25 de outubro
O brasileiro Antônio de Sant’Anna Galvão nasceu em 1739, em
Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França,
capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel
Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve
onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse
legado ao filho.
Quando tinha treze anos, Antônio foi
enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já
estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava
plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio
decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação
no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as
ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque
ele ainda não tinha completado a idade exigida.
Em 1768, foi nomeado pregador e
confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e
aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria
do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra
posterior.
Irmã Helena era uma mulher de muita
oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão.
Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens
religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta
pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar
disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena,
fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da
Conceição da Divina Providência.
No ano seguinte, morreu irmã Helena. E
os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento
foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo
desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão
popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar
sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e
ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase
um século depois, essa obra tornar-se-ia um “patrimônio cultural da
humanidade”, por decisão da UNESCO.
Em 1811, a pedido do bispo de São
Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá,
permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os
trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas
nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo.
Com a saúde enfraquecida, recebeu
autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua
última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado
pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu
com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido
das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da
Luz, que ele mesmo construíra.
Depois, o Recolhimento do frei Galvão
tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes
peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua
intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25
de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento
XVI, em São Paulo, Brasil.
Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, rogai por nós!
![Share/Bookmark](http://static.addtoany.com/buttons/share_save_171_16.png)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Só será aceito comentário que esteja de acordo com o artigo publicado.