Novos santos: Guido Maria Conforti, Luis Guanella e Bonifácia Rodriguez de Castro
Guido Maria Conforti, Bonifácia Rodriguez de Castro e Luis Guanella |
Em sua
homilia – segundo refere Rádio Vaticano –, o Papa recordou que hoje
celebramos, com toda a Igreja, o Dia Mundial das Missões, “celebração
anual que se propõe a despertar o impulso e o compromisso com a
missão”.
E “louvemos ao Senhor pelos três novos Santos”, prosseguiu,
relembrando as palavras do Evangelista Mateus, na passagem em que os
fariseus se reuniram para colocar Jesus à prova (cfr 22,34-35) e Ele foi
questionado por um doutor da Lei.
"Mestre, na Lei, qual é o maior mandamentos?" (v. 36). Ao que Jesus
responde: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a
tua alma e de todo o teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro
mandamento (VV. 37-38)”.
O Papa continua contando que, logo em seguida, Jesus acrescenta algo
que, na verdade, não havia sido perguntado pelo doutor da lei: "O
segundo (mandamento) é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo" (v. 39).
Sobre esse trecho, o Santo Padre ressaltou que “Jesus dá a entender
que a caridade para com o próximo é tão importante quanto o amor a
Deus”. E esses três novos Santos, conforme destacou o Pontífice,
“deixaram-se transformar pela caridade divina e nela caracterizaram toda
a sua existência”.
“Em situações diferentes e com carismas diversos – disse –, eles
amaram ao Senhor com todo o coração e ao próximo como a si mesmos ‘de
modo a se tornarem modelo para todos os fiéis’ (1 Ts 1,7)”.
Bento XVI falou sobre a vida e a dedicação de cada um dos Santos. De
São Guido Maria Conforti destacou a confiança com a qual se entregou ao
Senhor, sua inspiração em São Francisco Xavier e seus feitos para com os
irmãos.
De São Luís Guanella ressaltou “que o seu testemunho humano e
espiritual é para toda a Igreja um dom particular de graça”. “Durante a
sua existência terrena, ele viveu, com coragem e determinação, o
Evangelho da Caridade”, disse o Papa, completando: “graças à profunda e
contínua união com Cristo, na contemplação de seu amor, Pe. Guanella,
conduzido pela Providência divina, tornou-se companheiro e mestre,
conforto e alívio dos mais pobres e dos mais necessitados”.
Para descrever Santa Bonifácia, fez analogia com uma passagem da
primeira Carta aos Tessalonicenses, “um texto que usa a metáfora do
trabalho manual para descrever o trabalho evangelizador”. “A nova Santa
se apresenta a nós – disse o Papa - como um modelo completo em que
ressoa o trabalho de Deus, um eco que convida suas filhas, as Servas de
São José, e também a todos nós, a acolhermos seu testemunho com a
alegria do Espírito Santo, sem temer a contrariedade, difundindo em
todas as partes a Boa Nova do Reino dos céus.
O Santo Padre ainda acrescentou: “Encomendamo-nos a sua intercessão, e
pedimos a Deus por todos os trabalhadores, sobretudo pelos que
desempenham tarefas mais modestas e em ocasiões não suficientemente
valorizadas, para que, em meio a seu trabalho diário, descubram a mão
amiga de Deus e dêem testemunho de seu amor, transformando seu cansaço
em um canto de louvo ao Criador”.
Bento XVI concluiu sua homilia convidando-nos a seguir os exemplos
desses três Santos, “a fim de que toda a nossa existência se torne
testemunho de autêntico amor a Deus e ao próximo”.
Na seqüência da celebração da Missa de canonização, o Papa, como em
todos os domingos, conduziu a oração mariana do Angelus. Dirigindo-se
aos milhares de fieis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, o
saudou a todos, "principalmente aos peregrinos presentes para prestar
homenagem aos novos Santos, com um pensamento de especial afeto aos
membros dos institutos por eles fundados”.
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