29 de dezembro
O projeto de Deus para a redenção de toda a humanidade tem como centro a
encarnação do seu Filho como homem vivendo entre nós. Quis que seu
amado Filho fosse o exemplo de tudo. Por isso ele foi acolhido no seio
de uma verdadeira família. Uma humilde, boa e honrada família, ligada
pela fé e os bons costumes. Ele escolheu, seus anjos agiram e a Sagrada
Família foi constituída.
Deus Pai enviou Jesus com a natureza
divina e a natureza humana: o Verbo encarnado, trazendo a sua redenção
para todos os seres humanos. Ou seja: a salvação do ser humano somente
se dá através de Jesus, quem crer e seguir terá a vida eterna no Reino
de Deus.
Assim,Jesus nasceu numa verdadeira
família para receber tudo o que necessitava para crescer e viver, mesmo
sendo muito pobre. Teve o amor dos pais unidos pela religião,
trabalhadores honrados, solidários com a comunidade, conscientes e
responsáveis por sua formação escolar, cívica, religiosa e profissional.
Maria, José e Jesus são o símbolo da verdadeira família idealizada pelo
Criador.
A única diferença, que a tornou a
“Sagrada Família”, foi a sua abnegação, a aceitação e a adesão ao
projeto de Deus, com a entrega plena às suas disposições. Mesmo
assim,não perderam sua condição humana, imprescindível para que todas as
profecias se cumprissem.
A família residiu em Nazaré até que Jesus estivesse pronto para desempenhar sua missão.
Lá, Jesus aprendeu a andar, correr,
brincar, comer, rezar, cresceu, estudou, foi aprendiz e auxiliar de seu
pai adotivo, José, a quem amava muito e que por ele era muito amado
também. Foi um filho obediente à mãe, Maria, e demonstrou isso já bem
adulto, e na presença dos apóstolos, nas bodas de Caná, quando, a pedido
de Maria, operou o milagre do vinho.
Quando o Messias começou a trilhar os
caminhos, aldeias e cidades, pregando o Evangelho, era reconhecido como o
filho de José, o carpinteiro da Galiléia. Até ser identificado como o
Filho de Deus aguardado pelo povo eleito, Jesus trabalhou como todas as
pessoas fazem. Conheceu as agruras dos operários, suas dificuldades e o
suor necessário para ganhar o pão de cada dia.
Essa família é o modelo de todos os
tempos. É exemplar para toda a sociedade, especialmente nos dias de
hoje, tão atormentada por divórcios e separações de tantos casais, com
filhos desajustados e todos infelizes. A família deve ser criada no
amor, na compreensão, no diálogo, com consciência de que haverá momentos
difíceis e crises formais. Só a certeza e a firmeza nos propósitos da
união e a fé na bênção de Deus recebida no casamento fará tudo ser
superado. Pedir esse sacramento à Igreja é uma decisão de grande
responsabilidade, ainda maior nos novos tempos, onde tudo é passageiro,
fútil e superficial.
Esta celebração serve para que todas as
famílias se lembrem da humilde Sagrada Família, que mudou o rumo da
humanidade. Ela representa o gesto transcendente de Deus, que se acolheu
numa família humana para ensinar o modo de ser feliz: amar o próximo
como a nós mesmos. A Igreja comemora a festa da Sagrada Família em data
móvel, no domingo após o Natal, ou, alternativamente, no dia 29 de
novembro.
Sagrada Família, rogai por nós!

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