domingo, 21 de agosto de 2011

O Concílio Vaticano II (1962-1965)

Papa Paulo VI
Um dos motivos principais da convocação do Concílio era o restabelecimento da unidade dos cristãos, em particular com os ortodoxos. Em meados de maio de 1959 foi instituída a Comissão ante-preparatória, convidando os bispos, superiores gerais, universidades e faculdades católicas a propor temas e programas para a discussão. Em 5 de junho de 1960 batizou o Concílio de Concílio Vaticano II. As comissões preparatórias trabalhavam intensamente e, no natal de 1961 a abertura do Concílio foi marcada para 11 de outubro de 1962.
Os participantes do Concílio foram divididos em três categorias:
  1. Os membros com direito a voto (os padres conciliares);
  2. Os peritos convidados pelo papa;
  3. Os observadores e
  4. Os ouvintes (podiam assistir às congregações gerais.
Leigos católicos e não católicos participaram das categorias de observadores ou ouvintes.
O Secretariado para a União dos cristãos foi elevado à condição de Comissão, sinal da importância do ecumenismo no evento eclesial. Um sinal indicativo da originalidade do Concílio foi a decisão de se aprovar um documento com maioria de dois terços e poder rejeitá-lo com maioria simples: era um contrapeso ao conservadorismo da Cúria. A grandeza de João XXIII foi permitir que os trabalhos conciliares tomassem um rumo não pensado por ele, mas no qual via a ação do Espírito Santo.
Se o Concílio era um novo Pentecostes, não poderia se contentar em repetir fórmulas antigas e até ultrapassadas. O trabalho criativo dos peritos (teólogos) assessorando os bispos deu ao Concílio uma face renovadora, colhendo os melhores frutos dos estudos bíblicos, litúrgicos e patrísticos iniciados no final do século XIX.
Papa João XXIII
Morto João XXIII, os conservadores esperavam que o Concílio automaticamente fosse extinto. O novo papa, Paulo VI (Cardeal Montini, de Milão), eleito em 21 de junho, era um homem aberto aos problemas do mundo e imediatamente decretou a continuidade do Concílio, propondo concretamente quatro desafios aos trabalhos:
  • Apresentar de modo doutrinal a essência da Igreja;
  • Renovar a vida interna da Igreja;
  • Promover a unidade dos cristãos e
  • Intensificar o diálogo da Igreja com o mundo moderno.
Foram quatro as Sessões do Concílio, tendo sido aprovados 16 textos: 
  • 4 Constituições, 
  • 9 Decretos e 
  • 3 Declarações.

(Continua...)

jbpsverdade: Note-se que o Concílio deu prosseguimento no Pontificado de Paulo VI, e que foi ele (Paulo VI) que decretou não só a unidade dos cristãos, como também o diálogo inter-religioso com as religiões não cristão. Portanto fica bem claro que foi no Concílio Vaticano II a abertura da porta da Igreja para o modernismo do mundo.

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