PORT ELIZABETH, África do Sul, 16 de setembro de 2011 (Notícias Pró-Família)
— Injeções contraceptivas foram administradas sem o consentimento dos
pais em meninas novas numa escola da África do Sul, conforme reportagem
do Dispatch Online da segunda-feira.
De
acordo com a reportagem, as injeções foram dadas por membros da unidade
de planejamento familiar do Hospital Dora Nginza para meninas nas
séries 6 e 7 da Escola Primária Emzoncane, em Zwide, na cidade de Port
Elizabeth. Algumas das alunas tinham 10 anos de idade.
Conforme
a reportagem, a escola havia enviado uma carta aos pais informando-lhes
que os representantes do hospital estariam dando uma palestra para os
estudantes acerca da menstruação e contracepção, mas não se fez nenhuma
menção das injeções.
“Minha
preocupação é com os efeitos que essa injeção terá na minha filha, pois
ela nem começou a menstruar”, disse Nandipha Ngalo, cuja filha de 11
anos recebeu injeção.
Ngalo
disse que os pais das meninas foram chamados à escola depois que as
injeções haviam sido administradas, informados de que suas meninas
estavam sob o efeito do controle da natalidade e receberam “cartões de
clínica” para prosseguimento do tratamento.
Marcus
van Heerden, ginecologista do Hospital Nelson Mandela Bay, chamou a
injeção de “totalmente antiética”, acrescentando que tem o potencial de
adiar o início da puberdade.
“Simplesmente não se dá um contraceptivo contra a vontade das pessoas. Isso não é medicina”, disse ele.
Os
métodos injetáveis de controle da natalidade, dos quais o mais comum é o
Depo-Provera, introduzem hormônios sintéticos no corpo que suprimem a
ovulação.
De
acordo com o site do Depo-Provera, os riscos da droga incluem câncer,
coágulos sanguíneos, derrame, sangramento menstrual irregular e um
aumento na densidade óssea.
Apesar
disso, os contraceptivos injetáveis têm sido promovidos por defensores
do “planejamento familiar” como uma forma eficaz e conveniente de
controle da natalidade para menores de idade, pois exigem apenas esforço
mínimo por parte da usuária.
O Dr. Nyathi Ntsiko, diretor da secretaria distrital da educação de Port Elizabeth, também se expressou contra as injeções.
“Sabemos
que há um problema enorme de gravidez entre adolescentes, mas essas
coisas precisam do consentimento dos pais e do envolvimento deles”,
disse ele.
Conforme uma reportagem do jornal Times Live,
um porta-voz da secretaria de saúde da província de Cabo Oriental disse
ontem que a enfermeira que administrou a injeção enfrentaria uma
audiência disciplinar.
A
administração de contracepção para menores de idade sem o consentimento
dos pais é uma prática comum em muitos países, inclusive nos Estados
Unidos e Canadá.
De
acordo com um relatório publicado neste mês pelo Instituto Guttmacher,
filial de pesquisa da [abortista] Federação de Planejamento Familiar, 21
estados nos EUA permitem que menores de idade deem consentimento para
obter serviços de contracepção, 25 estados permitem isso em certas
circunstâncias e 4 estados “não têm uma política explícita”.
No
Canadá, a Lei de Consentimento para Tratamento, aprovada em 1995,
possibilita que menores de idade deem consentimento para obter serviços
contraceptivos, inclusive aqueles que são disponíveis a partir da
enfermeira da escola. O consentimento da menor pode também ser implícito
em vez de expresso verbalmente.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/pre-teens-in-south-africa-given-contraceptive-injection-without-parental-co
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