sexta-feira, 17 de junho de 2011

Laicizado o ex-Superior da Comunidade das Beatitudes.

fratres in unum

Na Comunidade das Bem-Aventuranças leigos e padres, homens e mulheres, vivem juntos a pobreza e a obediência em comunhão de bens.
Na Comunidade das Bem-Aventuranças leigos e padres, homens e mulheres, vivem juntos a pobreza e a obediência em comunhão de bens.

Kreuz.net – Tradução: Fratres in Unum.com | A Comunidade das Bem-Aventuranças surgiu no ano de 1973 na França.
Ela se orienta espiritualmente segundo a chamada Renovação Carismática.
Hoje em dia a comunidade pertence aos inúmeros empreendimentos de renovação que surgiram do Pontificado de João Paulo II († 2005).
O fundador
A comunidade foi fundada pelo casal Gérard (62) e Josette Croissant.
Gérard atuava como  “Frère Ephraim”.
Um outro casal participou da fundação.
Frère Ephraim ocupou uma posição fundamental na comunidade por muito tempo.
Ele é oriundo de Nancy e originalmente havia sido protestante reformado.
Em 1978 ele foi ordenado diácono permanente em Roma.

A Comunidade
Na Comunidade das Bem-Aventuranças, leigos e padres, homens e mulheres, vivem juntos a pobreza e a obediência em comunhão de bens.
Nos tempos de sua maior expansão cerca de 1.500 irmãos e irmãs pertenciam à Comunidade em 75 filiais.
Eles estão representados em 35 países dos 5 continentes.
Desde 8 de dezembro de 2002 a Comunidade é uma associação privada, internacional de fiéis de direito pontifício.
Atualmente ela está sujeita o Conselho Pontifício para os Leigos.
Frère Ephraim desaparecido
Atualmente o fundador da Comunidade, Frère Ephraim, é acusado de ter brincado de “união mística” com as mulheres da Comunidade.
Supostamente  o Cardeal Robert-Joseph Coffy de Marseille († 1995) foi informado já no ano de 1992 sobre essas práticas, que teriam sido de natureza mais carnal do que espiritual.
Frère Ephaim não faz mais parte da comunidade desde 2007.
Atualmente ele vive em Kigali, capital da Ruanda e lá trabalha como escritor e psicoterapeuta.
O ex fundador está separado de sua esposa, que mora na França.
Frère Ephaim foi o diretor oficial da comunidade de 1973 a 1978.
Ainda mais problemas
Ele foi substituído dessa função por seu cunhado, o médico e diácono permanente Philippe Madre.
Madre dirigiu a comunidade de 1975 até 1990.
Contudo, em edição mais recente do boletim mensal da diocese de Toulouse ‘Foi et Vie’ podemos ler a seguinte notícia:
“Devido a uma decisão judicial de 20 de maio de 2010, que se seguiu a uma acusação canônica, o Doutor Philippe Madre, diácono permanente casado, incardinado na diocese de Albi, foi declarado culpado de acordo com o direito canônico por delitos alegados.
Essa decisão judicial definitiva inclui a sua destituição do estado clerical.”
A declaração não se expressa sobre alegações contra Madre.
Já no ano de 2003 ele havia sido acusado de “assédio sexual”.
Madre não vivia mais na Comunidade nos últimos anos .
Um caso de abuso
Em fevereiro de 2008 um caso de abuso sacudiu a Comunidade.
Um Irmão Pierre-Etienne A. (60), até então em liberdade, confessou ter cometido delito com cerca de cinqüenta moças e rapazes que lhe foram confiados com idades variando entre 5 a 14 anos de idade.
Os incidentes devem ter acontecido entre  1985 e 2000.
Nenhuma sentença de um tribunal francês foi dada para o caso.
Juntando o cacos
Em outubro de 2009 ocorreu uma assembléia geral da Comunidade na França.
Naquela ocasião foi feita uma sugestão para que a Comunidade se desligasse de Roma e se abrigasse novamente sob diocese de Toulouse.
Ao mesmo tempo o dominicano, padre Henry Donneaud, foi nomeado Superior de facto da Comunidade .
Ele foi encarregado de preparar os novos estatutos, que foram apresentados há algumas semanas.
Atualização: os novos estatutos prevêem uma divisão da comunidade em três ramos: um ramo masculino para padres e irmãos, um ramo para freiras e um ramo para leigos.


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