1 de novembro
“Vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações,
tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do Trono e diante do
Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão.”
A visão narrada por são João
Evangelista, no Apocalipse, fala dos santos aos quais é dedicado o dia
de hoje. A Igreja de Cristo possui muitos santos canonizados e a
quantidade de dias do calendário não permite que eles sejam homenageados
com exclusividade. Além desses, a Igreja tem, também, muitos outros
santos sem nome, que viveram no mundo silenciosamente e na nulidade,
carregando com dignidade a sua cruz, sem nunca ter duvidado dos
ensinamentos de Jesus.
Enfim, santos são todos os que foram
canonizados pela Igreja ao longo dos séculos e também os que não foram e
nem sequer a Igreja conhece o nome e que nos precederam em vida na
terra perseverando na fé em Cristo.
Portanto, são mesmo multidões e
multidões, porque para Deus não existe maior ou menor santidade. Ele ama
todos do mesmo modo. O que vale é o nosso testemunho de fidelidade e
amor na fé em seu Filho, o Cristo, e que somente Deus conhece.
Como mesmo entre os canonizados muitos
santos não têm um dia exclusivo para sua homenagem, a Igreja reverencia a
lembrança de todos, até os sem nome, numa mesma data. A celebração
começou no século III, na Igreja do Oriente, e ocorria no dia 13 de
maio.
A festa de Todos os Santos ocorreu pela
primeira vez em Roma, no dia 13 de maio de 609, quando o papa Bonifácio
IV transformou o Panteão, templo dedicado a todos os deuses pagãos do
Olimpo, em uma igreja em honra à Virgem Maria e a Todos os Santos.
A mudança do dia começou com o abade
inglês Alcuíno de York, professor de Carlos Magno, perto do ano 800. Os
pagãos celtas entendiam o dia 1o de novembro como um dia de comemoração
que anunciava o início do inverno. Quando eles se convertiam, queriam
continuar com a tradição da festa. Assim, a veneração de Todos os Santos
lembrando os cristãos que morreram em estado de graça foi instituída no
dia 1o de novembro.
O papa Gregório IV, em 835, fixou e
estendeu para toda a Igreja a comemoração em 1o de novembro.
Oficialmente, a mudança do dia da festa de Todos os Santos, de 13 de
maio para 1o de novembro, só foi decretada em 1475, pelo do papa Xisto
IV. Mas o importante é que a solenidade de Todos os Santos enche de
sentido a homenagem de Todos os Finados, que ocorre no dia seguinte.
Todos os santos de Deus, rogai e intercedei a Deus por nós!
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