sexta-feira, 1 de abril de 2011

Tudo é possível ao que crê


Como é que devemos buscar a cura de Deus? Há três frases no Evangelho de Marcos que precisamos analisar. Considere-as muitíssimas valiosas. A primeira menciona o poder do Senhor; a segunda, a vontade do Senhor; e a terceira, a ação do Senhor.
(a) O poder do Senhor: Deus pode. "Perguntou Jesus ao pai do menino: Há quanto tempo isto lhe sucede? Desde a infância, respondeu; e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para matá-lo; mas, se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos. Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê." (Mc 9.21-23). O Senhor simplesmente repetiu as duas palavras que o pai da criança havia pronunciado. O pai clamou: "Se podes, ajuda-nos". O Senhor respondeu: "Se podes! Tudo é possível ao que crê". O problema aqui não é "se podes", mas "se podes crer".
Não é verdade que o primeiro problema que temos com uma doença é a dúvida quanto ao poder divino? Olhando a bactéria através de um microscópio, o poder dela parece maior que o poder de Deus. Raramente Jesus interrompia alguém quando a pessoa ainda estava falando. Aqui, porém, ele parece irado (que o Senhor me perdoe por falar assim). Quando ele ouviu o pai da criança dizer: "Se tu podes alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos", ele bruscamente reagiu dizendo: "Por que dizes se podes? Todas as coisas são possíveis ao que crê. Na doença, a questão não é se eu posso, mas se você crê."
Portanto a primeira providência que temos de tomar na doença é levantar a cabeça e dizer:
"Senhor, tu podes!"
Vamos recordar o primeiro estágio da cura do paralítico. O Senhor perguntou aos fariseus: "Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda?" (Mc. 2.9.) Os fariseus naturalmente pensaram que era mais fácil dizer que os pecados estavam perdoados, pois quem poderia provar se estavam ou não? Entretanto as palavras que o Senhor disse e os efeitos delas mostraram-lhes que, além de curar as doenças, ele podia perdoar os pecados. Ele não perguntou o que era mais difícil, mas o que era mais fácil. Para ele, ambos eram igualmente fáceis. Para o Senhor, era tão fácil ordenar ao paralítico que se levantasse e andasse como perdoar os seus pecados. Para os fariseus, ambos eram difíceis.
(b) A vontade do Senhor: Deus quer. Sim, ele realmente pode, mas como posso saber se ele quer? Não conheço a vontade dele. Talvez ele não queira me curar. Vejamos mais uma história encontrada em Marcos. "Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo!" (Mc 1.40,41.)
Por maior que seja o poder de Deus, se ele não quiser curar, seu poder não vai me valer. O primeiro problema a ser resolvido é: Deus pode? E o segundo é: Deus quer? Não existe doença mais impura do que a lepra. Ela é tão impura que a lei estabelecia que qualquer um que tocasse num leproso tornava-se impuro também. E, no entanto o Senhor Jesus tocou no leproso e disse-lhe: "Quero". Se ele quis curar o leproso, com mais razão ainda quer curar-nos de nossas doenças. Podemos proclamar com ousadia: "Deus pode" e "Deus quer".
(c) A ação do Senhor: Deus faz. Há algo mais para Deus fazer. "Em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco." (Mc 11.23,24.) Como é que a fé age? A fé crê que Deus pode que ele quer e que já o fez. Se crermos que recebemos, certamente receberemos. A confiança que depositamos nele é esta: em tudo quanto lhe pedirmos, se for conforme à sua vontade, ele nos atenderá. E se sabemos que ele nos atende em tudo quanto lhe pedirmos, sabemos daí que já recebemos o que pedimos. (I Jo 5, 14-15) - Se Deus nos der sua Palavra, poderemos agradecer-lhe, dizendo:
"Deus me curou; ele já operou a cura!"
Muitos cristãos apenas esperam ser curados. A esperança vê os fatos no futuro; já a fé as considera no passado. Se realmente crermos, não vamos esperar vinte anos, nem cem anos. Levantamo-nos imediata-mente, dizendo:
"Graças a Deus, ele me curou! Graças a Deus, já recebi! Graças a Deus, estou limpo! Graças a Deus, estou bem!"
Uma fé perfeita pode proclamar que Deus pode que Deus quer e que Deus já realizou o ato.
A fé opera com o que "é", e não com o que "se deseja".

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