoa que foi colocada para fora da sociedade – é uma pessoa muito mais pobre. Esta pobreza espiritual é muito mais difícil de vencer. E o aborto, que com frequência vem da contracepção, faz uma pessoa tornar-se pobre espiritualmente, e esta é a pior pobreza e a mais difícil de vencer.
Nós não somos assistentes sociais. Podemos estar a fazer trabalho de assistência social aos olhos de algumas pessoas, mas devemos ser contemplativas no coração do mundo. Pois estamos a tocar no corpo de Cristo e estamos sempre na Sua presença.
Todos devem também trazer esta presença de Deus para as suas famílias, pois a família que reza unida, permanece unida.
Existe tanto ódio, tanta miséria, e nós com as nossas orações, com o nosso sacrifício, estamos a começar em casa. O amor começa em casa, e não se trata do quanto nós fazemos, mas de quanto amor colocamos naquilo que fazemos.
Se somos contemplativas no coração do mundo com todos os seus problemas, estes problemas jamais nos podem desencorajar. Devemos lembrarmo-nos do que Deus diz na Escritura: “Mesmo se a mãe se esquecer do filho que amamenta – algo impossível de acontecer – mesmo se ela o esquecesse Deus não o esqueceria nunca.”
E aqui estou eu a falar com vocês. Desejo que vocês encontrem os pobres daqui, na vossa própria casa primeiro. E comecem a amar ali. Sejam a boa nova para o vosso próprio povo primeiro. E descubram mais sobre o vosso vizinho do lado. Vocês sabem quem são eles?
Deus jamais nos esquecerá e sempre existe algo que vocês e eu podemos fazer juntos – algo maravilhoso – pelos outros. Podemos dar dignidade a quem a não tem; podemos manter a alegria do amor de Jesus nos nossos corações, e partilhar esta alegria com todos aqueles de quem nos aproximarmos.
Vamos insistir: que nenhuma criança seja indesejada, mal amada, mal cuidada, ou morta e atirada fora. E doe-se até que doa – com um sorriso.
Porque falo muito sobre doar-se com um sorriso nos lábios, uma vez um professor dos Estados Unidos perguntou-me: “A senhora é casada?” E eu disse: “Sim, e por vezes é-me difícil sorrir ao meu esposo, Jesus, porque Ele pode ser muito exigente – algumas vezes.” Isto é mesmo algo verdadeiro.
E é aí que entra o amor – quando exige de nós, e ainda assim podemos dar com alegria.
Se nos lembrarmos de que Deus nos ama, e que nós podemos amar os outros como Ele nos ama, então a América pode tornar-se um sinal de paz para o mundo.
Daqui deve sair para o mundo, um sinal de cuidado para o mais fraco dos fracos – a futura criança. Se vocês se tornarem uma luz ardente de justiça e paz no mundo, então vocês serão verdadeiramente aquilo pelo qual os fundadores deste país lutaram. Deus vos abençoe!
(Madre Teresa de Calcutá, Washington DC, 3 de Fevereiro de 1994 – recebido de uma boa amiga por e-mail, a quem muito agradeço o envio)
FONTE: A Dignidade da Mulher Católica

http://reporterdecristo.com/34316/
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