9 de janeiro de 2011
TUCSON, Arizona, EUA, 8 de janeiro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Gabrielle Giffords, deputada federal americana pelo Estado do Arizona, é membro do [esquerdista] Partido Democrático, mas na área econômica ela é conservadora. Ela foi gravemente ferida num tiroteio que tirou a vida de pelo menos seis indivíduos durante um encontro político na cidade de Tucson no sábado de manhã. Embora a Organização Nacional de Mulheres (ONM), um dos principais grupos pró-aborto dos EUA, e outros comentaristas esquerdistas tivessem sem demora culpado o movimento conservador Tea Party, as provas disponíveis na internet estão inicialmente retratando um perfil do alegado homem armado como um homem enigmático e anticristão, descrito como decididamente “esquerdista” e um usuário de drogas “bastante liberal”.
Um número adicional de doze pessoas ficou gravemente ferido no ataque que ocorreu às 10h MST, no começo de um evento planejado “O Congresso em Sua Esquina” apresentando Giffords num supermercado local Safeway. Entre os mortos estão o Juiz John Roll, o principal magistrado federal do Arizona, e uma menina não identificada de 9 anos.
De acordo com as reportagens, Giffords levou um tiro, a queima-roupa, que lhe atravessou a cabeça e foi transportada de aeronave para o Centro Médico Universitário (CMU) de Tucson para uma cirurgia de emergência. Numa coletiva à imprensa horas mais tarde, o Dr. Peter Rhee, cirurgião do CMU, disse que a deputada estava em situação crítica, mas respondendo às orientações, e o cirurgião estava “muito otimista” com relação à recuperação dela.
Giffords, deputada de três mandatos com um histórico 100% pró-aborto de acordo com a NARAL, quase não conseguiu em novembro derrotar seu oponente, Jesse Kelly, fuzileiro naval e apoiado pelo Tea Party. Contudo, ela se coloca ao lado dos conservadores em algumas questões: Giffords defende um controle mais rigoroso da imigração e, como oponente de gastos governamentais descontrolados, juntou-se a uma leitura, dirigida por membros do Partido Republicano, da Constituição na tribuna da Câmara dos Deputados dois anos atrás.
O Juiz John Roll enfrentou um monte de ameaças de morte em 2009 depois de dar uma decisão de que um caso de direitos civis trazido contra um rancheiro do Arizona por imigrantes ilegais poderia seguir em frente.
O alegado homem armado, identificado como Jared Lee Loughner de 22 anos, foi dominado por outros que estavam presentes na cena quando ele tentou fugir, e agora está preso. As autoridades dizem que ele afirma ter agido sozinho.
O presidente Obama, a governadora do Arizona Jan Brewer e várias personalidades do Partido Republicano e Partido Democrático, inclusive a favorita do Tea Party Sarah Palin, ofereceram orações por Giffords, a família dela e outras vítimas e seus amados horas depois do tiroteio. “Um ataque contra um servidor público é um ataque contra todos os servidores públicos”, disse John Boehner, presidente da Câmara dos Deputados.
Apesar da escassez de informações sobre as motivações do homem armado, muitos rapidamente começaram a apontar os dedos para o Tea Party, que se opõe a Giffords, à medida que as notícias sobre o derramamento de sangue abalaram através do Twitter e outros canais de comunicação da internet.
O jornal New York Post noticiou que, quando lhe fizeram a pergunta se Giffords tinha inimigos, Spencer Gifford, o pai da deputada que estava em choro, respondeu: “É claro que é o Tea Party inteiro”. Ele acrescentou que os políticos “sempre são” ameaçados e que havia poucas informações.
Vários comentaristas da internet culparam a retórica em estilo de milícia dos favoritos do movimento, tais como Sarah Palin e Glenn Beck. As principais vozes esquerdistas, tais como o blog Daily Kos, imediatamente colocaram a culpa pelo tiroteio no amplo movimento conservador do povo que surgiu principalmente em reação às políticas de aumento de impostos e gastos governamentais durante os governos de Bush e Obama. “Missão cumprida, Sarah Palin”, tuitou Mark Moulistas, fundador do Daily Kos, após o acontecimento.
A presidenta da Organização Nacional de Mulheres, que é a principal organização pró-aborto de pressão política, chegou ao ponto de publicamente culpar “os oponentes da extrema direita” horas depois do tiroteio, criticando duramente os líderes republicanos e pedindo uma investigação do Ministério da Justiça “no máximo que a legislação federal antiterrorismo permite” para apurar se o tiroteio foi “parte de uma conspiração”.
“Os conservadores não podem querer fazer dois jogos incompatíveis ao mesmo tempo, gritando insultos sexistas, racistas e homofóbicos nos legisladores quando eles votam na reforma do sistema de saúde [de Obama], colocando os legisladores numa lista de ‘alvos’, e então dizendo simplesmente que lamentam quando alguém começa a efetuar assassinatos”, declarou Terry O’Neill, presidenta da ONM, numa declaração enviada por email aos apoiadores.
Enquanto isso, a blogosfera rapidamente descobriu rastros de internet que parecem pertencer ao homem armado, que se crê ser um veterano militar, e pintam um quadro ainda confuso de um ativista esquerdista instável e usuário de drogas.
Num canal de YouTube criado por certo “Jared Lee Loughner” de Tucson aparecem vários manifestos de vídeo que fazem referência à Constituição e indicam desconfiança do governo e da moeda americana. Num dos vídeos, intitulado “My Final Thoughts” (Meus Pensamentos Finais) e postado no mês passado, Loughner apresenta vários silogismos bizarros e declara entre eles: “Não marquei uma convicção em minha inscrição no exército, e o recrutador marcou na inscrição: nenhuma… Não! Não pagarei dívidas com uma moeda que não é apoiada por ouro e prata! Não! Não confiarei em Deus!”
Um segundo vídeo discute o Cristianismo como um produto de “controle mental” e outro, não criado pelo usuário, mas que está na lista dele como vídeo “favorito”, mostra uma bandeira sendo queimada ao som da letra “que os corpos caiam ao chão”. Entre os livros favoritos mencionados na lista da conta de YouTube dele estão uma obra anticomunista escrita pela filósofa atéia Ayn Rand, “O Manifesto Comunista” e “Mein Kampf” de Adolf Hitler.
O serviço noticioso local KTLA.com informou que uma das amigas de Loughner tuitou que o alegado homem armado “era um ignorante, viciado em maconha e em rock, como Hendrix, The Doors, Anti-Flag”, e o qual ela conheceu em 2007 como um “esquerdista, bastante liberal e estranhamente obcecado com a profecia de 2012”.
“Ele tinha muitos amigos até sofrer uma ingestão muito elevada de álcool em 2006 e saiu da faculdade. Ele era principalmente solitário e muito filosófico”, escreveu a amiga. A KTLA também informou que Loughner foi acusado de posse de drogas em 2007.
Um artigo do jornal Washington Post notou que Trent Humphries, um dos organizadores do Tea Party de Tucson, disse que entre as 4.000 pessoas da lista de contatos da organização não há ninguém com o nome de Jared Loughner. Judson Phillips, fundador do Tea Party Nation, criticou fortemente a reação automática da mídia, que culpou o movimento conservador.
“Se alguma vez tivéssemos precisado de um obituário político oficial para a civilidade política neste país, já o vimos”, disse Phillips. “Os fatos nem haviam ainda sido mostrados, a deputada Giffords estava ainda sendo levada numa maca, nem sabíamos ainda de sua situação, mas a guerra já havia começado. Os caras da esquerda ultrarradical já estavam se manifestando publicamente culpando o Tea Party”.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/abortion-lobby-pillories-conservatives-for-shooting-of-pro-abort-us-rep-g
Nenhum comentário:
Postar um comentário