sexta-feira, 1 de abril de 2011

ARAPUCAS


ALGUNS DOS PRINCIPAIS ERROS FILOSÓFICOS DA MAÇONARIA

1) Racionalismo – Doutrina que privilegia a razão como fonte única de conhecimento verdadeiro. Não há síntese possível entre a doutrina católica e a doutrina da Maçonaria racionalista ou com a de uma Maçonaria que se diga espiritualista. O iluminismo, quer em sua forma racionalista, deísta e laicista, defensora da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, quer em sua forma espiritualista gnóstica, defensora de que há no homem uma centelha, ou semente, divina, é essencialmente errado e absolutamente inaceitável. (Cfr. Sobre os dois tipos de iluminismo : Antoine Faivre, L´Ésotérisme au XVIII éme Siècle en France et en Allemagne, Seghers, Paris, 1973).
2) Deísmo – Doutrina que defende que Deus criou o Mundo e dotou-o de leis de modo a que perdure, mas não intervém no seu funcionamento. A Maçonaria sempre afirmou, e continua a afirmar, a prioridade absoluta da razão natural como fundamento da verdade, da moralidade e da própria crença em Deus. A Maçonaria não é um ateísmo, pois admite um “deus da razão”. Exclui qualquer revelação sobrenatural, fonte de verdades superiores ao homem, porque têm a sua fonte em Deus, não aceitando a objetividade da verdade que a revelação nos comunica, caindo na relatividade da verdade a que cada razão individual pode chegar, fundamentando aí o seu conceito de tolerância. O deísmo maçônico pode desembocar no agnosticismo e materialismo. “O deísmo é a crença na existência de Deus, sem revelação nem culto. É a religião da razão.” (RAGON, J-M. Ritual do Aprendiz Maçom. Pensamento, p.51)

3) Relativismo religioso – nega-se, a validade perene da verdade. Afirmam que o que era verdade numa época, pode já não sê-lo noutra. A validade perene da verdade fica subjugada ao tempo e lugar. Nega-se a validade da verdade que pela sua real sabedoria consegue superar as fronteiras do espaço e do tempo. Assim, como dissemos, relativizando a verdade, o certo e o errado, caímos na fossa, porque eliminada a culpa, não há arrependimento, sem arrependimento, não há reparação. Tudo se torna permitido, porque o que é certo para uns, podem não ser para outros, o que é errado para uns pode não ser para outros. Se seguirmos a ideologia relativista, não poderíamos julgar ninguém por nada, já que o que se considera errado agora poderia tornar-se certo no futuro! Ora, neste sentido não haveria verdade para ninguém, o que é um absurdo e contraproducente. Neste sentido, o infanticídio não é objetivamente um bem ou um mal; pelo contrário, é um bem numa sociedade que o aprove e um mal numa sociedade onde não obtenha aprovação, já que a moral é um produto da cultura e não se tem meios claros para resolver as diferenças, bastando para tal ser tolerantes com outras culturas e não olhá-las como estando erradas, mas como sendo diferentes. Admitir o relativismo implica que a intolerância e o racismo sejam um "bem" se a sociedade o aprovar como um “bem”. Se todas as coisas são aparentes e relativas, então podemos afirmar que não existe nada de verdadeiro, livre e absoluto entre as pessoas. Em outras palavras, se todas as pessoas negam a verdade absoluta e estabelecem verdades relativas unicamente provindas de suas experiências, então tudo é aparente ao indivíduo. Perguntamos: partindo dessa premissa, como então poderá alguém julgar o que é realmente certo ou errado, verdade ou mentira? Mas sabemos que quando temos idéia de um ser que corresponde ao que ele é, então possuímos a verdade sobre aquele ser. Verdade é a correspondência entre a idéia que se tem de um ser e o próprio ser conhecido. A verdade não depende do que cada um acha, mas depende do objeto. A Verdade é objetiva. Ainda que todo o mundo dissesse que sol é frio, ele continuaria quente. A verdade não depende do que achamos e nem do que a maioria acha. O próprio postulado relativista muito em voga atualmente afirma irracionalmente que a verdade não existe. Ora, a sentença "a verdade não existe" é contraditória, porque :
a) ou essa tese é correta
b) ou é falsa.
Se a tese é correta, então eis aí a única coisa de que o homem pode ter certeza, a única tese realmente segura, a única verdade: a de que a verdade não existe. Aí está a verdade. Portanto, a verdade existe. Se a tese afirmada é falsa, então a afirmação oposta é certa. E a verdade então existe. Portanto, as duas pontas do dilema levam à conclusão de que a verdade existe. As verdades cujo prazo de validade se esgota em alguns anos são mentiras camufladas, manipulação da linguagem, arremedos de verdade que, como tais, causam medo, e não alegria. “Os homens não criam verdades, apenas constatam” (Santo Agostinho, A doutrina cristã, Iib, 33, 50.); “Não é o ato de reflexão que cria as verdades. Ele somente as constata” (Santo Agostinho, A verdadeira religião, VI, 40, 74.)

4) Livre-pensamento ou doutrina do juízo privado – “Aqueles que, abandonando os ditados das verdades e da moral religiosa da Revelação Tradicional, e não aceitando nenhum ensinamento dogmático no terreno da autoridade, baseiam suas crenças apenas em sua própria razão. O Renascimento, Reforma e o Iluminismo plasmaram o indivíduo ocidental moderno, que não é oprimido por fardos exteriores, como autoridade e a tradição. As pessoas estão menos inclinadas a se submeter a juízos “oficiais”. Com este culto do homem, a religião sai da esfera comunitária e é conduzida à esfera do privado, o que prepara o terreno para a “sacralização” do eu, do indivíduo, e dos valores individuais em detrimento dos valores comuns. Pierre Collin sustenta que 'no fundo, o homem moderno é o homem antigo, o homem anterior ao cristianismo, que pretende não depender senão da natureza e da razão'. 'Pois bem, no mesmo momento em que o Renascimento proclamava esta soberania dos direitos da natureza e da razão, o Protestantismo, de seu lado, estabelecia o princípio da livre interpretação das Sagradas Escrituras, e o substituía, em matéria de doutrina, ao dogma da autoridade da Igreja' (Pierre Collin, op. cit. p. 46). O livre pensador é o homem que não reconhece outra autoridade religiosa sobre ou fora dele mesmo, que retira da sua própria consciência a verdade religiosa da qual ele vive: o homem moderno é aquele que entende não depender senão de si mesmo, dito de outro modo, aquele que é Deus por si mesmo. De um lado e do outro, Vós o vedes, chega-se à doutrina da autonomia e da glorificação pessoal do homem. Este é o espírito moderno, tal qual ele,hoje, nos aparece constituído, e ele é radicalmente contrário ao espírito cristão' (M. Baudrillart, discurso citado, apud. Pierre Collin, op. cit., p. 46.).

5) Crença no progresso contínuo (fetiche do progresso) - Na História da Humanidade encontramos progressos e retrocessos, numas áreas e noutras. Haverá bases suficientes para se poder afirmar, em rigor, que a humanidade progride sempre, sem parar? Faz sentido, a crença moderna no progresso contínuo produto da sociedade industrial? Não servirá esta idéia gratuita do progresso absoluto uma arma de arremesso do laicismo materialista (agora dominante) contra a intelectualidade do passado (considerada "caduca" ou "primitiva", ou ainda "antiquada")?
Muito conveniente são as palavras do Papa Bento XVI a esse respeito: “No século XIX, já existia uma crítica à fé no progresso. No século XX, Teodoro W. Adorno formulou, de modo drástico, a problematicidade da fé no progresso: este, visto de perto, seria o progresso da funda à megabomba. Certamente, este é um lado do progresso que não se deve encobrir. Dito de outro modo: torna-se evidente a ambiguidade do progresso. Não há dúvida que este oferece novas potencialidades para o bem, mas abre também possibilidades abissais de mal – possibilidades que antes não existiam. Todos fomos testemunhas de como o progresso em mãos erradas possa tornar-se, e tornou-se realmente, um progresso terrível no mal. Se ao progresso técnico não corresponde um progresso na formação ética do homem, no crescimento do homem interior (cf. Ef 3,16; 2 Cor 4,16), então aquele não é um progresso, mas uma ameaça para o homem e para o mundo. Antes de mais, devemos constatar que um progresso por adição só é possível no campo material. Aqui, no conhecimento crescente das estruturas da matéria e correlativas invenções cada vez mais avançadas, verifica-se claramente uma continuidade do progresso rumo a um domínio sempre maior da natureza. Mas, no âmbito da consciência ética e da decisão moral, não há tal possibilidade de adição, simplesmente porque a liberdade do homem é sempre nova e deve sempre de novo tomar as suas decisões. Nunca aparecem simplesmente já tomadas em nossa vez por outros – neste caso, de facto, deixaríamos de ser livres. A liberdade pressupõe que, nas decisões fundamentais, cada homem, cada geração seja um novo início.”(Carta Encíclica Spe Salvi, Papa Bento XVI)

6) Laicismo – Trata-se de um esvaziamento, desencantamento do mundo ou perda de relevância do religioso no mundo.

A impossibilidade de conciliar a Fé cristã com a Maçonaria
Autor: Card. Ratzinger, prefecto de la congragación para la doctrina de la fe. El 26 de noviembre de 1983 la Congregación para la Doctrina de la Fe publicaba una declaración sobre las asociaciones masónicas.

“Para um cristão católico não é possível viver sua relação com Deus de uma maneira ambígua. Este não pode cultivar relações de dois tipos com Deus, nem expressar sua relação com o Criador por meio de formas simbólicas de duas espécies. (...) Um cristão católico não pode ao mesmo tempo participar da plena comunhão da fraternidade cristã e , por outro lado, olhar a seu irmão cristão, desde a perspectiva maçônica como um “profano”. Inclusive, (...) a força relativizante de tal fraternidade, por sua mesma lógica intrínseca, tem em si a capacidade de transformar a estrutura do ato de fé de modo tão radical que não seja aceitável por parte de um cristão que ama sua fé” (Leão XIII)
Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé26/11/1983Declaração de 26 de novembro de 1983 do cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (v. L\\\'Osservatore Romano de 26/11/83):
"Permanece portanto imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar´se da Sagrada Comunhão."
 
http://advhaereses.blogspot.com/2007/12/maconaria-e-uma-arapuca-do-demonio.html

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