1 de setembro
São poucos os dados que existem sobre a
vida de Egídio. Mas com certeza sabemos que ele era grego e pertencia a
uma rica família da nobreza de Atenas. Depois da morte de seus pais,
decidiu ser um ermitão, para viver na pobreza e totalmente dedicado a
Deus. Para isso distribuiu todos os bens que herdou entre os pobres e
doentes e viveu isolado na oração e penitência, sendo agraciado pelo
Espírito Santo com os dons especiais da cura, da sabedoria e dos
milagres.
Um dos primeiros milagres a ele
atribuídos diz que, certo dia, encontrou na porta de uma igreja um
mendigo muito doente e esfarrapado. Penalizado com a situação do pobre,
Egídio cobriu-o com seu velho manto e, naquele instante, um prodígio
aconteceu:
o homem, que até então agonizava, levantou-se completamente
curado. Depois essas curas se repetiram e foram se multiplicando de tal
forma que ele ganhou fama de santidade. Mas os devotos passaram a
procurá-lo com freqüência, então Egídio decidiu partir.
Em 683, viajou para a França. Conta a
tradição que ele salvou o navio repleto de passageiros, no qual viajava
também. Uma enorme tempestade teria desabado sobre a embarcação. Todos
já tinham perdido as esperanças quando Egídio, em prece, ergueu as mãos
aos céus. As ondas ameaçadoras acalmaram-se na mesma hora e todos
desembarcaram com segurança.
Na França, viveu numa caverna de uma
floresta próxima de Nimes, cuja entrada era escondida por um arbusto
espinhoso. Na mais completa pobreza, alimentava-se apenas de ervas, de
raízes e do leite de uma corsa, que, segundo a tradição, foi-lhe enviada
por Deus.
Certa vez, o rei Vamba, dos visigodos,
foi caçar nas proximidades da caverna de Egídio e, em vez de flechar uma
corsa que se escondera atrás de um arbusto, flechou a mão do pobre
ermitão, que tentava proteger o animal acuado. Foi descoberta, assim, a
residência do eremita. O rei, para desculpar-se, passou a visitá-lo com
seus médicos até sua cura completa.
Depois disso, o rei continuou a
visitá-lo com freqüência, presenciando vários prodígios que divulgava na
Corte. Assim, a fama de santidade de Egídio ganhou vulto e ele passou a
ter vários discípulos. O rei, então, mandou construir um mosteiro e uma
igreja, que doou para ele, que foi eleito abade. O mosteiro passou a
ter uma disciplina própria escrita por Egídio. Mais tarde, ao seu redor
surgiu o povoado que deu origem à cidade de Santo Egídio e o mosteiro
foi entregue aos beneditinos.
A morte de Egídio ocorreu,
provavelmente, no dia 1º de setembro de 720. Logo após, os devotos
fizeram da sua sepultura um ponto obrigatório de peregrinação. O seu
culto tornou-se vigoroso e estendeu-se por todo o mundo cristão. Santo
Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o colocou na lista dos
quatorze “santos auxiliadores” do povo, sendo invocado contra a
convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.
Santo Egídio, rogai por nós!
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