segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A Carta aos nossos irmãos padres e o Concílio.

(Summorum Pontificum Observatus) O último número da Carta aos nossos irmãos padres, carta trimestral de contato da Fraternidade São Pio X com o clero da França, é particularmente interessante. Ela evoca o Concílio Vaticano II e, sobretudo, esboça uma primeira síntese da posição desta fraternidade com relação ao Concílio. Esta síntese se insere diretamente no âmbito dos encontros regulares entre os peritos da Congregação para a Doutrina da Fé e os representantes de Fraternidade São Pio X. Em sua introdução, o Padre Régis de Cacqueray escreve que:
Hoje é extremamente difícil falar do Vaticano II com sutileza e nuance, mas também com franqueza e verdade. Deixar a entender que tal texto do Concílio, em tais pontos, e por tais razões teológicas, poderia eventualmente não estar inteiramente alheio à crise atual, parece totalmente impensável e inaceitável.
Deste fato, aos padres diocesanos, que são os destinatários dessa Carta, o superior do Distrito da França da Fraternidade São Pio X propõe os primeiros elementos de uma síntese sobre o tema.
Não se trata aqui de dar um resumo desta síntese. É possível socilitá-la à LNFP, 11, rue Cluseret 92280 Suresnes Cedex ou por e-mail em scspx@aliceadsl.fr (e consultar os antigos números em La Porte Latine). Em contrapartida, o método de exposição me parece interessante e permite um esclarecimento a fim de ter uma base real para reflexões e  discussões. É por isso que me proponho a reproduzir os títulos e os subtítulos. Esta carta é, com efeito, estruturada sob duas chamadas de capítulo que são “O que nós não dizemos sobre o Vaticano II” e “O que nós dizemos sobre o Vaticano II”. A partir daí, o redator desta síntese detalha diversos temas:
O que nós não dizemos sobre o Vaticano II:
Que a crise atual proviria exclusivamente do Concílio.
Em seguida vem um desenvolvimento deste tema nos subtítulos: Mal-estar na cristandade; Os trinta gloriosos anos (ndr: referência ao período de forte crescimento econômico da França após a Segunda Guerra Mundial); Crise da consciência européia (e mundial); Crise conciliar e pós-conciliar; Mas pode-se fazer de conta que o Concílio não aconteceu?
Outro tema abordado em O que nós não dizemos sobre o Vaticano II:
Que o Concílio foi ilegítimo desde o início e viciado no todo, com os subtítulos:
O golpe de 13 de outubro de 1962; A influência dos grupos de pressão; Uma crítica baseada em textos precisos.
A respeito, a Carta propõe, então, sob a rubrica “O que nós dizemos sobre o Vaticano II”:
Um Concílio meramente pastoral; mas amplamente elevado… com subtítulos:
Um Concílio meramente pastoral; Um Concílio que evita se lançar sobre o campo dogmático; E, no entanto, um Concílio amplamente elevado desde o seu encerramento; Um lugar verdadeiramente desproporcionado.
Outro tema abordado, ainda sob a mesma rubrica“O que nós dizemos sobre o Vaticano II”:
Permanece, apesar de todos os esforços, um núcleo de textos litigiosos. Os subtítulos são:
A Igreja atravessa hoje uma crise muito grave; Esta crise provém, ao menos em parte, do Vaticano II?; Certamente, não pretendemos ser infalíveis em nossas críticas; Mas permanecem, apesar dos esforços de interpretação, alguns textos litigiosos; Ora, estes textos litigiosos dizem respeito diretamente à fé.


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