Infelizmente se utilizam da net para divulgar mentiras e fazer calunias. Vejam a calunia que o portal IG fez contra o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, se você ainda não conhece o Instituto clique aqui
Agora veja a matéria abaixo publicada pelo portal IG, é lamentável. E não adianta querer comentar contra a mesma.
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Skinheads usam briga política como pano de fundo para violência
Na madrugada do dia 4 de setembro o estudante Johni Raoni Falcão Galanciak, de 25 anos, morreu esfaqueado
durante um tumulto envolvendo 200 pessoas, entre punks e skinheads, na
frente de uma boate de São Paulo. O caso foi tratado pela mídia e pelas
autoridades como mais uma briga entre gangues de arruaceiros. Por trás
dessa e de outras barbáries recentes,
no entanto, há uma disputa violenta de origem político-ideológica que
envolve temas polêmicos – como aborto, união homossexual e legalização
de drogas – que influenciaram até no resultado das eleições
presidenciais de 2010.
De um lado estão os carecas de extrema direita, cuja orientação
deológica vai desde o nacionalismo até o neonazismo. Alguns deles,
segundo a Polícia Civil, são responsáveis por agressões recentes a
homossexuais, negros, nordestinos. Os mais conhecidos são a Resistência
Nacionalista, Ultradefesa, White Power, Carecas do Brasil e Kombat RAC.
Foto: Reprodução
Grupo de extrema-direita Resistência Nacionalista, em foto divulgada no site
Do outro estão grupos também skinheads de esquerda, comunistas e
anarquistas, que se uniram nos últimos meses aos punks anarquistas, para
enfrentar nas ruas, com os mesmos métodos violentos, as organizações
rivais sob a bandeira da Ação Antifacista. São os antifas, cujos grupos
mais conhecidos são RASH (carecas vermelhos e anarquistas) e SHARP
(carecas contra o preconceito racial).
“Há motivação política e ideológica na atuação de alguns destes grupos”, disse ao iG
a delegada Margarete Barreto, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos
de Intolerância (Decradi). Em lados opostos, estas organizações tiveram
papel central em manifestações políticas como a passeata em defesa do
deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), a Marcha da Maconha e a Parada Gay.
Doutrina
Nas últimas semanas o iG conversou com skinheads –
inclusive aqueles que tumultuaram a Marcha da Maconha e a Parada Gay –
sobre suas preferências políticas e suas crenças ideológicas. Embora
considerem que, de maneira geral, o sistema político-partidário seja
ineficaz, os jovens da extrema direita ouvidos pela reportagem disseram
apoiar parlamentares que estão minimamente de acordo com o que pregam, a
exemplo de Bolsonaro e dos senadores Kátia Abreu e Demóstenes Torres,
ambos do DEM.
Estes jovens recebem orientação teórica. As bases são os seminários promovidos pelo Instituto Plínio Correia de Oliveira (criador da extinta TFP, que defendia a Tradição, a Família e a Propriedade) e o jornalista Olavo de Carvalho. Em um áudio publicado no blog da Resistência Nacionalista, Carvalho defende a pena de morte para comunistas, a começar pelo arquiteto Oscar Niemeyer. “Para o Niemeyer uma pena de morte só é pouco. Deveria ter umas três ou quatro”, diz Carvalho.
Já os antifas muitas vezes são filiados a partidos de raízes
comunistas, como PCO, PC do B, ou organizações como a Central Única dos
Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), e tem
articulações com grupos que defendem os direitos dos gays e a
legalização das drogas. A reportagem entrou em contato com membros da
facção, mas nenhuma liderança concordou em dar entrevista.
Polarização
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi)
registra em São Paulo a existência de 25 gangues, mas segundo o iG
apurou, há um movimento recente de recrutamento, reagrupamento e
polarização dessas gangues. Este movimento começou logo após a passeata
em defesa de Bolsonaro, em abril, como uma forma de reação aos grupos de
intolerância.
Organizações como RASH e SHARP passaram a arregimentar seguidores e
se aliaram a punks com os quais tinham afinidade ideológica. Um destes
punks é Johni Raoni. Com a nova configuração, os antifas se tornaram
maioria e os extremistas de direita passaram de caçadores de gays,
nordestinos e maconheiros a presas dos antifas.
“Estamos sendo caçados. Hoje não podemos mais nos reunir em uma
estação de metrô”, disse Antonio Silva, o Vulto, líder da Resistência
Nacionalista, grupo que participou da passeata pró-Bolsonaro, da
anti-Marcha da Maconha e tinha quatro integrantes envolvidos na briga
que levou à morte de Johni.
Em seu blog, os RASH-SP negam enfaticamente responsabilidade pela briga.
Em seu blog, os RASH-SP negam enfaticamente responsabilidade pela briga.
No entanto, comentários de integrantes do grupo na página da
Resistência Nacionalista mostram a predisposição para a violência. “Na
verdade é isso mesmo, fascismo não se discute, se combate com as armas
que tem na mão, e espero que eu tenha algo bem pesado nas minhas”, diz
um jovem que assina como Antifa Pride (orgulho antifascista).
A briga da madrugada do dia 4 foi o episódio mais visível desta
guerra. Antes disso, foram registrados pelo menos quatro episódios de
agressões com motivação político-ideológica entre skinheads de facções
rivais. Segundo os jovens ouvidos pelo iG, essa
combinação de briga político-ideológica e predisposição à violência é
uma bomba que pode estourar em qualquer esquina. E tudo indica que
bombas cada vez maiores estão por vir.
Foto: Reprodução
Movimento começou com o ska
Origem proletária
Mas nem sempre foi assim. O movimento skinhead nasceu nos anos 60
entre jovens pobres da Jamaica que migraram para a Inglaterra e, lá, se
uniram aos trabalhadores operários britânicos. Curtiam reagge, ska e não
tinham posições racistas ou políticas, tampouco violentas. Diz-se que
raspavam a cabeça para evitar piolhos. A associação entre skinheads e
violência teve início nas décadas seguintes, com o envolvimento do
partido nazista inglês nesse movimento.
No Brasil, os skinheads surgiram a partir da década de 80,
especialmente entre operários do ABC Paulista, chamados de Carecas do
ABC. Eles apoiavam políticas conservadoras, em contraposição ao
movimento que se iniciava sob liderança do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Os skinheads brasileiros de esquerda, ou antifas, são um fenômeno
mais recente, criado no início dos anos 2000 por dissidentes dos Carecas
do Subúrbio, e tem como objetivo resgatar os valores originais do
movimento.

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