[IHU]
30/8/2011
A Justiça chinesa condenou ontem um monge tibetano a 11 anos de prisão por homicídio culposo. Ele escondeu outro religioso que ateara fogo ao corpo para protestar contra a presença chinesa no Tibete. Segundo a agência estatal Nova China, a atitude impediu que o manifestante recebesse tratamento médico.
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, 30-08-2011.
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo, 30-08-2011.
O protesto ocorreu em março no monastério Kirti, em uma região da Província de Sichuan onde os tibetanos étnicos são maioria. Rigzin Phuntsog, um monge de 16 anos, sobrinho e discípulo do condenado, ficou escondido por 11 horas da polícia após se imolar. No dia seguinte, ele foi levado a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Ainda de acordo com a Nova China, o monge condenado, chamado Drondru, admitiu a culpa e se disse arrependido por ter impedido que seu discípulo recebesse tratamento médico.
Ele não recorrerá da condenação, segundo a agência, que é controlada pelo governo comunista. Cerca de cem pessoas assistiram ao julgamento, entre elas líderes religiosos.
Outros dois monges serão julgados hoje. Eles são acusados de ter "tramado, instigado e ajudado" na imolação.
Violência
O protesto provocou uma onda de repressão no distrito de Aba, palco frequente de manifestações pela independência do Tibete.
O monastério de Kirti foi colocado sob vigilância constante das forças de segurança. Grupos pró-Tibete que atuam fora da China acusam o governo central de prender monges e agredir testemunhas.
Em junho, Pequim negou-se a dar informações solicitadas por uma comissão de direitos humanos da ONU sobre o paradeiro de 300 monges do monastério de Kirti, desconhecido antes de o templo ser invadido em abril. A chancelaria chinesa limitou-se a dizer que os monges foram submetidos a um processo de "educação legal", uma referência a séries compulsórias de aulas sobre política, lei chinesa e assuntos religiosos. Nos últimos anos, três religiosos budistas atearam fogo ao corpo em protestos políticos na China.
Os monges de Aba são leais ao dalai-lama, líder espiritual dos budistas do Tibete, que fugiu para a Índia após a invasão da província por tropas comunistas em 1959. Em 2008, a região autônoma foi palco de uma nova onda de protestos a favor da independência, esmagada com violência por Pequim.
O dalai-lama renunciou este ano à liderança política tibetana. Ele vem defendendo negociações com Pequim para melhorar o grau de autonomia da província.
No começo do ano, o governo chinês também lançou uma ofensiva contra a minoria étnica uigur - muçulmanos que vivem na Província de Xinjiang, no extremo oeste do China, e ensaiaram protestos contra o controle de Pequim sobre a região.
Ainda de acordo com a Nova China, o monge condenado, chamado Drondru, admitiu a culpa e se disse arrependido por ter impedido que seu discípulo recebesse tratamento médico.
Ele não recorrerá da condenação, segundo a agência, que é controlada pelo governo comunista. Cerca de cem pessoas assistiram ao julgamento, entre elas líderes religiosos.
Outros dois monges serão julgados hoje. Eles são acusados de ter "tramado, instigado e ajudado" na imolação.
Violência
O protesto provocou uma onda de repressão no distrito de Aba, palco frequente de manifestações pela independência do Tibete.
O monastério de Kirti foi colocado sob vigilância constante das forças de segurança. Grupos pró-Tibete que atuam fora da China acusam o governo central de prender monges e agredir testemunhas.
Em junho, Pequim negou-se a dar informações solicitadas por uma comissão de direitos humanos da ONU sobre o paradeiro de 300 monges do monastério de Kirti, desconhecido antes de o templo ser invadido em abril. A chancelaria chinesa limitou-se a dizer que os monges foram submetidos a um processo de "educação legal", uma referência a séries compulsórias de aulas sobre política, lei chinesa e assuntos religiosos. Nos últimos anos, três religiosos budistas atearam fogo ao corpo em protestos políticos na China.
Os monges de Aba são leais ao dalai-lama, líder espiritual dos budistas do Tibete, que fugiu para a Índia após a invasão da província por tropas comunistas em 1959. Em 2008, a região autônoma foi palco de uma nova onda de protestos a favor da independência, esmagada com violência por Pequim.
O dalai-lama renunciou este ano à liderança política tibetana. Ele vem defendendo negociações com Pequim para melhorar o grau de autonomia da província.
No começo do ano, o governo chinês também lançou uma ofensiva contra a minoria étnica uigur - muçulmanos que vivem na Província de Xinjiang, no extremo oeste do China, e ensaiaram protestos contra o controle de Pequim sobre a região.
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