16 Dec 2011
Julio Severo
Com
o patrocínio do governo federal, a II Conferência Nacional LGBT começou
em 15 de dezembro, em Brasília. As passagens áreas e estadia de hotel
foram pagas pelo governo de Dilma Rousseff.
A
abertura foi feita pela ministra dos Direitos Humanos, Maria do
Rosário; o assessor especial da presidente Dilma Rousseff, Gilberto
Carvalho; o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ); Ramais de Castro, do
Conselho Nacional LGBT; a ativista lésbica Irina bacci; a ministra da
Igualdade Racial, Luiza Barros; a ativista trans Giovana Baby; a
desembargadora aposentada, Maria Berenice Dias e Toni Reis, presidente
da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (ABGLT).
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Maria do Rósario: depois da “vitória” na Lei da Palmada, o alvo agora é liberar o kit gay |
Maria do Rosário estava emocionada. Ela mal havia acabado de comemorar a vitória do governo na aprovação do projeto de lei que criminaliza o direito dos pais aplicarem castigos físicos — criminalização que era um sonho antigo dela.
Com o governo agora avançando para um controle maior sobre as famílias e
crianças, chegou a vez de lidar novamente com o kit gay.
Rosário
afirmou o compromisso do governo federal em erradicar “discriminações”,
reforçando que nos espaços do governo, inclusive escolas públicas, “não
há, não deve haver e nem será aceita nenhum tipo de discriminação, nos
seus programas e nas ações que seus ministros desenvolvam”. Se há nas
escolas ensino de família com pai e mãe, deverá haver também com as
novas formas de família, inclusive de duplas homossexuais. Se há ensino
de que o sexo homem/mulher é natural, a homossexualidade deverá também
ser apresentada como natural. Menos que isso seria, no entendimento
dela, preconceito e violência.
Em
concordância com os desejos de Rosário, os ativistas gays aproveitaram
para reivindicar da presidente Dilma o fim do veto dela ao kit gay. “Ô
Dilma, que papelão, não se governa com religião”, gritaram os ativistas.
Em outra frase os ativistas gays diziam que a presidente “Dilma pisou
na bola e a homofobia continua na escola”. E todo o resto da abertura
foi marcado por fortes protestos dos palestrantes para que o governo
intervenha diretamente para que as crianças das escolas recebam ensinos
homossexuais.
Em
suas reivindicações, os militantes argumentaram que sendo pagadores de
impostos, eles têm o direito de exigir que o dinheiro deles também seja
usado para levar educação pró-homossexualismo nas escolas.
Em
diversos momentos, os participantes chamaram pelo nome do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Para eles, Lula jamais teria vetado o kit
gay.
Toni
Reis, presidente da ABGLT, lembrou a presidente Dilma Rousseff que
muitos homossexuais votaram nela. “Presidente, muitos LGBT votaram na
senhora... Dilma, você disse que não ia permitir nenhum retrocesso em
seu governo, então, nós queremos a liberação imediata do Kit Escola Sem
Homofobia e não vamos tolerar que os evangélicos ditem as políticas",
declarou Toni Reis. O Kit Escola Sem Homofobia é o nome oficial do kit
gay.
A
II Conferência Nacional LGBT continua até o próximo domingo (18), onde
ativistas do Brasil inteiro vão elaborar um novo plano de combate à
“homofobia” e promoção homossexual em nível nacional, com o total apoio
do governo de Dilma Rousseff.
Com informações do site gay A Capa, G1 e Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Fonte: www.juliosevero.com

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