22/01/2012
IHU - A reforma da saúde prevê, até mesmo para os funcionários das
entidades católicas, incumbências que incluem serviços abortivos. Dos
prelados, levanta-se o apelo: "Católicos, reajam".
A reportagem é do sítio Vatican Insider, 21-01-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A reportagem é do sítio Vatican Insider, 21-01-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Os
seguros-saúde também devem incluir nas suas coberturas os sistemas
contraceptivos para as mulheres. É o que reitera o governo Obama, rejeitando assim a objeção da Igreja Católica para as coberturas oferecidas aos funcionários dos hospitais católicos, dos faculdades e das organizações de beneficência.
O governo – informa o New York Times –
concederá um ano de prazo, que irá expirar no dia 1 de agosto de 2013,
para as organizações filiadas à Igreja para entrar na regra, enquanto,
para os outros atores, a recomendação se tornará obrigatória a partir do
próximo mês de agosto. Anunciando os detalhes da decisão final, a
secretária de Saúde e Serviços Humanos do governo, Kathleen Sebelius, disse que ela "equilibra corretamente a liberdade religiosa e um maior acesso a importantes serviços de prevenção".
E a resposta dos bispos dos EUA não demorou muito tempo. "Desconsiderada". É esse o adjetivo usado pelos bispos para a decisão de Kathleen Sebelius, com a qual foi confirmada a vontade de prever apenas algumas poucas exceções, consideradas insuficientes, com relação ao Patient Protection and Affordable Care Act. Essa lei de reforma do sistema de saúde aprovada pelo governo Obama – informa o L'Osservatore Romano –
prevê que os planos de saúde para os funcionários de qualquer
organização prestem serviços mínimos obrigatórios, entre os quais estão
incluídos também os serviços abortivos.
O dicastério
norte-americano para a Saúde e os Serviços Humanos emitiu uma diretriz
com linhas-guia agora confirmadas, em consequência das quais só em um
número restrito de casos uma organização, mesmo que de gestão religiosa,
pode ser isenta do pagamento de tais serviços de saúde aos seus
próprios funcionários. Os programas de seguro escondem a possibilidade
de um acesso mais fácil às práticas abortivas. Esses "serviços" preveem,
na verdade, cirurgias para a esterilização, prescrição de todos os
contraceptivos das listas da Food and Drug Administration, incluindo remédios que provocam o aborto durante as primeiras semanas de gravidez.
Da Conferência dos Bispos dos EUA (USCCB) vem,
no entanto, uma clara crítica à decisão. E também vem um apelo
publicado em seu site, no qual o presidente – em uma mensagem – convida a
comunidade católica e os cidadãos a tornar público o seu desacordo.
"O
presidente está nos dizendo que temos um ano para encontrar uma forma
para violar as nossas consciências", afirma o arcebispo de Nova York e presidente do episcopado dos Estados Unidos, Timothy Dolan.
"Obrigar os cidadãos norte-americanos – destaca o futuro cardeal – a
escolher entre violar suas consciências ou renunciar ao serviço de saúde
é literalmente imoral".
Trata-se, diz o arcebispo Dolan, de "um ataque tanto contra o acesso aos serviços de saúde, quanto à liberdade religiosa". O governo, adverte o prelado de Nova York, "não deveria obrigar os norte-americanos a agir como se uma gravidez fosse uma doença a ser evitada a todo custo".
O
futuro cardeal, portanto, sublinhou que é necessário informar os
líderes eleitos no Congresso que é urgente "que sejam restauradas a
liberdade religiosa e a liberdade de consciência", e que, portanto, esse
procedimento do governo de Washington seja rejeitado.
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