15 de setembro
Anton, para nós Antonio, nasceu na
humilde e cristã família Schwartz, no dia 28 de fevereiro de 1852, em
Baden, Áustria, quarto de treze filhos. Seu pai era um simples operário,
sem profissão definida, enquanto sua mãe cuidava da casa e dos filhos,
que estudavam na escola paroquial daquela cidade.
Aos quinze anos, ficou órfão de pai,
vivendo uma grave crise pessoal, que durou dois anos. Em 1869,
recuperado, foi estudar na escola popular gratuita dos padres piaristas.
Lá, conheceu a obra do fundador, são José Calazans, tornando-se um seu
devoto extremado.
Mas três anos depois as atividades das
escolas pias e da própria Ordem foram suspensas na Áustria. Para
completar sua formação, ingressou no seminário diocesano, pois queria
seguir a vida religiosa. Nessa época, passou por duas graves
enfermidades, ambas curadas, segundo ele, por intercessão de Nossa
Senhora.
Em 1875, ordenou-se sacerdote e assumiu o
segundo nome. Padre Antônio Maria Schwartz foi capelão por quatro anos,
depois viajou para Viena, para promover assistência espiritual aos
doentes nos hospitais das Irmãs da Misericórdia de Schshaus. Além disso,
começou a orientar, na religião, os operários e os jovens aprendizes em
formação profissional. Tomando como base suas raízes humildes, percebeu
as necessidades desses operários.
Para proporcionar-lhes apoio e
orientação, fundou a “União dos Aprendizes Católicos sob a Proteção de
São José Calasanz”, empreendendo uma intensa atividade pastoral. Sem,
contudo, abandonar a assistência que prestava aos doentes nos hospitais.
Após quatro anos, pediu ao cardeal de
Viena que apoiasse essa Obra, mas o cardeal mostrou que não tinha
recursos para financiá-la. Por isso padre Antônio Maria adoeceu
literalmente, tanto que precisou dos cuidados das irmãs da Misericórdia.
Dois anos. Esse foi o tempo necessário para o cardeal dar seu apoio e
sua ajuda, permitindo que ele ficasse apenas com o apostolado junto aos
operários e aprendizes.
Padre Antônio Maria recuperou o
entusiasmo e, com total dedicação, em 1888, fundou o “Artesanato
cristão”, um jornal para os artesãos e operários, que escreveu, durante
um longo tempo, sozinho. Também buscou e conseguiu os meios para
construir a primeira “igreja para os operários de Viena”, um templo
humilde e escondido pelas casas populares. Foi nessa igreja que, para
melhor assisti-los, fundou a “Congregação dos Pios Operários”, adotando
as Regras de são José de Calasanz, ainda hoje florescente.
Ele vivificou sua Obra com valentia
cristã durante quarenta anos. O “Apóstolo Operário de Viena”, que
dividia opiniões, permaneceu sempre fiel a si mesmo e à Igreja de
Cristo. Seus passos foram corajosos e chegou ao Parlamento, para
conseguir lugares de formação profissional para os jovens e para o justo
repouso dominical dos operários.
Morreu em 15 de setembro de 1929, em
Viena, Áustria. O papa João Paulo II proclamou-o bem-aventurado Antônio
Maria Schwartz em 1998, designando a data da morte para a homenagem
litúrgica.
Anton Maria Schwartz, rogai por nós!
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