8 de outubro de 2011
Comentário de Julio Severo: A primeira vez que denunciei a participação de um pastor nessa campanha foi em 2008, neste texto.
De lá para cá, quase nada mudou. O tal pastor continua firme no projeto
do PT de acabar com a “discriminação”. E se alguém presume que o pastor
não está aliado a um feiticeiro, consulte o Dicionário Michaelis de
Língua Portuguesa, que diz sobre “babalaô”:
sm
(ioruba babaláwo) Folc Sacerdote do culto iorubano, graduado em
feitiçaria negra; é o pai-de-santo, a quem se atribui o dom de predizer o
futuro, governador espiritual de um terreiro de candomblé. Var:
ababaloalô, babalaó, babaloxá.
Em 2009, esse “babalaô”, com o patrocínio direto do governo Lula, denunciou na ONU os evangélicos do Brasil. Mesmo assim, ele conta com o apoio de um importante pastor da IPB.
A
Globo, que sempre despreza um legítimo testemunho cristão, tratou o
pastor presbiteriano com prestígio e carinho, dando atenção positiva na
matéria e na foto — o mesmo carinho com que ele também é tratado no
tabloide sensacionalista Genizah. Faça a vontade da Globo, do PT, do Genizah e da bruxaria, e a Globo apresentará você como um cara super-legal!
O artigo seguinte é do jornal Extra da Globo:
Pastor presbiteriano abandona preconceito e se torna uma das principais vozes contra a intolerância religiosa
Na
primeira Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa em 2008, o pastor
Marcos Amaral, da Igreja Presbiteriana de Jacarepaguá, aceitou o convite
do babalaô Ivanir dos Santos, seu amigo dos tempos de articulação
política, para representar os evangélicos. Foi na cara e na coragem,
como diz. Ao ver a multidão em trajes afro, o pastor gelou. Até então,
aquela imagem era associada ao demônio. Apavorado, Marcos Amaral buscou
refúgio no alto do carro de som. Mas, ao descer, o pedido de uma senhora
fez o líder mudar de rota e se tornar hoje uma das principais vozes em
defesa da liberdade religiosa.
![]() |
Prestigiado na Globo: Rev. Marcos Amaral |
—
Eu estava morrendo de medo. Nunca tinha estado em contato com “essa
gente” porque, para mim, nessa época, não eram pessoas. Quando desci,
pensei em ir embora. Quando estava saindo, uma jovem correu atrás de mim
e me pediu para tirar uma foto com a mãe dela. Vi uma senhora negra com
roupas de baiana. Ela me pediu: “O senhor pode orar por mim?” e botou a
minha mão no turbante dela. Aquela velhinha me quebrou. Nunca mais a
vi, mas ela nunca saiu de mim — lembrou o pastor.
Autor
de livros como “De volta para casa” e eleito presidente do Sínodo da
Guanabara, que congrega mais de 50 igrejas, Marcos Amaral realizará,
nesta segunda-feira, reunião de lideranças com participação do reverendo
Roberto Brasileiro, pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, na
Universidade Mackenzie, no Centro.
Um
de seus objetivos é, por meio da união dos líderes presbiterianos,
representar uma voz em defesa dos valores reais da religião, como a
ética. Ele se assusta quando vê as atitudes desequilibradas feitas em
nome de uma suposta fé por líderes de novas seitas que se dizem
evangélicas. O verdadeiro cristão, ele ensina, tem outro comportamento.
—
Cristo só foi intolerante com os líderes de sua própria nação, quando
estes eram intolerantes com as pessoas. Jesus foi o primeiro a dar
sinais de compreensão aos que seriam os umbandistas da época, como o
centurião romano, que era politeísta (adorava vários deuses). Cristo nos
ensinou o amor — encerra Amaral.
Entrevista com pastor Marcos Amaral
O
senhor sofreu críticas dentro da igreja ao dialogar com outras
religiões quando se aproximou da Comissão de Combate à Intolerância
Religiosa?
Ao
longo desses quatro anos, sofri incompreensões. Mas fui me fortalecendo
e, ao mesmo tempo, o movimento pela defesa da liberdade religiosa foi
ganhando tanta transparência que hoje as pessoas percebem que aquele
espaço não é para debate religioso. Mas para cobrar uma atitude cidadã
de respeito.
Como o senhor avalia hoje essa experiência?
Eu
só ganhei com isso, como se tivesse me despertado. O candomblé e a
umbanda sempre foram execráveis, o demônio para mim. Com essa
aproximação, fui construindo laços afetivos com as pessoas e
desconstruindo minha leitura preconceituosa. Não me considero integrante
efetivo da comissão porque não consigo acompanhar tanto os trabalhos,
embora eles insistam em dizer que sou. Então, eu me sinto privilegiado e
encho os pulmões para dizer que sou membro da comissão.
Como o senhor vê o preconceito religioso no Brasil?
Nós
convivemos com um processo silencioso de discriminação e rejeição,
amenizado e até caricaturado pelo jeito brasileiro de encarar as coisas.
Os neopentecostais têm um projeto imperialista de supremacia política,
baseada em um modelo de valorização dos países do hemisfério norte. Não é
à toa que eles chutam a santa ou associam imagens de centros
umbandistas a “endemoniados”. Há um projeto de aniquilação religiosa no
Brasil.
É um perigo quando a discriminação é feita em nome da religião...
Existe
uma armadilha, um discurso de que o “Estado religioso” está acima do
“Estado civil”. Dentro dessa argumentação, se o estado é contra o que
dizem ser o reino de Deus vou tentar aniquilar o estado e, então, vou
fazer bem a Deus. É um discurso do século 12, 14, do tempo das Cruzadas.
Quando os cristãos matavam os islâmicos, eles acreditavam estar fazendo
a vontade de Deus. Quando os puritanos colocaram Joana D'arc na
fogueira acreditaram que o fogo iria expulsar os demônios e fazer bem a
ela.
E como combater esse discurso?
Espero
reunir as lideranças protestantes éticas que digam à sociedade que o
estado brasileiro é laico e que esse comportamento fanático não reflete o
Reino de Deus. Reflete um desajuste e um projeto de poder. Vamos
levantar nossa voz para a sociedade e dizer que todos têm o direito de
escolher seu credo.
Fonte: Extra
Divulgação: www.juliosevero.com
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