sexta-feira, 15 de abril de 2011

Para finalizar o caso Santa Maria: bispos “católicos” assistem à “ordenação” anglicana. A tropa de choque dos tradicionalistas.

A 'ars celebrandi' anglicano: na foto, "bispos" e "bispas" "sagram" novo "bispo" anglicano. Destaque para a belíssima mitra e capa usada pelo "bispo" sagrador principal.
A ars celebrandi anglicano: na foto, "bispos" e "bispas" "sagram" novo "bispo" eleito. Destaque para a "belíssima" mitra e capa usada pelo "bispo" sagrador principal.
 
Terminou a novela envolvendo a “sagração” episcopal anglicana em Santa Maria, RS. Inicialmente programada para se realizar na catedral católica da cidade, os protestos dos católicos, tendo peso decisivo os leitores deste blog, fizeram com que o senhor bispo de Santa Maria, Dom Hélio Rubert, cancelasse o empréstimo. Nossos amigos acompanharam todos os capítulos: o emprestanão emprestaempresta de novo de Dom Hélio, as manifestações de ódio à Igreja Católica dos ultra-ecumênicos e amorosos anglicanos, a assinatura de um credo ecumênico por autoridades católicas e anglicanas de Santa Maria, e, claro, como não poderia faltar… a condenação dos malvados tradicionalistas.
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Neste último quesito, não poderíamos deixar de destacar a entrevista concedida pelo Padre Gabriele Cipriani — de amplíssimo e desqualificado currículo: formado em Filosofia e Teologia e doutor em Letras pela Universidade dos Estudos de Nápoles, com tese intitulada Itinerário ecumênico de João XXIII. Lecionou História do Cristianismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e no ISTA de Belo Horizonte. Foi assessor de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso na CNBB e secretário do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – Conic.
Para o sacerdote, “o fato ocorrido em Santa Maria é grave e fere profundamente os princípios e as normas da Igreja Católica sobre ecumenismo. É um fato lamentável, que não deveria ter acontecido e que o Bispo diocesano e outras autoridades da Igreja Católica deveriam ter evitado. As autoridades da Igreja Católica, ainda que pressionadas por grupos de fanáticos, tinham a obrigação não somente de instruir, ensinar, falar com autoridade e dar o exemplo de como os católicos devem agir em circunstâncias como aquela que se apresentou, mas não podiam recusar a hospitalidade na catedral católica de Santa Maria para a sagração do bispo eleito da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, cônego Francisco de Assis Silva”.
Prossegue o reverendíssimo ex-secretário do Conic, a respeito dos católicos “radicais” presentes em Santa Maria e em muitos outros lugares: “São como uma tropa de choque organizada para assumir liderança na Igreja Católica e levar a cabo a obra de restauração de um antigo regime eclesial e político considerado, por muitos, definitivamente ultrapassado a partir do Vaticano II. Aquele de Santa Maria, portanto, não é somente um fato lamentável, mas é o sintoma de uma enfermidade crescente no meio católico”.
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Tudo isso não impediu (ou ao menos postergou um pouco mais tal processo que já vinha se arrastando há tempos) que, na última quarta-feira, a diocese de Santa Maria fosse alçada à categoria de arquidiocese e, consequentemente, Dom Hélio Rubert elevado à dignidade de arcebispo!

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