quinta-feira, 19 de maio de 2011

A reação de Dom Bernard Fellay à instrução ‘Universae Ecclesiae’. Resultados das conversações teológicas a longo prazo.

fratres in unum

Apresentamos a tradução da matéria do site Kreuz.net sobre o pronunciamento de Dom Bernard Fellay por ocasião de sua visita à Alemanha.

Clareza não é o Carisma da Igreja Conciliar.
O Superior da Fraternidade Sacerdotal São Pio X esclareceu na Alemanha, que não se deve esperar uma reconciliação com o Vaticano “em curto prazo”
Clique para ver o vídeo.
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(Kreuz.net, Stuttgart) A Instrução ‘Universae Ecclesiae’ confirma o significado da Missa Antiga para toda a Igreja,  disse o Bispo Bernard Fellay – o superior da  Fraternidade Sacerdotal São Pio X – em uma vídeo-entrevista em alemão ao sítio ‘pius.info’.
As gravações ocorreram na terça-feira durante uma visita de Mons. Fellay a Stuttgart.
O bispo se alegra que bispos e padres sejam instados a se abrirem ao Rito Antigo. Ao mesmo tempo, Mons. Fellay vê sombras na Instrução.
Legitimidade da Missa Antiga
O bispo critica especialmente o número 19 da Instrução.
Lá está: “Os fiéis que pedem a celebração da forma extraordinária não devem apoiar nem pertencer a grupos que se manifestam contrários à validade ou à legitimidade da Santa Missa ou dos Sacramentos celebrados na forma ordinária, nem ser contrários ao Romano Pontífice como Pastor Supremo da Igreja universal.”
O superior geral resume o parágrafo no sentido de que a legitimidade da Missa Nova não deveria ser questionada.
Contudo, assim fazem [i.e., questionam tal legitimidade] “provavelmente noventa por cento daqueles que anseiam pela Missa Antiga”.
Logo: Assim, por que se deve freqüentar a Missa Antiga, quando se está satisfeito com a nova? – indaga o prelado.
Certamente a fraternidade “não está satisfeita” com esse ponto.
Crítica Cautelosa
Mons. Fellay critica ainda o número 31 da Instrução. Segundo este item, bispos diocesanos são rigorosamente proibidos de fazer ordenações presbiterais no Rito Antigo.
O item 31 diz o seguinte:
“Somente aos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica que dependem da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, e àqueles nos quais se conserva o uso dos livros litúrgicos da forma extraordinária, se permite o uso do Pontifical Romano de 1962 para o conferimento das ordens menores e maiores”.
O bispo Fellay esperaria a mesma abertura da Missa para as ordenações.
No geral, ele encara a nova instrução com “sentimentos misturados”.
Ele espera ainda que o bem cresça e que a Missa Antiga seja cada vez mais celebrada.
Nenhuma Reconciliação em curto prazo
Quanto às negociações com o Vaticano, Mons. Fellay disse que foi combinado sigilo.
O futuro dirá se haverá algum esclarecimento conjunto.
O bispo não espera muito.
Ele não vê nenhuma reconciliação em curto prazo. A Fraternidade não poderia esperar que Roma admitisse de repente que “estava errada.”
A longo prazo, Mons. Fellay espera certas correções – especialmente no Concílio Pastoral:
“É muito, muito difícil dizer algo verdadeiramente claro sobre os resultados das conversações.”

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