4 de dezembro
Filha de pais pagãos, Bárbara aprendeu a amar a Deus observando a
natureza, o céu, o sol, as estrelas e todas as maravilhas da terra.
Bárbara nasceu na Nicomédia, Bitínia,
atual Turquia. Num lar pagão, desde pequena participava dos cultos e
homenagens aos deuses. A menina cresceu bela e inteligente e aprendeu os
valores cristãos a ponto de apegar-se a eles com toda a força da alma.
Assim, instruída no cristianismo às escondidas, recebeu o batismo.
Mas chegou o dia em que seu pai tomou
conhecimento disso. A princípio, tentou persuadi-la a voltar aos valores
pagãos com argúcia e artimanhas. O tempo foi passando e nada de Bárbara
render-se. As pressões sobre ela aumentaram e a sua desobediência
também. Até que, um dia, o pai a agrediu fisicamente, com castigos
severos. Bárbara resolveu fugir de suas mãos e escondeu-se numa gruta.
Foi encontrada por dois pastores e
entregue ao pai, que a maltratou, novamente, de maneira terrível. Estava
apenas começando o seu sofrimento e martírio. Nada conseguindo, o pai a
entregou ao governador romano Marciano.
Impressionado com a beleza da jovem, o
governante, a princípio, evitou maltratá-la. Tentou a tática da
conquista, não somente para sua religião como também para si. Nada
conseguiu e a jovem começou a ser flagelada sadicamente, várias horas
seguidas, durante dias inteiros. Conta-se que jamais se ouviu uma queixa
ou lamento.
Segundo a tradição, Bárbara era
confortada e tratada à noite por um anjo, de tal modo que no dia
seguinte se apresentava a Marciano como se nada lhe tivesse acontecido
durante o dia anterior. Tanto foi seu sofrimento que uma outra jovem
cristã se ofereceu para tomar o seu lugar. Tinha vinte anos de idade e
seu nome era Emiliana. Não conseguiu substituí-la, sendo depois morta no
mesmo dia que ela.
Nessa ocasião, foi seu próprio pai que
lhe serviu de carrasco. O golpe da espada paterna fez rolar sua cabeça e
nesse instante foi fulminado por um raio que caiu sobre ele. Tudo isso
transcorreu no século III.
Por isso, até hoje, santa Bárbara é
invocada a proteger seus devotos durante as grandes tempestades de raios
e trovões. A cristandade do mundo todo a homenageia com a escolha do
nome no batismo, também emprestado para várias cidades que a têm como
padroeira. A sua tradicional festa acontece no dia 4 de dezembro.
Santa Bárbara, rogai por nós!
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