[apologistascatolicos]
- 31 Dezembro 2011
Para uma melhor compreensão de que
estamos querendo demonstrar, estão enumerados ordenadamente os temas
mais polêmicos que são muito utilizados por seus pregadores.
1 – O Famoso Tema : “Jesus não morreu em uma cruz e sim em um madeiro”
- Nas páginas 204 e 205 do livro “O que realmente ensina a bíblia?”, a seita afirma o seguinte:
“Primeiramente, temos que levar em
conta um fator fundamental: Jesus Cristo não morreu em uma Cruz. A
Palavra Grega que se traduz “cruz” é staurus, que
significa basicamente “poste ou estaca”. Além do que este termo grego
“nunca significou dois pedaços de madeira transversais em qualquer
ângulo [...]. No grego do [novo testamento] não há nada que se der a
entender dois pedaços de madeira”... É a palavra grega Xýlon, a qual
significa simplesmente “madeiro” e “pedaço de pau ou poste, ou árvore”
(Atos 5, 30; 10, 39; 13, 29; Gálatas 3, 13; 1 Pedro 2, 24)... Não há
evidencias que as pessoas que afirmavam ser Cristãos, nos primeiros 300
anos após a crucificação de Cristo, utilizavam a cruz no culto. No
entanto, no século IV, o imperador Constantino se converteu do paganismo
a uma forma de cristianismo apóstata. A partir deste momento promoveu a
cruz como símbolo de sua religião... a cruz não tem nada haver com
Jesus Cristo. ”
Os membros da Torre de Vigia, quando se
deparam com algum cristão, citam os vários textos bíblicos que relatam
literalmente a palavra madeiro. Entre estes estão: Atos 5, 30; 10, 39;
13, 29; Gálatas 3, 13; e 1 Pedro 2, 24. Nas ditas passagens, é verdade
que a palavra se traduz por “madeiro”, mas os escritos não querem
relatar a forma do objeto e sim o material no qual Jesus foi
crucificado. Vamos agora passo a passo desarticulando esta estapafúrdia
idéia.
Jesus foi pregado com dois pregos na mão
ou um só? Eles afirmam que há somente um prego em ambos os pulsos no
momento da Crucificação. Contradizendo isto a bíblia aponta que foram
dois pregos, um em cada mão. Isto confirma se confirma de forma mais
clara em João 20, 25 quando São Tomé fala em colocar os dedos nas mãos
de Jesus e fala a respeito de dois pregos, um em cada mão. As Palavras
gregas utilizadas neste texto são Tain Xepov que significam “suas mãos” e Ton Elon que significam “os pregos”, e no “Tou elou” que significa “o prego”. É impossível haver uma crucificação com dois pregos nos pulsos e também não teria sentido algum.
Se olharmos atentamente para a imagem de
baixo, vemos dois pregos sustentando cada uma das mãos separadamente.
Isto é o que é relatado em João 20, 25 ao se referir a “os pregos” nas
“mãos”, um em cada, e não “um prego” em ambas as mãos. Estas imagens
explicam bem as palavras gregas utilizada por São João, referente ao
relato chamado “dúvida de São Tomé”. Além do que Mateus 27, 37 enfatiza
que acima da cabeça de Jesus se encontrava um letreiro com a inscrição
“o rei dos judeus” e não sobre suas mãos (veja a imagem acima).
Cristo morreu em uma cruz (intercessão de duas varas). A Palavra em latim é crux. Esta foi empregada pelos romanos para indicar a crucificação e não a execução em um poste vertical.
Em grego staurós significa literalmente “barra transversal” e por sua vez também é traduzida como cruz, como no inglês que a palavra “like” significa “gostar” e “como” no sentido de comparação. Staurós
é utilizada no contexto igualmente a palavra inglesa “like” para
designar coisas diferentes, em ambos os casos, é a mesma palavra com
traduções diferentes. Em latim estaca ou poste se diz palus ou adminiculum,
equanto que os romanos ao se referirem ao “poste de tormento” utilizam,
como descrito nos registros dos julgamento com sentença de morte, os
termos de “Ad Palum, Alligare ou In Palum Figere”. Para eles crux
é simplesmente uma cruz comum e simples e não um poste. Portanto,
embora os romanos empalassem alguns, outros também eram crucificados em
uma cruz. Pena que também aplicaram a Cristo.
A cruz romana era uma estrutura formada por duas peças: um poste chamado Stipites e uma barra transversal chamada Patibulum. Os pés do executado eram pregados no poste e os braços na barra transversal.
Assim se forma uma cruz.
Poste (Stipites) (patibulum) União de duas partes: uma Cruz
A histórica tradição romana de humilhar alguém que iria ser crucificado tinha direta relação com o patibulum, o elemento de madeira, carregado pela mesma pessoa que ia ser executava até chegar ao lugar onde se encontrava o Stipites.
Se cristo carregou a cruz, há duas opções: carregou somente, a barra
transversal e foi pregado ali, até chegar onde estava o poste para
posteriormente ser levantado com o fim de unir as peças e formar uma
cruz, ou carregou a cruz completa sem divisão de partes: barra
transversal e poste, já unidos.
Se Jesus carregou algo, são as peças separadas ou juntas, e definitivamente foi crucificado em uma cruz e não em um poste. Essa é a evidencia fundamental que nos aponta a Bíblia para dar-nos a conhecer o modo da execução mediante a crucificação.
Finalmente, vale frisar que Santo André Apóstolo foi crucificado na Grécia em uma cruz em forma de “X”. Esta era um staurós (poste)
em forma de X, confirmando, uma cruz. Jesus e Santo André foram
pregados em cruzes de diferentes formas e não em postes como afirma a
seita. Também há médicos estudiosos que enfatizam que se Jesus fosse
“pendurado” como dizem os Testemunhas de Jeová, não poderia ter durado
tanto tempo pregado e agonizando como afirma a bíblia. Teria tido uma
asfixia de imediato, coisa que não acorreu.
A palavra “madeiro” aparece 4 vezes na
bíblia em comparação a cruz que aparece mais de 20 vezes. No ano de
1937, os testemunhas de Jeová determinaram que Cristo morreu em um poste
e não em uma cruz, distorcendo as formas gramaticais gregas para
justificar suas teses. Lamentavelmente, a seita caiu serias
contradições, por que eles mesmos usaram a cruz durante muito tempo. O
atual argumento do poste é apenas para se considerarem exclusivos e
contrariarem a Igreja Católica.
A doutrina inconsistência das Testemunhas de Jeová.
As testemunhas de Jeová estão
contradizendo seu próprio fundador, condenando a cruz, considerando ela
um símbolo pagão e relacionando-a com forças diabólicas.
No livro das Testemunhas de Jeová
chamado “O Plano divino das eras”, se utilizou a cruz. Também a cruz se
encontrava presente na capa de suas bíblias até 1930.
Constantino foi quem impôs a cruz no
século IV? Isto é mentira. Séculos antes do nascimento deste imperador, a
igreja primitiva utilizou a cruz e seu sinal nas bênçãos.
Vamos as seguintes fontes históricas:
1 – São João Apóstolo antes de sua morte
fez uma cruz sobre sua cabeça com a mão. São João morreu naturalmente
na cidade de Éfeso, no terceiro ano do reinado de Trajano, por volta do
ano cem da era cristã, quando tinha a idade de noventa e quatro anos, de
acordo com São Epifanio.
2- Tertuliano por volta do ano 200
afirmou, mais de 100 anos antes de Constantino chegar ao trono imperial,
a importância da cruz na vida dos cristão.
3- Nas cartas de Santo Afri é relatado
que por volta do ano 300 um pagão se dirigiu a São Narciso de Gerona e a
seu diácono São Félix, mártires executados durante a perseguição do
imperador Diocleciano: “Sei que são Cristãos e que com freqüência fazem o
sinal da Cruz em sua fronte”.
Diocleciano foi um imperador que
governou o império romano anos antes de Constantino, na época já se
encontrávamos a presença do sinal da cruz. Diante dessas evidências
históricas, a Watchtower e seus membros apenas negam, exatamente como
aqueles negam eventos como o Holocausto, o genocídio nazista da Ucrânia e
a existência de presos desaparecidos.
2- As falsas conclusões a respeito dos final dos tempos e a posterior negação.
-Nas páginas 73 à 85 do Livro “O que a
bíblia realmente ensina?” A seita afirma duas coisas. Em primeiro lugar,
enfatiza que há duas ressurreições: uma celestial e outra na terrena,
e, em segundo lugar, que no ano de 1914 Jesus foi coroado e passou
governar de forma invisível do céu.
Ponto um: Não há duas
ressurreições, é somente uma. A ressurreição do último dia se dará para
todos igualmente, sejam salvos ou condenados (Jo 5, 28-29; Daniel 12,
2).
Para os católicos há uma
primeira ressurreição que é o batismo (Rm 6, 1-11; Ap 20, 5) onde “somo
sepultamos e morremos” da nossa vida de pecados e entramos na Graça da
Santa Igreja. Na epistola de Barnabé, escrita pelo ano de 70, se
utiliza batismo como sepultamento e ressurreição. A seita interpreta
esta primeira ressurreição como se fosse o ultimo dia, mas São Paulo em
Romanos diz exatamente o contrário.
Ponto dois: De onde tiraram que Jesus governa invisivelmente desde 1914? Isto
vem de um Batista chamado Willian Miller que realizou alguns cálculos
falhos sobre o dia que ocorreria a Segunda Vinda de Cristo ao mundo.
Como não aconteceu nada do previsto, Miller se arrependeu e morreu como
batista. Mas foram as Testemunhas de Jeová que retomaram seus
postulados, para adaptar-los a fim de validar suas opiniões teológicas
sobre o assunto. Cabe frisar que a Bíblia jamais fala do ano 1914,
literalmente, como se aproveitam as seitas quando lhes é conveniente,
mas diz que “Toda a autoridade foi me dada no céu e na terra” (Mt 28,
18) e também disse que o Reino de Deus já está entre nós (Lc 17, 20-21) e
não que Jesus haveria de esperar até 1914.
O que pensavam as Testemunhas de Jeová
em 1914? Observaram num determinado momento iria acontecer o Fim dos
Tempos. Como o predito Fim nunca chegou mudaram suas interpretações.
Como sabemos que eles contradisseram estas coisas? Vejamos o que a Torre
de Vigia firmou em suas propagandas:
A Torre de vigia, 1 de março de 1923, Página 67. “Em 1874 foi começado o reinado do Senhor.”
A Torre de vigia, 1 de Janeiro de 1924. “Jesus está reinando desde 1874.” (Depois afirmaram que isto ocorreu em 1914).
1914: Charles T. Russel, Fundador da
Seita, disse que em 1914 o mundo ia acabar. Neste ano começou a 1ª
Guerra Mundial e do mundo não acabou.
No Livro “O tempo está próximo” de 1908, nas páginas 76 e 78, Russel, líder da seita, afirma: “neste
capítulo se apresentam as provas bíblicas demonstrando que é chegada a
plenitude dos gentios, ou seja, o final completo do domínio e ocupação,
no ano de 1914;” e que “nesta data ocorrerá a desintegração do
governo dos homens imperfeitos... isto é demonstrado nas escrituras...
Jesus estabelecerá sobre as ruínas o seu reino terrestre.” Chegou a data tão esperada e absolutamente nada aconteceu.
No Livro “Milhões Que Agora Vivem Jamais
Morrerão” Página 97. José Rutheford, segundo líder da seita depois da
mostre de Russel, afirma: Moisés, Abraão e outros profetas iam ressuscitar e que o fim do mundo iria chegar em 1925. Chegou este ano e nada da dita ressurreição acontecer.
No Livro “Vida eterna na liberdade dos filhos de Deus” (1966), páginas 29 e 30 disse: “Os 6 mil anos da criação do homem terminará em 1975”. Chegou a data e nada absolutamente aconteceu.
O que fazem as Testemunhas de
Jeová quando alguém lhes mostra estas coisas? Eles negam. Felizmente,
todos estes arquivos estão disponíveis nas bibliotecas nacionais nos
respectivos países, onde existem copias do original. Lá estão as provas.
Em Mateus 24, 36 Cristo afirma que ninguém sabe o dia e a hora do Fim.
3- Sobre a Transfusão de Sangue.
-Nas páginas 129 à 133 do Livro “O que
realmente ensina a bíblia?”, a seita disse que não é permitido fazer
transfusão de sangue e citam Genesis 1, 29; 9, 3; Lv 17, 13-14; At 15,
28, entre outros. O erro está em que os Testemunhas de Jeová confundem,
da mesma forma que outras seitas protestantes, que a obra da salvação
está dividida em duas Alianças: A Antiga Aliança, realizada com o povo
de Deus que são os Judeus, e a Nova Aliança Eterna, que corresponde ao
novo povo de Deus encarnado através da Igreja.
A seita toma citações de coisas
estabelecidas sobre a Antiga Aliança, como o tema do sangue de animais e
outros. Por que não se circundam se está na bíblia em Gn 17, 1-14? Está
na Bíblia! Como eles diriam quando querem justificar suas doutrinas
erradas.
Na página 132, do livro mostrado, se afirma que a “a Lei mosaica mostrou com claridade qual é o único uso apropriado do sangue” A
lei mosaica não se aplica aos cristãos, mas sim a lei de Cristo (Jo 15,
12-14). Além de tudo, São Paulo afirma constantemente que as “obras da
lei judaica” já não servem de nada (Gl 2, 16). As obras em Cristo são
válidas para os Cristãos, mas não as obras da lei. Estas foram a “sombra
do que havia de vir” (Cl 2, 16-17). Os Cristão não tem que obedecer a
lei mosaica, mas sim a lei de Cristo.
O que pensaram os Testemunhas de Jeová sobre as transfusões de sangue em seu passado o qual a seita oculta?
Foi em 1952 que o ex-presidente
das Testemunhas de Jeová, Natham H. Knorr, decretou que as transfusões
de sangue não eram corretas. O Fundador da seita não acreditava nesta
doutrina por que morreu décadas antes. O que está acontecendo com a
seita? Eis a questão.
4- Quando as Testemunhas de Jeová celebravam o Natal.
- As Testemunhas de Jeová afirmam que
não se deve celebrar a festa de Natal, cuja a origem seria pagã e
diabólica. O que acontecia com a seita alguns anos atrás? Celebrava o
Natal.
Charles T. Russel, o fundador da seita,
celebrou o Natal com os Testemunhas de Jeová. Aqui apresentamos o
convite de 1916 no qual as Testemunhas de Jeová desejam um feliz Natal.
(Note que a assinatura vem do criador da seita).
Sentinela de 15 de fevereiro de 1919, Número 23, paginas 63 e 93.
"Nosso irmãos... lhes desejamos um feliz Natal... e muitos presentes."
Foto das Testemunhas de Jeová celebrando o Natal em 1926.
Na Torre de Vigia, 1 de Dezembro de
1904, página 364, a seita declarou que o Natal era um grande evento para
os cristãos e que era necessário considerar esta festa como o
aniversário de Jesus. Depois, como temos visto de forma constante neste
escrito, mudaram sua doutrina dizendo na Watchtower, 15 de dezembro de
1983. Página, que o Natal é um “horror” e que está celebração provém do
próprio Satanás. Por isso hoje a seita não celebra o Natal.
O criador da seita celebrou o Natal e quarenta anos depois o contradizem? Falsos irmãos profetas.
Neste trabalho apresentamos as
principais contradições doutrinárias que as Testemunhas de Jeová
possuem. Temas como o Natal ou que "Jesus não morreu na cruz" não faziam
parte de suas abordagens por anos. Basta olhar para a evidência
histórica para perceber que são um grupo vivem em contradições, cujas
doutrinas são parte de uma dinâmica "causa-erro-negação". A única coisa
lamentável é que quando alguém levanta esses presentes argumentos, eles
simplesmente negam seu passado sendo que as fontes históricas estão ali,
deixando de lado o estudo, o debate e a honestidade intelectual.
Pergunto, Napoleão cruzou os Alpes ou não? E só vê os escritos da época para descobrir.
Nota
Morasso, Andrés. Apologética Católica: ¿Sabías que los Testigos de Jehová celebraban la Navidad? La secta antes de la década de 1970. Disponível em:< http://apologeticacatolica.org/Protestantismo/Sectas/Sectas41.html >, desde 21/05/2011; Tradução: Rafael Rodrigues De Carvalho Severo
Pra Citar:
Morasso, Andrés. Apologistas Católicos: As doutrina mutantes das Testemunhas de Jeová. Disponível em: < http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/protestantismo/495-as-doutrinas-mutantes-das-testemunhas-de-jeova >, desde 31/12/2011; Tradução: Rafael rodrigues de Carvalho Severo.
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