(Entrevista com
Padre Gabriel Amorth)
Padre Gabriel Amorth)

Muitas vezes, já nos referimos a esta frase-titular, e agora voltamos a este tema, recolocando-o no site, porque todos precisamos de estar preparados para a luta que vem.
E a melhor táctica de guerra é sem dúvida conhecer os truques do inimigo.E aqui temos um grande conhecedor destes truques, que muito nos pode ajudar.
Trata-se do famoso Padre Gabriele Amorth, considerado o maior exorcista da Igreja Católica.No texto, o Padre ir-se-á referir ao Concílio Vaticano II, e pelas colocações do Padre, o leitor poderá ir confirmando, em seu coração, aquilo que temos dito nos últimos anos:
A fumaça do Diabo entrou na Igreja Católica, através do Concílio Vaticano II. Ali está a raiz-mãe de todos os males actuais da Igreja.
Em verdade, o Demónio luta por muitas coisas e em todas as frentes possíveis.
A sua grande sacada nas últimas décadas, foi passar-se por escondido, como se ele não exisitisse.
Fez então com que os padres não alertassem mais para sua existência e para o mal que ele causa, deixando eles de falar em pecado e em castigo para os maus.
Isso fê-lo progredir muito em direcção às almas... e ao trono de Pedro!Sim, logo veremos isso, também dos maus padres e bispos...
É imensa a cegueira de grande parte do nosso Clero.O orgulho teólogico -- eis a planta daninha já enraizada nos seus corações -- fá-lo simplesmente não mais sentir o avanço das trevas, porque quem se acostuma a viver na escuridão, já não consegue bem discernir as luzes.
E sem dúvida, quem se deixa obnubilar pelas trevas do orgulho, imediatamente apaga as luzes do Espírito Santo.
Em verdade, quanto ao Exorcismo, muitos padres e bispos chegaram a querer proibi-lo, e até mesmo que as pessoas não rezassem as orações do exorcismo leigo, como aquele "pequeno Exorcismo de São Miguel", alegando que isso era exclusivo dos padres.
Mas quem o rezaria então, se muitos padres já não acreditam no Diabo? Devemos então, todos nós Cristãos, rezar oportunamente as orações que nos são permitidas, porque somente nos é vedada a prática do Exorcismo directo, destinada apenas aos padres.(Embora, num futuro bem próximo, eu acredite firmemente que certos leigos receberão directamente do Céu este poder. Aliás e em parte, já o estão tendo).
Bem, vou afirmar aqui, sem receio de errar:Todo o sacerdote, bispo e leigo, que não acredita no Diabo, enganando os outros com tal mentira, em breve vê-lo-á (...).
E vê-lo-á ainda com os olhos de carne, para que creia nele e morra de pavor..., ou então se converta, porque quem nega a existência do Demónio e do Inferno, em primeiro lugar faz de Jesus Cristo um mentiroso, e em segundo lugar está excomungado da Igreja (automaticamente), já não sendo mais Católico Romano, porque se trata da negação de um Dogma de Fé.
Vamos agora ao texto, que me foi enviado pelo Thomas, com o seguinte comentário:
Esta espantosa entrevista, ao Padre Gabriele Amorth, foi-me enviada pelo Nuno Félix, a quem muito ficamos a dever, pois nela fica claramente provada a acção diabólica dentro da própria Casa de Cristo, na qual o Demónio se infiltra, através de padres sem verdadeira Fé, alguns pertencendo à maçonaria eclesiástica, a fim de divulgarem a apostasia e assim retirarem o poder que existe dentro da Igreja Católica para combater as forças infernais.
* * *A Fumaça de Satanás na Casa do Senhor(30 de Junho de 2001)
Passaram-se 29 anos, desde aquele 29 de Junho de 1972.Era então a festa de São Pedro, Príncipe dos Apóstolos, aquele que trouxe o Evangelho de Cristo até ao Ocidente extremo.
E naquele 29 de Junho, festa dos Santos Padroeiros da Igreja (S. Pedro e S. Paulo), o Sucessor de Pedro, que assumira nome de Paulo VI, lançou um dramático alerta:
Ele falou do "inimigo de Deus, por antonomásia, daquele inimigo do Homem que se chama Satanás".O inimigo da Igreja.
«Através de algumas fissuras», denunciou Paulo VI, «a fumaça de Satanás entrou na Igreja»!
Um grito angustiado, que deixou muita gente surpresa e escandalizada, mesmo dentro do mundo católico.E actualmente, 29 anos depois?
Aquela "fumaça" foi afastada, ou invadiu outros condomínios?Fomos perguntar (isso mesmo) a uma pessoa idónea, que lida todos os dias com Satanás e com as suas astúcias, quase como profissão.
É o exorcista mais famoso do mundo: Padre Gabriele Amorth, fundador e presidente ad honorem da Associação Internacional dos Exorcistas.
Fomos falar também com ele porque, algumas semanas atrás, dia 15 de Maio, foi aprovada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) a tradução italiana do novo Ritual dos Exorcismos.
Para entrar em uso, espera somente o placet da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

* * *
Pe. Gabriele Amorth:-- Sim, está pronta. No ano passado, a Conferência Episcopal Italiana recusou-se a aprová-la, porque havia erros na tradução do latim.
E nós, exorcistas, que temos de utilizá-la, aproveitamos para assinalar, mais uma vez, que não concordamos com muitos pontos do novo Ritual.
O texto básico, em latim, nesta tradução continua inalterado.E um Ritual tão esperado, no fim, torna-se um bluf. Uma "amarra" inacreditável, que pode impedir o nosso trabalho contra o Demónio.
-- É uma acusação muito grave. A que é que o senhor se refere?-- Dou apenas dois exemplos, bem evidentes:
No ponto número 15, fala-se de "malefícios e sobre a maneira de se comportar diante deles".
O malefício é um mal causado a uma pessoa recorrendo ao Diabo.E pode ser feito de várias formas, com trabalhos, maldições, maus-olhados, vudu e macumba.
O Ritual Romano explicava como enfrentá-lo.
O Novo Ritual, por sua vez, afirma categoricamente que há proibição absoluta de fazer exorcismo nestes casos.Absurdo! Os malefícios são na grande maioria da vezes a causa mais frequente das possessões e dos males causados pelo Demónio: nada menos de 90% das vezes.É como dizer aos exorcistas que não ajam mais.
Já o ponto 16 afirma solenemente que não se deve fazer exorcismos se não se tem a certeza da presença diabólica.
É uma obra-prima da incompetência: A certeza de que o Demónio está presente numa pessoa só pode ser obtida fazendo o exorcismo.
E tem mais: Os redactores não se deram conta de que contradiziam, em ambos os pontos, o Catecismo da Igreja Católica, que indica a realização de exorcismo, tanto no caso das possessões diabólicas quanto no dos males causados pelo Demónio.
Da mesma forma, indica que deve ser feito tanto nas pessoas quanto nas coisas. E nas coisas nunca há a presença do Demónio, havendo apenas a sua influência.As afirmações presentes no Novo Ritual são muito graves e prejudiciais, fruto de ignorância e inexperiência.-- Mas não foi redigido por especialistas?
-- Não, absolutamente.
Nestes dez anos, duas Comissões trabalharam no texto do Ritual: A composta por Cardeais, que organizou os Prenotanda, ou seja, as disposições iniciais, e a Comissão que organizou as orações.
E posso afirmar, seguramente, que nenhum dos membros das duas Comissões jamais fez exorcismo nem assistiu a exorcismos, assim como não tem a menor ideia de como sejam os exorcismos.
Esse é o erro, o pecado original, desse Ritual. Nenhum dos colaboradores, que participaram nele, era especialista em exorcismos.

-- Não pergunte para mim. Durante o Concílio Ecuménico Vaticano II, cada comissão tinha a colaboração de um grupo de especialistas, que ajudavam os Bispos.
E este costume manteve-se também depois do Concílio, tod
-- Neste caso, nós, exorcistas, não fomos jamais consultados.E as sugestões que fizemos também foram recebidas de má vontade pelas comissões.A história é paradoxal. Posso contá-la?-- Claro.-- À medida que, como solicitara o Concílio Vaticano II, as várias partes do Ritual Romano eram revistas, nós, exorcistas, esperávamos que fosse tratado também o Título XII, isto é, o Ritual dos Exorcismos.Mas evidentemente que não era considerado um assunto importante, já que passavam os anos e não acontecia nada.
Depois, inesperadamente, em 4 de Julho de 1990, saiu o Ritual ad interim, experimental.
Para nós, foi uma verdadeira surpresa, pois nunca tínhamos sido consultados antes. Embora tivéssemos, já há muito tempo, feito pedidos, com vista a uma revisão do Ritual.
Entre outras coisas, solicitávamos:Retoques nas orações, acrescentando invocações a Nossa Senhora, que faltavam completamente, e um aumento das orações especificamente exorcistas.
Mas fomos completamente excluídos da possibilidade de dar qualquer contribuição.
Não nos desencorajámos:O texto era feito para nós. E dado que, na carta de apresentação, o então Prefeito da Congregação para o Culto Divino, Cardeal Eduardo Martinez Somalo, solicitava às Conferências Episcopais que enviassem, no prazo de dois anos, "conselhos e sugestões dados pelos sacerdotes que utilizarão este texto", começámos a trabalhar.Reuni então dezoito exorcistas, escolhidos entre os maiores especialistas do planeta.
Examinámos o texto com muita atenção. Utilizámo-lo. E logo elogiámos a primeira parte, na qual estavam resumidos os fundamentos evangélicos do Exorcismo.
É o aspecto biblico-teológico, no qual certamente não falta competência.E era uma parte nova, em relação ao Ritual de 1614, composta sob o papado de Paulo V.De resto, nessa época, não havia necessidade de lembrar tais princípios, que eram reconhecidos e aceites por todo mundo.Hoje, pelo contrário, é indispensável lembrá-los.Mas quando examinámos a parte prática, que requer conhecimento específico do assunto, percebe-se claramente a total inexperiência dos redactores.
As nossas observações foram eloquentes, artigo por artigo, e enviámo-las a todos os interessados: a Congregação para o Culto Divino, a Congregação para a Doutrina da Fé, as Conferências Episcopais.
Também foi entregue uma cópia directamente nas mãos do Papa.

No número 28, fala-se da colaboração dos Sacerdotes com os Bispos, e no número 37, é dito com clareza, chegando até mesmo a referir-se os Leigos, que "segundo a ciência, a competência e o prestígio de que gozam, têm a faculdade, aliás, algumas vezes até mesmo o dever, de apresentar o seu parecer sobre coisas atinentes ao bem da Igreja".Era exactamente esse o nosso caso. Mas tínhamo-nos iludido ingenuamente, de que as disposições do Vaticano II tivessem chegado às Congregações romanas.Em vez disso, vimo-nos diante de uma muralha de recusa e desprezo.O Secretário da Congregação para o Culto Divino fez um relatório à Comissão cardinalícia, no qual dizia que seus únicos interlocutores eram os Bispos, e não os sacerdotes e exorcistas.E acrescentava textualmente, a propósito da nossa humilde tentativa de ajuda como especialistas que expressam o seu parecer:"Tivemos de constatar o fenómeno de um grupo de exorcistas, chamados demonólogos, reunidos em uma Associação Internacional, que orquestravam uma campanha contra o rito".Uma acusação indecente: Nós jamais orquestrámos nenhuma campanha.O Ritual era dirigido a nós, e nas Comissões não tinham convocado nenhuma pessoa competente; era mais do que lógico que tentássemos dar a nossa contribuição.
-- Mas então, quer dizer que, para vocês, o Novo Ritual não pode ser utilizado na luta contra o Demónio?-- Sim, queriam entregar-nos uma espada sem fio.
Foram canceladas as orações eficazes, orações com 12 séculos de história, e foram criadas novas, ineficazes.
Mas, felizmente, foi-nos dada, à última hora, uma possibilidade de salvação.-- Qual?-- O novo Prefeito da Congregação para o Culto Divino, o Cardeal Jorge Medina, acrescentou ao Ritual uma Notificação, na qual se afirma que os exorcistas não são obrigados a usar esse Ritual, mas, se quiserem, podem utilizar ainda o antigo, com prévia solicitação do Bispo.Os Bispos, por sua vez, devem pedir a autorização à Congregação, que por sua vez, como escreve o cardeal, "concede-a sem problemas".-- "Concede-a sem problemas"? É uma concessão bem estranha...
-- Quanto à sua origem, nasceu de uma tentativa feita pelo Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, e pelo próprio Cardeal Medina, de introduzir no Ritual um artigo - na época o artigo 38 -, em que autorizavam os exorcistas a usarem o Ritual precedente.
Sem dúvida, tratava-se de uma manobra in extremis, para que pudéssemos evitar os grandes erros que existem no Ritual definitivo.
Mas a tentativa dos dois Cardeais foi reprovada.
E então o Cardeal Medina, que compreendera o que estava em jogo, decidiu dar-nos, de algum modo, uma possibilidade de salvação, acrescentando uma notificação à parte.(Continua)



Fontes:* Recados do Aarão
http://nova-evangelizacao.blogspot.com/2008/06/fumaa-de-satans-1.html
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