terça-feira, 29 de março de 2011

VOCÊ SABE COMO NASCEU A FIGURA DO BODE EXPIATÓRIO?

Leopoldo Costa

A figura do bode expiatório surgiu de um relato encontrado na Bíblia, no livro Levítico cap. 16, versículos 7 a 10: 'Também tomará os dois bodes, e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da revelação. E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: um pelo Senhor, e o outro para Azazel. Então apresentará o bode que cair a sorte pelo Senhor e o oferecerá como oferta pelo pecado; mas o bode sobre que cair a sorte para Azazel será posto vivo perante o Senhor para fazer expiação com ele a fim de enviá-lo ao deserto para Azazel'.

Continua no versículo 20: 'Quando Arão houver acabado de fazer expiação no lugar santo, pela tenda da revelação, e pelo altar, apresentará o bode vivo; e pondo as mãos sobre a cabeça do bode vivo, confessará sobre ela todas as iniqüidades do povo de Israel, e todas as suas transgressões, sim, todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á para o deserto, pela mão do homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para uma região solitária; e esse homem soltará o bode no deserto. '

Esse ritual fazia parte das cerimônias hebraicas do Yom Kippur (dia da expiação) no templo de Jerusalém.

Na teologia do Cristianismo é interpretado como uma visão do sacrifício de Cristo que invocou para si todos os pecados da humanidade.

Na Grécia antiga também existia a figura do bode expiatório, no qual um aleijado, mendigo ou criminoso era escolhido para representá-lo. Era um ritual para expiar a comunidade depois de um desastre natural, uma praga, fome ou guerra.
Também podia ser para comemorar o final do ano. A vítima era chamada de 'pharmacos'. Conta uma lenda que era assassinado, o que é negado pelos estudiosos que não encontraram evidências para confirmar isso. As evidências é que eram mal tratados, apedrejados, apanhavam e eram arrastados pela multidão em delírio.

Nas festividades de ano novo no Tibet usavam uma imagem de demônio preparada com massa colorida que era perfurada por espadas típicas, enquanto eram enumerados por um leitor, os pecados da sociedade. Quando consideravam tudo enumerado, o demônio estava morto e todos livres dos pecados. Era um 'bode expiatório'.

Entre algumas tribos da América do Norte existe um ritual semelhante, porém, ao invés de um bode usam um cachorro branco.

O termo no seu sentido figurado é usado hoje para significar uma pessoa ou grupo social a quem é atribuída a culpa de todos.

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