terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Bispos dos EUA lamentam o plano nacional de assistência à saúde

Administração Obama quer incluir esterilização e técnicas de aborto
ROMA, terça-feira, 24 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) - O presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Dom Timothy Dolan, afirmou, em referência às medidas tomadas na última sexta-feira pelo presidente Barack Obama: "Temos um ano para descobrir como violar as nossas consciências".
O presidente da conferêncida dos bispos norte-americanos definiu com essa frase a decisão do governo de incluir o aborto e a esterilização no plano federal de saúde. "O presidente está nos dizendo que temos um ano para descobrir como violar as nossas consciências", disse o arcebispo.
Cardeal designado, Dolan acrescentou que "forçar os cidadãos americanos a escolher entre a violação da sua consciência e a perda do serviço de saúde é algo literalmente excessivo. É um ataque contra o acesso aos serviços de saúde, mais até do que contra a liberdade religiosa. Historicamente, representa um desafio e uma diminuição da nossa liberdade de religião".
O serviço de saúde prevê que a esterilização e a contracepção, com algumas técnicas de aborto, sejam incluídos na cobertura dos "serviços preventivos" em quase todos os planos de saúde disponíveis para os cidadãos americanos.
"O governo não pode forçar os americanos a agir como se a gravidez fosse uma doença a ser evitada a todo custo", disse Dolan.
Os bispos e outros líderes religiosos do país declararam que está em jogo a sobrevivência da liberdade que garante o respeito à consciência dos católicos e de todos os americanos. "Isto é um ataque direto à religião e aos direitos da Primeira Emenda", disse a freira franciscana Jane Marie Klein, presidente do conselho da Franciscan Alliance Inc., um sistema de treze hospitais católicos. "Eu tenho centenas de funcionários que ficarão confusos com este plano. Não posso aceitar isso".
A Irmã Carol Keehan, das Filhas da Caridade, presidente da Associação Católica de Saúde dos Estados Unidos, também manifestou o seu desapontamento com a decisão presidencial. "Foi uma oportunidade perdida para promovermos a adequada proteção à liberdade de consciência", disse freira.
O cardeal designado Dolan pediu a derrubada do plano. Os hospitais católicos do país atendem um sexto de todos os pacientes hospitalizados nos Estados Unidos. "A administração Obama traçou uma linha na areia sem precedentes", disse o prelado. "Os bispos católicos se comprometeram a colaborar com os seus compatriotas norte-americanos para reformar a lei e mudar essa norma injusta. Vamos continuar estudando todas as implicações desta decisão preocupante".

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