terça-feira, 4 de outubro de 2011

Brasil: morre Dom João d’Ávila Moreira

Bispo auxiliar emérito do Rio de Janeiro

Dom João d´Ávila Moreira Lima
BRASÍLIA, terça-feira, 4 de outubro de 2011 (ZENIT.org) – O bispo auxiliar emérito do Rio de Janeiro, Dom João d´Ávila Moreira Lima, 92, faleceu no início da noite da última sexta-feira, 30 de setembro, memória de São Jerônimo.
Debilitado pela idade, aos poucos, sua saúde foi se agravando em função do mal de Alzheimer. Internado no Hospital Pasteur, no Méier, veio a óbito por falência múltipla dos órgãos.
Nos últimos anos de sua vida, residia na Casa do Padre, no bairro Rio Comprido, anexo ao Seminário Arquidiocesano de São José, onde ele já exerceu as funções de reitor, diretor espiritual e professor de Teologia.
Mineiro de Itabirito, dom João d´Ávila nasceu em 30 de agosto de 1919. Ainda jovem foi estudar em Roma e, ao concluir seus estudos, em pleno período da Segunda Guerra Mundial, foi ordenado presbítero em 8 de abril de 1944.

A maior parte do exercício de seu ministério presbiteral foi dedicada à formação dos seminaristas. Também exerceu a função de administrador dos bens temporais da catedral de São Sebastião e pároco, por pouco tempo, da paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Glória.
Em 1982 foi nomeado bispo auxiliar do Rio de Janeiro pelo papa João Paulo II. Ao receber a ordenação, no dia 24 de agosto, adotou como lema episcopal: “Na Tua Palavra” (In Verbo Tuo), extraído do Evangelho de São Lucas (Lc 5,5).
Como colaborador do arcebispo dom Eugenio de Araujo Sales, por 20 anos, dom João d´Ávila muito fez pela arquidiocese do Rio de Janeiro. Presente na vida das comunidades, seu ministério foi marcado pelo acompanhamento e formação dos leigos integrantes das associações religiosas.
Exéquias
A celebração das exéquias de corpo presente de dom João d´Ávila, presidida pelo arcebispo dom Orani João Tempesta, foi realizada ao meio-dia do sábado, 1º de outubro, na capela do Santíssimo da catedral de São Sebastião, após a ordenação de 12 novos diáconos.
“O motivo de nossa oração é de agradecimento pela sua vida, pelo dom de sua vocação e de sua correspondência ao chamado do Senhor. Pedimos a Deus que o receba em sua glória, que o recompense por combater o bom combate, por ser fiel até o fim, disse o arcebispo.
A celebração contou com a presença dos bispos auxiliares, vigários episcopais, presbíteros, seminaristas e fiéis. Entre os prelados, a presença de dom Antônio Biasin, bispo da vizinha diocese de Barra do Piraí/Volta Redonda. Ainda, religiosas e colaboradores que cuidaram de dom João d´Ávila no fim de sua vida.
Recordando a ordenação dos futuros presbíteros que a Igreja do Rio teve a alegria de participar no inicio da manhã, dom Orani observou a providência de Deus com relação à sua Igreja. Disse que enquanto alguns se preparam para iniciar uma nova fase do chamado, outros fazem a sua páscoa definitiva, mas que as duas realidades são necessárias para que a Igreja possa cumprir sua missão.
“O importante da vida é o que somos, o que correspondemos à graça de Deus. Por mais silenciosa que seja a vida, ela grita pelo testemunho e pela fidelidade, porque o que fazemos está no coração de Deus. Por isso, sabemos que dom João d´Ávila está em Deus, na visão beatífica, em paz, na companhia dos apóstolos, ele que foi constituído sucessor, para servir o povo e a Igreja de Deus”, afirmou dom Orani.
O arcebispo lembrou ainda que dom João d´Ávila aproveitou todas as possibilidades que recebeu para servir a Deus e aos irmãos. Quando não pôde mais, por causa da idade e da doença, fez do silêncio a sua oração.
A homilia feita pelo arcebispo do Rio foi concluída com o testemunho do bispo auxiliar emérito, dom Assis Lopes. Ele contou que conheceu dom João d´Ávila, há 55 anos, por ocasião de sua admissão ao Seminário. Foi dom João d´Ávila que fez a pregação de sua primeira missa e foi também um dos consagrantes na sua ordenação episcopal.
“Servindo a Igreja com alegria e simplicidade, sua vida foi marcada pelo silêncio. Em cada momento ou circunstância da vida, procurava ser fiel ao Senhor. Feliz foi quem teve o privilégio de sua convivência”, afirmou dom Assis Lopes.
Após a celebração eucarística, o corpo de com João d´Ávila foi conduzido até a cripta da catedral, onde foi concluído o rito das exéquias, seguido de sepultamento.

(Com CNBB)

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