segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Instrução sobre Summorum Pontificum. Últimas atualizações.

Rorate-Caeli e Messa in Latino informam que a comoção causada por uma possível interpretação restritiva de Summorum Pontificum através de uma Instrução, cuja programação inicial para publicação seria amanhã, também atingiu os dicastérios romanos. O apelo internacional ao Santo Padre, que em três dias conta com mais de 7 mil subscrições, assim como a comovente súplica dos seminaristas da arquidiocese de Milão para que o Papa estenda também a eles o direito ao uso do rito ambrosiano tradicional e outros apelos de católicos do mundo todo, parecem ter movido altos prelados a discretamente solicitarem ao Santo Padre que revisse certos aspectos do documento. Ainda segundo Messa in Latino, o Cardeal Levada teria discutido os últimos detalhes da medida em audiência com o Papa Bento XVI na última sexta-feira; todavia, ainda há possibilidade de mudanças no texto.
Não deixa de ser útil também esclarecer que nenhuma das fontes, em momento algum, sequer insinuou que tal Instrução viria abertamente contrariar ou mesmo derrogar qualquer disposição do motu proprio. Não há em nenhuma delas a mínima sugestão de que os tão competentes órgãos romanos cometeriam tamanha aberração jurídica, em que uma mera  instrução interpretativa de caráter inferior, proveniente de um dicastério, se insurgiria contra um motu proprio emanado pelo Sumo Pontífice.
Alertou-se, sim, para uma possível interpretação restritiva com relação à aplicação do Motu Proprio que tacitamente chancelasse o comportamento subversivo do episcopado mundial para com a medida de liberdade do Papa Bento XVI. Por mais de quatro anos a Comissão Ecclesia Dei coletou uma enxurrada de relatos de fiéis cujos direitos foram simplesmente pisoteados por seus bispos; disparates de toda natureza provenientes da tirania episcopal insuflada pela colegialidade, que incutiu nos bispos a pretensão de serem pequenos papas. Ora, se a vontade do Papa é de que a missa tradicional esteja presente em todas as paróquias (afinal, como ela poderia enriquecer à nova missa de outra maneira?), emanar um documento que, em vez de acabar com a resistência dos bispos, favorecesse seus desvarios, seria um verdadeiro atestado de falência desta comissão. Antes nem viesse à luz!

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