Porta-voz vaticano comenta a presença da Santa Sé na ONU
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 11 de outubro de 2011 (ZENIT.org)
– A presença e ação da Santa Sé nas Nações Unidas tem o objetivo de
promover a transformação do mundo em uma autêntica “família de nações”.
O Pe. Federico Lombardi SJ (foto), diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, afirmou isso no editorial do último número de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano.
Às vezes, observou o Pe. Lombardi, “nos perguntam por que uma
autoridade religiosa como a Santa Sé participa de uma atividade de
consenso mundial como a Assembleia das Nações Unidas, muitas vezes
cenário de duros enfrentamentos políticos”.
Com a premissa de que o status da Santa Sé é o de observador e,
portanto, não participa das votações, para entendê-lo é suficiente ler o
discurso de Dom Mamberti, secretário para as Relações com os Estados,
da sessão em curso, revela o porta-voz da Santa Sé.
“É fácil reconhecer a continuidade com as últimas grandes intervenções dos papas em Nova York”, constatou.
“João Paulo II insistiu com força no fato de que as Nações Unidas
devem ser o lugar em que as nações se reconhecem como membros de uma
'família' impulsionada pela solidariedade mútua e pela preocupação pelo
bem comum da humanidade inteira”, e, à luz desta perspectiva, Bento XVI
desenvolveu o conceito da “responsabilidade de proteger”, como expressão
concreta da atenção aos mais frágeis.
Para o Pe. Lombardi, “Dom Mamberti parte deste ponto, aplicando esta
responsabilidade às crises humanitárias que atualmente estão em curso –
começando com a do Nordeste Africano – e à proteção da paz, da segurança
e dos direitos do homem”.
Da mesma forma, insiste na liberdade religiosa: “Hoje, frequentemente
vemos como se viola patentemente ou se limita sutilmente,
marginalizando a religião da vida da sociedade”; e volta a mencionar a
relação entre ética e economia, que se encontra na base da crise global
atual.
Além disso, é importante o tratamento do desenvolvimento sustentável,
ao qual a ONU dedicará em breve uma conferência internacional.
Para este propósito, recorda o Pe. Lombardi, o secretário para as
Relações com os Estados mencionou que “a consciência de ser 'família de
nações' dirige e sustenta o sentido de responsabilidade e a tutela do
ambiente, como também a luta contra o comércio de armas”.
“A família é uma comunidade fundada na interdependência, na
confiança, na ajuda mútua e no respeito sincero”, afirmou Dom Mamberti.
“Lembrar disso interessa a todos os seres humanos, para que se torne
uma realidade viva no mundo. É por isso que a Santa Sé está em Nova
York”, conclui o Pe. Lombardi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário