segunda-feira, 19 de setembro de 2011

África do Sul: Meninas com menos de 12 anos receberam injeções contraceptivas sem o consentimento dos pais

PORT ELIZABETH, África do Sul, 16 de setembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Injeções contraceptivas foram administradas sem o consentimento dos pais em meninas novas numa escola da África do Sul, conforme reportagem do Dispatch Online da segunda-feira.
De acordo com a reportagem, as injeções foram dadas por membros da unidade de planejamento familiar do Hospital Dora Nginza para meninas nas séries 6 e 7 da Escola Primária Emzoncane, em Zwide, na cidade de Port Elizabeth. Algumas das alunas tinham 10 anos de idade.
Conforme a reportagem, a escola havia enviado uma carta aos pais informando-lhes que os representantes do hospital estariam dando uma palestra para os estudantes acerca da menstruação e contracepção, mas não se fez nenhuma menção das injeções.
“Minha preocupação é com os efeitos que essa injeção terá na minha filha, pois ela nem começou a menstruar”, disse Nandipha Ngalo, cuja filha de 11 anos recebeu injeção.
Ngalo disse que os pais das meninas foram chamados à escola depois que as injeções haviam sido administradas, informados de que suas meninas estavam sob o efeito do controle da natalidade e receberam “cartões de clínica” para prosseguimento do tratamento.  
Marcus van Heerden, ginecologista do Hospital Nelson Mandela Bay, chamou a injeção de “totalmente antiética”, acrescentando que tem o potencial de adiar o início da puberdade.
“Simplesmente não se dá um contraceptivo contra a vontade das pessoas. Isso não é medicina”, disse ele.
Os métodos injetáveis de controle da natalidade, dos quais o mais comum é o Depo-Provera, introduzem hormônios sintéticos no corpo que suprimem a ovulação.
De acordo com o site do Depo-Provera, os riscos da droga incluem câncer, coágulos sanguíneos, derrame, sangramento menstrual irregular e um aumento na densidade óssea.
Apesar disso, os contraceptivos injetáveis têm sido promovidos por defensores do “planejamento familiar” como uma forma eficaz e conveniente de controle da natalidade para menores de idade, pois exigem apenas esforço mínimo por parte da usuária.
O Dr. Nyathi Ntsiko, diretor da secretaria distrital da educação de Port Elizabeth, também se expressou contra as injeções.
“Sabemos que há um problema enorme de gravidez entre adolescentes, mas essas coisas precisam do consentimento dos pais e do envolvimento deles”, disse ele.
Conforme uma reportagem do jornal Times Live, um porta-voz da secretaria de saúde da província de Cabo Oriental disse ontem que a enfermeira que administrou a injeção enfrentaria uma audiência disciplinar.
A administração de contracepção para menores de idade sem o consentimento dos pais é uma prática comum em muitos países, inclusive nos Estados Unidos e Canadá.
De acordo com um relatório publicado neste mês pelo Instituto Guttmacher, filial de pesquisa da [abortista] Federação de Planejamento Familiar, 21 estados nos EUA permitem que menores de idade deem consentimento para obter serviços de contracepção, 25 estados permitem isso em certas circunstâncias e 4 estados “não têm uma política explícita”.
No Canadá, a Lei de Consentimento para Tratamento, aprovada em 1995, possibilita que menores de idade deem consentimento para obter serviços contraceptivos, inclusive aqueles que são disponíveis a partir da enfermeira da escola. O consentimento da menor pode também ser implícito em vez de expresso verbalmente.

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