[unisinos]
21/10/2011
O Vaticano anunciou nessa quarta-feira que preparou um documento para a
reforma do sistema financeiro internacional no qual sugere a criação de “uma
autoridade pública com competência universal”.
A reportagem é do síto Religión Digital, 19-10-2011. A tradução é
do Cepat.
O documento será apresentado na segunda-feira à imprensa e foi elaborado
pelo Conselho Pontifício de Justiça e Paz, liderado pelo cardeal
africano Peter Kodwo Appiah Turkson. “A reforma do sistema financeiro
internacional na perspectiva de uma autoridade pública de competência universal”,
reza o título do documento, do qual ainda não se conhece o conteúdo.
O Vaticano apresenta assim propostas concretas para a crise econômica e
social que afeta o mundo desde o ano de 2008. Bento XVI já se pronunciou
em diversas ocasiões a favor de “uma intervenção pública” e denunciou o sistema
econômico atual e suas consequência sobre os setores mais pobres da população,
em particular dos camponeses.
“A crise financeira mundial demonstrou a fragilidade do sistema econômico atual e das instituições a elas conectadas”, declarou o papa em abril. Para o chefe da Igreja, é “um erro considerar que o mercado é capaz de se auto-regular sem a necessidade de uma intervenção pública e sem referências morais internacionais”, escreveu.
“A crise financeira mundial demonstrou a fragilidade do sistema econômico atual e das instituições a elas conectadas”, declarou o papa em abril. Para o chefe da Igreja, é “um erro considerar que o mercado é capaz de se auto-regular sem a necessidade de uma intervenção pública e sem referências morais internacionais”, escreveu.
Na segunda, em uma mensagem enviada à Organização das Nações Unidas para
a Agricultura e a Alimentação (FAO) por ocasião da Jornada Mundial da
Alimentação, Bento XVI fez um pedido a favor dos agricultores de
todo o mundo: “É necessário investir no setor agrícola”, disse.
Em julho passado, o papa condenou firmemente a “especulação financeira”
com os alimentos. “O quadro internacional e as frequentes preocupações causadas
pela instabilidade, junto com o aumento dos preços dos alimentos requer
respostas concretas e necessariamente unitárias para obter resultados que os
Estados não podem garantir individualmente”, destacou à epoca.
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