segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SACERDOTES

"Jesus que morre na cruz,
pelos próprios irmãos.

Eis o sacerdote:
é Jesus Abandonado vivo".


Chiara Lubich

A espiritualidade da unidade e os sacerdotes
Desde os primórdios dos Focolares, sacerdotes diocesanos – e, com o passar dos anos, também diáconos e seminaristas – participaram da vida do Movimento dos Focolares, atraídos pela espiritualidade da unidade, na qual percebem uma profunda sintonia com a própria vocação, tendo ela desabrochado da oração sacerdotal de Jesus: "que sejam um para que o mundo creia" (Jo 17).
Vivendo este espírito os sacerdotes descobrem novamente a importância de ser, antes de tudo, cristãos autênticos. “Convosco sou cristão, para vós, para servir-vos, sacerdote" (Cf. S. Agostinho). Tomam maior consciência do significado das palavras de Jesus: “Disto reconhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”, testemunho que deve preceder cada atividade ministerial.
Milhares de sacerdotes diocesanos, nos vários continentes, respondem atualmente ao convite de Bento XVI para viver “o princípio petrino da Igreja à luz do outro princípio, o princípio mariano, que é ainda mais originário e fundamental”.
Fundamentados na unidade, vêem no ministério sacerdotal um serviço que deve ser realizado à imagem de Jesus crucificado e abandonado.
O estilo de vida evangélico que derivou dessa experiência encontrou uma confirmação significativa no decreto Presbyterorum Ordinis, que o Concílio Vaticano II propôs a todos os sacerdotes e que o Magistério pós-conciliar ressaltou constantemente.
A participação na vida do Movimento não subtrai os sacerdotes e diáconos à vida de suas dioceses, mas os estimula a favorecer o espírito de unidade entre todos e especialmente no presbitério diocesano, de modo que se realize cada vez mais a Igreja comunhão, fraternalmente reunida ao redor do bispo e aberta a um diálogo universal.
Vida de comunhão entre os sacerdotes
Animados por esta espiritualidade essencialmente comunitária, os sacerdotes que aderem a ela – quando a situação permite e os bispos consentem – vivem juntos, testemunhando o Ressuscitado, prometido a “dois ou três reunidos no seu nome”, com evidentes frutos espirituais e apostólicos. Mas também quando moram sozinhos procuram concretizar entre eles a fraternidade.
Quando estamos unidos pelo amor recíproco, torna-se espontâneo colocar em comum os bens materiais e os dons espirituais, (Cf. Presbyterorum Ordinis 8,17); dar testemunho da unidade e da caridade pastoral (Cf. PO 8,14); viver, na alegria os concílios evangélicos da castidade, pobreza e obediência (Cf. PO 15-17); cuidar de si mesmo e dos co-irmãos (Cf. PO 8,17);fazer dos espaços da casa e da paróquia locais de harmonia e comunhão com todos (Cf. PO 17) dedicar-se com empenho à própria formação permanente para ser homens do diálogo (Cf. PO 19); viver como membros de um só corpo, através de uma intensa comunicação com os co-irmãos (Cf. PO 19) e com todo o povo de Deus.
A espiritualidade da unidade também tem uma influência importante na atividade pastoral, porque desenvolve-se em interação com os outros e “amando a paróquia dos outros como a própria”, assim como outras realidades da Igreja. Essa vida se irradiou no âmbito das paróquias, exprimindo-se no “Movimento paroquial”. Entre os jovens surgem novas vocações.
Difusão
Atualmente 20 mil sacerdotes e diáconos acolhem e vivem, de várias formas esta espiritualidade, presentes em 120 países, em cinco continentes.
Encontros entre sacerdotes mais próximos e congressos de maiores dimensões, ocasionam a partilha de ideais e experiências.
Formação à espiritualidade da Unidade
Para um exercício na vida de comunhão surgiu um Centro internacional de espiritualidade para os sacerdotes, seminaristas e diáconos permanentes, com sede em Loppiano, próximo à Florença, na Mariápolis permanente do Movimento dos Focolares. Ela acolhe por um período do ano aqueles que, com a aprovação do próprio bispo, desejam fazer esta experiência.
Trata-se de uma verdadeira escola de vida, que alterna horas de trabalho com momentos dedicados ao aprofundamento dos princípios básicos da espiritualidade da unidade e da sua concretização seja em nível pessoal que em nível social e eclesial.
Encontrando-se com os outros habitantes de Loppiano, na sua maioria leigos, os participantes desta escola experimentam a beleza de uma porção viva do Povo de Deus, e o sacerdócio ministerial passa a ser vivido como serviço à comunhão. “Se existir a unidade também com os leigos do Movimento – estes foram os votos de Chiara na inauguração deste Centro – surgirá o que eu chamei de ‘cidade-igreja ou ‘sociedade-igreja’, que mostrará ao mundo como ele seria se fosse inteiramente renovado pela luz de Jesus, do seu Evangelho”.
Um caminho de formação semelhante existe em outros Centros de espiritualidade, nas Mariápolis permanentes da Ásia, da África e da América Latina.
Gen’s, revista de vida eclesial

Para um maior aprofundamento da Espiritualidade da Unidade e das perspectivas eclesiais que brotam dela, é publicada a revista de vida eclesial “Gen’s”.
Fatos de Vida
O que melhor exprime a novidade desta vida são as experiências:

http://www.focolare.org/page.php?codcat2=1135&codcat1=335&lingua=PT&titolo=vida%20consagrada%20e%20sacerdotal&tipo=SACERDOTES
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