Arai Daniele
A degeneração da vida religiosa na Cristandade nos últimos tempos foi tal que São Pio X na sua primeira encíclica E Supremi Apostolato disse que podia-se crer estar o Anticristo já entre nós.
Assim o mundo católico mereceu o que Nosso Senhor anunciou de Si mesmo: «Golpearei o Pastor e a grei será dispersa». Foi o que aconteceu neste nosso tempo e é perfeitamente reconhecível, seja no colapso na Sede Pontifical que representa a Autoridade divina e de onde hoje não procede mais a Palavra evangélica, mas no seu efeito de completa dispersão entre os membros mais fiéis na doutrina da Igreja militante.
Isto ocorre há mais de meio século, e de modo tão geral, que seria impossível não reconhecer a ligação dos dois fatos: do Papa eliminado e do mundo católico dividido e disperso através de uma perseguição de enganos.
E quem entende a visão simbólica da terceira parte do Segredo de Fátima pode reconhecer ali o castigo que condiciona os nossos tempos: o Papa católico que, abatido com todo o seu séquito fiel, é substituído na surdina que segue, pelos «papas conciliares», que abriram a Igreja ao mundo como planejado há séculos pela Anti-Igreja das lojas e das sinagogas do mundo.
Logo, hoje testemunhamos uma perseguição interna à Igreja; não tanto contra a sua feição institucional, que os ocupantes incorporam - para subvertê-la -, quanto contra a Fé, que alteram - para deturpar a luta e a missão da Igreja nos passos de seu divino Fundador.
Diante dessa lamentável realidade, a reação católica deve tomar consciência de quais sejam os dois pólos de força inimigos: um papado alterado e uma pulverização do mundo católico. Dois fatos radicalmente ligados, porque a substituição do verdadeiro Pastor por um simulacro infiel, que disfarça a sua falta, é razão de divisões causadoras da falhada reação católica.
A Consagração de Fátima que Nosso Senhor quer
Os termos da Profecia de Fátima estavam em conformidade com o pedido de Bento XV também na explicação implícita do desígnio divino que determinou a grandiosa resposta ao Papa. Esta foi a aparição de Maria Medianeira de todas as graças, para que toda a Igreja com todos os seus bispos recorram à Rainha da Paz através da invocação ordenada pelo Papa a fim de que pelos séculos se glorifique o triunfo da intercessão de Maria.
As dificuldades para atender ao pedido sempre foram enormes, porque na Igreja ia se perdendo o sentido da intercessão de Deus na vida do mundo, que é a essência da Religião do Verbo encarnado. Assim, anos mais tarde a vidente Lúcia confirmará esse desígnio com a explicação dada por Nosso Senhor sobre a razão pela qual não operaria a conversão da Rússia sem que o papa fizesse a consagração pedida: "Porque quero que toda a Minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o Seu culto e pôr, ao lado da devoção do Meu Divino Coração, a devoção deste Coração Imaculado." (Documentos de Fátima, P. A. Martins, p. 415).
Tudo isto está não só em conformidade com o modo em que foi feito o pedido pelo Papa, mas também com a linguagem de sempre da Igreja.
Há uma continuidade de fé com mensagens dadas aos santos de épocas precedentes e estreita ligação entre os pedidos do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria. Ambos seguem de perto o curso dos eventos históricos em tempos de naturalismo e racionalismo desenfreados.
Já São Luis Grignion de Montfort no seu Tratado da Verdadeira Devoção a Maria, ensina que pois que Jesus veio ao mundo por meio de Maria, quer por meio de Maria reinar no mundo. E através de Fátima sabemos que este desígnio divino para toda a humanidade se aplica ao Coração Imaculado de Maria posto ao lado do Coração Sagrado de Jesus.
Agora, se este é o desígnio divino, não há dúvida que passa a ser o primeiro alvo dos ataques demoníacos. Assim foi no Vaticano II, onde havia um esquema especial para aprovar a «Mediação Universal de Maria» e isto num período histórico em que houve uma série de manifestações marianas.
Ora, nada mais eficiente no ataque contrário a elas que o «erudito verbo» de aspecto teológico de padres consagrados a serviço de bispos desviados.
Foi o caso do suspeito P. Ratzinger, consultor do duvidoso cardeal Frings, que acusou a devoção a Maria de ser desastroso... «um mal inimaginável do ponto de vista ecumênico, tanto no que concerne os Orientais, quanto os Protestantes» (R. M. Wiltgen, “Le Rhin se jette dans Le Tibre”, p. 90).
É claro que a correção do que, como esses ataques anti-marianos, seguem o curso contrário aos claros desígnios divinos para o nosso período histórico, competem ao papa católico. Mas onde estava este quando no Trono de São Pedro se sentaram os modernistas filo-mações Roncalli e Montini? Eis mais uma prova que de fato a Sede estava vacante, pior, ocupada por elementos contrários aos desígnios de Deus, que pretendiam perpetuar e incrementar o modernismo do Vaticano II com os João Paulo e agora com esse mesmo J. Ratzinger, cujo «verbo» de há muito demonstra sua origem desviada.
Como Fátima está relacionada com o colapso do Papado?
Sobre isto é também surpreendente o que vimos referente ao rei da França. Assim como é extraordinário o elo entre Fátima e o Apocalipse - fato prenunciado também por santos anteriores às majestosas aparições de Maria SS., como é o caso de S. Luís Maria Grignion de Montfort - quanto à atinência da mensagem de Fátima com uma vacância histórica, no mundo e na Igreja, é a razão mesma desta e deve ser vista em toda a sua extensão.
O Segredo de Fátima encerra a profecia trazida pela Mãe de Deus para ajudar seus filhos a superar males espantosos no nosso tempo.
Dois factos, porém, assinalam a sua história: - a dificuldade de acolher tal ajuda no tempo de Bento XV, Pio XI e Pio XII; - as tentativas de obscurece-la, com a censura de João XXIII e sua adaptação à pessoa de João Paulo II.
Entre os dois factos se coloca a visão do Segredo, isto é do evento mais devastador para a Fé da Igreja que as duas guerras mundiais e a revolução comunista: a hecatombe do Papa e dos testemunhos católicos, que se tornaria mais clara em 1960. E visto que o tempo do primeiro facto se concluiu com a morte de Pio XII em 1958, pode-se dizer que a hecatombe católica é consequência do primeira grande dificuldade papal de reconhecer o Sinal divino, que é a causa próxima do segundo.
Em outras palavras, por ter falhado no recebimento devido ao aviso e ajuda encerrado na Profecia de Fátima, o Papa católico foi eliminado e substituído por um “papado conciliar” daqueles que entendiam mudar a Igreja e inverter os mesmos termos do Segredo de origem divina.
Isto equivaleu à ‘decapitação’ papal predita por Jesus na comunicação à Irmã Lúcia já em Agosto de 1931: “Faça saber aos Meus ministros que, como eles seguem o exemplo do rei da França ao retardar a execução de Meu pedido, eles o seguirão na desgraça. Nunca será tarde demais para recorrer a Jesus e a Maria" (Documentos de Fátima do P. Joaquim Alonso).
O Papado estaria «decapitado» por um tempo? Ou será que as condições atuais são ainda piores que a de uma acefalia visível? Sim, porque se isto é negado, mas ao mesmo tempo se aceita que quem usa a mitra papal – símbolo do poder dado pelo sangue do Cordeiro de Deus – fale com a voz do dragão da nova ordem ecumenista e maçônica mundial, então, quem o faz se coloca diante de um abismo devorador de almas. É deste mal que Nossa Santíssima Mãe tenta nos salvar. Mas é preciso abraçar com amor a Verdade dos desígnios divinos e saber reagir com força a quem os conspurca com as mentiras e perfídias ecumenistas como o fazem os falsos «papas conciliares». Para isto tivemos uma formação católica de nossa consciências. Diante desta dúvida, é nela que devemos nos pôr diante de Deus, sem fazer acepção de pessoas e de honrarias humanas. Se a Fé está sendo alterada, nenhum católico pode duvidar que a reação compete a cada um dos fiéis. Que o Coração Imaculado de Maria nos ajude nesta luta!
A degeneração da vida religiosa na Cristandade nos últimos tempos foi tal que São Pio X na sua primeira encíclica E Supremi Apostolato disse que podia-se crer estar o Anticristo já entre nós.
Assim o mundo católico mereceu o que Nosso Senhor anunciou de Si mesmo: «Golpearei o Pastor e a grei será dispersa». Foi o que aconteceu neste nosso tempo e é perfeitamente reconhecível, seja no colapso na Sede Pontifical que representa a Autoridade divina e de onde hoje não procede mais a Palavra evangélica, mas no seu efeito de completa dispersão entre os membros mais fiéis na doutrina da Igreja militante.
Isto ocorre há mais de meio século, e de modo tão geral, que seria impossível não reconhecer a ligação dos dois fatos: do Papa eliminado e do mundo católico dividido e disperso através de uma perseguição de enganos.
E quem entende a visão simbólica da terceira parte do Segredo de Fátima pode reconhecer ali o castigo que condiciona os nossos tempos: o Papa católico que, abatido com todo o seu séquito fiel, é substituído na surdina que segue, pelos «papas conciliares», que abriram a Igreja ao mundo como planejado há séculos pela Anti-Igreja das lojas e das sinagogas do mundo.
Logo, hoje testemunhamos uma perseguição interna à Igreja; não tanto contra a sua feição institucional, que os ocupantes incorporam - para subvertê-la -, quanto contra a Fé, que alteram - para deturpar a luta e a missão da Igreja nos passos de seu divino Fundador.
Diante dessa lamentável realidade, a reação católica deve tomar consciência de quais sejam os dois pólos de força inimigos: um papado alterado e uma pulverização do mundo católico. Dois fatos radicalmente ligados, porque a substituição do verdadeiro Pastor por um simulacro infiel, que disfarça a sua falta, é razão de divisões causadoras da falhada reação católica.
A Consagração de Fátima que Nosso Senhor quer
Os termos da Profecia de Fátima estavam em conformidade com o pedido de Bento XV também na explicação implícita do desígnio divino que determinou a grandiosa resposta ao Papa. Esta foi a aparição de Maria Medianeira de todas as graças, para que toda a Igreja com todos os seus bispos recorram à Rainha da Paz através da invocação ordenada pelo Papa a fim de que pelos séculos se glorifique o triunfo da intercessão de Maria.
As dificuldades para atender ao pedido sempre foram enormes, porque na Igreja ia se perdendo o sentido da intercessão de Deus na vida do mundo, que é a essência da Religião do Verbo encarnado. Assim, anos mais tarde a vidente Lúcia confirmará esse desígnio com a explicação dada por Nosso Senhor sobre a razão pela qual não operaria a conversão da Rússia sem que o papa fizesse a consagração pedida: "Porque quero que toda a Minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o Seu culto e pôr, ao lado da devoção do Meu Divino Coração, a devoção deste Coração Imaculado." (Documentos de Fátima, P. A. Martins, p. 415).
Tudo isto está não só em conformidade com o modo em que foi feito o pedido pelo Papa, mas também com a linguagem de sempre da Igreja.
Há uma continuidade de fé com mensagens dadas aos santos de épocas precedentes e estreita ligação entre os pedidos do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria. Ambos seguem de perto o curso dos eventos históricos em tempos de naturalismo e racionalismo desenfreados.
Já São Luis Grignion de Montfort no seu Tratado da Verdadeira Devoção a Maria, ensina que pois que Jesus veio ao mundo por meio de Maria, quer por meio de Maria reinar no mundo. E através de Fátima sabemos que este desígnio divino para toda a humanidade se aplica ao Coração Imaculado de Maria posto ao lado do Coração Sagrado de Jesus.
Agora, se este é o desígnio divino, não há dúvida que passa a ser o primeiro alvo dos ataques demoníacos. Assim foi no Vaticano II, onde havia um esquema especial para aprovar a «Mediação Universal de Maria» e isto num período histórico em que houve uma série de manifestações marianas.
Ora, nada mais eficiente no ataque contrário a elas que o «erudito verbo» de aspecto teológico de padres consagrados a serviço de bispos desviados.
Foi o caso do suspeito P. Ratzinger, consultor do duvidoso cardeal Frings, que acusou a devoção a Maria de ser desastroso... «um mal inimaginável do ponto de vista ecumênico, tanto no que concerne os Orientais, quanto os Protestantes» (R. M. Wiltgen, “Le Rhin se jette dans Le Tibre”, p. 90).
É claro que a correção do que, como esses ataques anti-marianos, seguem o curso contrário aos claros desígnios divinos para o nosso período histórico, competem ao papa católico. Mas onde estava este quando no Trono de São Pedro se sentaram os modernistas filo-mações Roncalli e Montini? Eis mais uma prova que de fato a Sede estava vacante, pior, ocupada por elementos contrários aos desígnios de Deus, que pretendiam perpetuar e incrementar o modernismo do Vaticano II com os João Paulo e agora com esse mesmo J. Ratzinger, cujo «verbo» de há muito demonstra sua origem desviada.
Como Fátima está relacionada com o colapso do Papado?
Sobre isto é também surpreendente o que vimos referente ao rei da França. Assim como é extraordinário o elo entre Fátima e o Apocalipse - fato prenunciado também por santos anteriores às majestosas aparições de Maria SS., como é o caso de S. Luís Maria Grignion de Montfort - quanto à atinência da mensagem de Fátima com uma vacância histórica, no mundo e na Igreja, é a razão mesma desta e deve ser vista em toda a sua extensão.
O Segredo de Fátima encerra a profecia trazida pela Mãe de Deus para ajudar seus filhos a superar males espantosos no nosso tempo.
Dois factos, porém, assinalam a sua história: - a dificuldade de acolher tal ajuda no tempo de Bento XV, Pio XI e Pio XII; - as tentativas de obscurece-la, com a censura de João XXIII e sua adaptação à pessoa de João Paulo II.
Entre os dois factos se coloca a visão do Segredo, isto é do evento mais devastador para a Fé da Igreja que as duas guerras mundiais e a revolução comunista: a hecatombe do Papa e dos testemunhos católicos, que se tornaria mais clara em 1960. E visto que o tempo do primeiro facto se concluiu com a morte de Pio XII em 1958, pode-se dizer que a hecatombe católica é consequência do primeira grande dificuldade papal de reconhecer o Sinal divino, que é a causa próxima do segundo.
Em outras palavras, por ter falhado no recebimento devido ao aviso e ajuda encerrado na Profecia de Fátima, o Papa católico foi eliminado e substituído por um “papado conciliar” daqueles que entendiam mudar a Igreja e inverter os mesmos termos do Segredo de origem divina.
Isto equivaleu à ‘decapitação’ papal predita por Jesus na comunicação à Irmã Lúcia já em Agosto de 1931: “Faça saber aos Meus ministros que, como eles seguem o exemplo do rei da França ao retardar a execução de Meu pedido, eles o seguirão na desgraça. Nunca será tarde demais para recorrer a Jesus e a Maria" (Documentos de Fátima do P. Joaquim Alonso).
O Papado estaria «decapitado» por um tempo? Ou será que as condições atuais são ainda piores que a de uma acefalia visível? Sim, porque se isto é negado, mas ao mesmo tempo se aceita que quem usa a mitra papal – símbolo do poder dado pelo sangue do Cordeiro de Deus – fale com a voz do dragão da nova ordem ecumenista e maçônica mundial, então, quem o faz se coloca diante de um abismo devorador de almas. É deste mal que Nossa Santíssima Mãe tenta nos salvar. Mas é preciso abraçar com amor a Verdade dos desígnios divinos e saber reagir com força a quem os conspurca com as mentiras e perfídias ecumenistas como o fazem os falsos «papas conciliares». Para isto tivemos uma formação católica de nossa consciências. Diante desta dúvida, é nela que devemos nos pôr diante de Deus, sem fazer acepção de pessoas e de honrarias humanas. Se a Fé está sendo alterada, nenhum católico pode duvidar que a reação compete a cada um dos fiéis. Que o Coração Imaculado de Maria nos ajude nesta luta!
Nenhum comentário:
Postar um comentário