5 de dezembro
Os bárbaros godos são conhecidos, na
história, por suas guerras de conquista contra terras e nações cristãs.
Pagãos, perseguiram e executaram milhares de católicos, mas não puderam
impedir a conversão de várias famílias. Foi numa dessas que nasceu
Sabas, no ano 439.
Nascido na Capadócia, Sabas teve uma
infância difícil. A disputa dos parentes por sua herança o levou a
procurar ajuda num mosteiro, onde foi acolhido apesar de ser ainda uma
criança. Apesar de pouca instrução, tornou-se um sábio na doutrina
cristã.
Desde então, transcorreu sua longa vida
entre os mosteiros da Palestina. Experimentou a vida monástica
cenobítica, ou seja, comunitária; depois passou para o mosteiro dos
anacoretas, onde os monges se nutrem na solidão, preferindo esta última.
Dividiu tudo o que herdou entre os cristãos pobres e doentes. Trabalhou
na conversão de seus conterrâneos e ajudando os cristãos perseguidos em
sua pátria. Era, antes de tudo, um caridoso e valente.
Naquela época, havia o decreto de que
cristãos, para serem poupados, deveriam comer a carne dos animais mortos
aos deuses pagãos. Muitos se utilizavam da estratégia de enganar os
guardas, dando de comer aos familiares carnes comuns, e não as desses
sacrifícios, salvando os familiares do martírio. Mas Sabas se recusava a
mentir, chegando a protestar em público contra tal prática.
Quando as perseguições se acentuaram,
Sabas já gozava de muito prestígio, pois tinha fundado uma grande
comunidade de monges anacoretas no vale de Cedron, na Palestina, chamada
de “grande Laura”. Ela começou naturalmente, com os eremitas ocupando
as cavernas ao redor daquela em que vivia, isolado com os animais, e
construíram um oratório. Foi assim que surgiu o que seria no futuro o
Mosteiro de São Sabas.
A fama dos prodígios que alcançava
através das orações e também a grande sabedoria sobre a doutrina de
Cristo, que tão bem defendia, fizeram essa comunidade crescer muito.A
ele se atribui o fim de uma longa e calamitosa seca. Ocupava uma posição
de liderança importante dentro da sociedade e do clero. A eloqüência da
sua pregação do Evangelho atraía cada vez mais os pagãos à conversão.
Sabas, então, já incomodava o poder pagão como autoridade cristã.
Interferiu junto ao imperador, em
Constantinopla, a favor dos mais pobres, contra os impostos. Organizou e
liderou um verdadeiro e próprio exercito de monges anacoretas para dar
apoio ao papa contra a heresia monofisista que agitou a Igreja do
Oriente.
Morreu em 5 de dezembro de 532, na
Palestina, aos noventa e três anos de idade. São Sabas está presente na
relação dos grandes sacerdotes fundadores do monaquismo da Palestina. A
festa em sua honra ocorre no dia de sua morte.
São Sabas, rogai por nós!
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