VATICANO, 14 Jul. 11 / 02:19 pm (ACI)
O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi, qualificou como um fato doloroso, preocupante e "contrário à união da Igreja presente no mundo inteiro" a ilegítima ordenação episcopal do sacerdote Giuseppe Huang Bingzhang, realizada hoje na cidade chinesa de Shantou.
Conforme informou a Rádio Vaticano alguns bispos em comunhão com o Santo Padre foram obrigados a participar da ordenação ilegítima do bispo de Shantou.
"Com a ordenação ilegítima do Bispo de Shantou, na região chinesa de Guandong, foi aberta uma nova ferida no tecido da Igreja Católica chinesa, já atingida, duas semanas atrás, por um gesto análogo com a ordenação do Bispo de Leshan, também esta sem mandato pontifício", afirma o Pe. Lombardi em declarações reunidas pela Rádio Vaticano em português.
Conforme informou a agência UCAnews.com, o anúncio da ordenação fez que um grupo de católicos realizasse uma protesta na frente dos escritórios do governo chinês em Hong Kong, já que estas ordenações ilegítimas "constituem uma grave falta de respeito à Igreja" e só geram divisão e sofrimento.
O fato renova o grande pesar de Bento XVI pela notícia da ordenação episcopal celebrada em Leshan, no dia 29 de junho deste ano.
Nesta ocasião, o governo chinês promoveu a ordenação episcopal, sem permissão do Papa, do sacerdote Lei Shiyin, apesar de sua grave situação, já que como resultado de sua relação com uma mulher, o sacerdote tornou-se pai de um filho.
A Santa Sé divulgou um comunicado no qual explicou que devido a esta grave falta o sacerdote estava excomungado, de acordo ao estabelecido no cânon 1382 do Código de Direito Canônico.
Este bispo ilegítimo é atualmente Vice-presidente da Associação Patriótica Católica da China e um deputado católico da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, um importante órgão de assessoria para o governo.
O comunicado do Vaticano deste 4 de julho assinalava que "a ordenação de Leshan foi um ato unilateral que semeia divisão e, infelizmente, produz divisões e tensões na comunidade católica na China", precisou.
O governo, que dirige a chamada Associação Católica Patriótica da China, tinha programado para o dia 9 de junho uma ordenação adicional, mas de última hora decidiu pospô-la a uma data ainda não especificada, ao parecer, pela resistência tanto dos fiéis como do sacerdote eleito para ser ordenado Bispo.
A China só permite o culto católico à Associação Patriótica Católica a China, subordinado ao Partido Comunista Chinês, e rechaça a autoridade do Vaticano para nomear bispos ou governá-los. A Igreja Católica fiel ao Papa não é completamente clandestina; embora seja assediada constantemente.
As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano foram quebradas em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas que expulsaram os clérigos estrangeiros.
O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, o Pe. Federico Lombardi, qualificou como um fato doloroso, preocupante e "contrário à união da Igreja presente no mundo inteiro" a ilegítima ordenação episcopal do sacerdote Giuseppe Huang Bingzhang, realizada hoje na cidade chinesa de Shantou.
Conforme informou a Rádio Vaticano alguns bispos em comunhão com o Santo Padre foram obrigados a participar da ordenação ilegítima do bispo de Shantou.
"Com a ordenação ilegítima do Bispo de Shantou, na região chinesa de Guandong, foi aberta uma nova ferida no tecido da Igreja Católica chinesa, já atingida, duas semanas atrás, por um gesto análogo com a ordenação do Bispo de Leshan, também esta sem mandato pontifício", afirma o Pe. Lombardi em declarações reunidas pela Rádio Vaticano em português.
Conforme informou a agência UCAnews.com, o anúncio da ordenação fez que um grupo de católicos realizasse uma protesta na frente dos escritórios do governo chinês em Hong Kong, já que estas ordenações ilegítimas "constituem uma grave falta de respeito à Igreja" e só geram divisão e sofrimento.
O fato renova o grande pesar de Bento XVI pela notícia da ordenação episcopal celebrada em Leshan, no dia 29 de junho deste ano.
Nesta ocasião, o governo chinês promoveu a ordenação episcopal, sem permissão do Papa, do sacerdote Lei Shiyin, apesar de sua grave situação, já que como resultado de sua relação com uma mulher, o sacerdote tornou-se pai de um filho.
A Santa Sé divulgou um comunicado no qual explicou que devido a esta grave falta o sacerdote estava excomungado, de acordo ao estabelecido no cânon 1382 do Código de Direito Canônico.
Este bispo ilegítimo é atualmente Vice-presidente da Associação Patriótica Católica da China e um deputado católico da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, um importante órgão de assessoria para o governo.
O comunicado do Vaticano deste 4 de julho assinalava que "a ordenação de Leshan foi um ato unilateral que semeia divisão e, infelizmente, produz divisões e tensões na comunidade católica na China", precisou.
O governo, que dirige a chamada Associação Católica Patriótica da China, tinha programado para o dia 9 de junho uma ordenação adicional, mas de última hora decidiu pospô-la a uma data ainda não especificada, ao parecer, pela resistência tanto dos fiéis como do sacerdote eleito para ser ordenado Bispo.
A China só permite o culto católico à Associação Patriótica Católica a China, subordinado ao Partido Comunista Chinês, e rechaça a autoridade do Vaticano para nomear bispos ou governá-los. A Igreja Católica fiel ao Papa não é completamente clandestina; embora seja assediada constantemente.
As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano foram quebradas em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas que expulsaram os clérigos estrangeiros.
CNBB recebe dirigentes de sua co-irmã comunista-separada Associação Patriótica Católica Chinesa.
CNBB – Na noite de hoje, 14, a comitiva da Administração do Estado para Assuntos Religiosos, do Governo da República Democrática da China, participou de audiência com o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, na sede da CNBB, em Brasília.
Composta pelo vice-ministro para Assuntos Religiosos, Jiang Jianyong, e 11 outros funcionários do Governo Chinês, a comitiva foi à CNBB com o objetivo de conhecer o trabalho realizado pela Igreja Católica no Brasil e propor um intercâmbio entre as duas Conferências Episcopais.
Dom Leonardo explicou a atuação da Igreja no Brasil, toda sua estrutura e funcionamento; o cuidado especial com os pobres; a ligação entre as Conferências Episcopais da América Latina; as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil; sobre as congregações de religiosos e religiosas e suas atividades, principalmente na área social, entre outros.
O vice-ministro Jiang Jianyong falou que essa é a primeira vez que a delegação visita a América do Sul e que foram convidados a virem pela Sociedade Bíblica do Brasil. “Essa comitiva quis conhecer as características do catolicismo no Brasil e constatamos a relevância da Igreja para o país”, ressaltou o vice-ministro.
* * *
Nota do editor: A Administração do Estado para Assuntos Religiosos, do Governo da República Democrática da China, é o órgão estatal que regula e supervisiona as atividades da cismática Associação Patriótica Católica Chinesa. O senhor secretário da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, certamente não vê dificuldades e nem se ruboriza ao receber cismáticos e hereges de toda espécie. Aliás, esta é uma das especialidades da CNBB e sua trupe, e já não causa mais surpresa. No entanto, não deixa de causar estranheza a impressão, dada por esta visita, de uma aparente ignorância (ou desdém?) dos acontecimentos das últimas semanas (sim, não são meses, anos ou décadas, mas semanas; o último deles ocorreria exatamente ontem, dia da visita!) — sagrações episcopais ilícitas, prisão de bispos em comunhão com o Papa, coação para que participassem de tais sagrações – que recrudesceram as relações entre Roma e Pequim, depois de uma tímida aproximação no início do pontificado de Bento XVI, e culminaram com mais de um pronunciamento da Santa Sé [aqui e aqui].
Evidentemente, o “cuidado especial pelos pobres” da mentalidade marxista-cnbbista faz com que se estabeleça um interesse mútuo: da parte da igreja cismática chinesa, pelos métodos subversivos da Igreja no Brasil; e da CNBB e da Sociedade Bíblica do Brasil, anfitriã da visita, supomos, por uma formalização, quiçá em um futuro não muito distante, de seu (ou ao menos de significativa parcela de seus membros) cisma com a Sé Apostólica e estabelecimento de sua “igreja patriótica brasileira”.
Tão ridículo quanto sintomático é um grupelho de burocratas leigos de Pequim propor um “intercâmbio entre as duas Conferências Episcopais” e, por sua vez, a CNBB considerar este convite digno de ser noticiado, e não rechaçado, em seu site. Que intercâmbio! De um lado, a explicitamente cismática conferência episcopal submetida ao governo chinês, não reconhecida pela Sé Apostólica, e de outro a Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil que, embora reconhecida, talvez esteja mais próxima de Pequim do que de Roma.
[Atualização: 15 de julho de 2011, às 12:43] O artigo que estava no site da CNBB foi retirado do ar. Permanece, no entanto, publicado em seu blog.
[Atualização: 15 de julho de 2011, às 13:16] O artigo do blog também sumiu! Acima, à direita, imagem em cache.
[Atualização: 15 de julho de 2011, às 14:10] Esclarecimento: A Sociedade Bíblica do Brasil é uma entidade, segundo seu site, de “natureza filantrópica, social e cultural”. Atualmente tem como presidente um protestante.
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