[bibliacatolica]
11 janeiro 2012
O professor Miñarro disse à
BBC Brasil que, embora tenha privilegiado a “exatidão matemática”,
“essa imagem só pode ser compreendida com olhos de quem tem fé”.
“A
princípio, ela pode chocar pelo realismo, mas ela reproduz com
fidelidade a cena do Calvário”, completou. Miñarro levou mais de dois
anos para concluir sua obra.
O escultor não trabalhou só. Ele
presidiu o trabalho de um grupo de cientistas que levaram adiante uma
investigação multidisciplinar do Sudário de Turim.
O
crucificado é o único “sindônico” no mundo, pois reflete até nos mais
mínimos detalhes os múltiplos traumatismos do corpo estampado no Santo
Sudário.
A imagem representa um corpo de 1,80 metros de altura, de
acordo com os estudos no Sudário feitos pelas Universidades de Bolonha e
Pavia. Os braços e a Cruz formam um ângulo de 65 graus.
A Coroa de Espinhos tinha forma de casco, cobrindo toda a cabeça, e foi feita com jujuba “ziziphus jujuba”, uma espécie de espinheiro cujas agulhas não se dobram.
A pele apresenta exatamente o aspecto de uma pessoa morta há uma hora. O ventre aparece inchado por causa da crucifixão.
O braço direito aparece desconjuntado pelo fato do crucificado se apoiar nele à procura de ar durante a asfixia sofrida na Cruz.
O polegar das mãos está virado para dentro, reação do nervo quando um objeto atravessa a munheca.
A
escultura reflete também a presença de dois tipos de sangue: o vertido
antes da morte e o derramado post mortem. Também aparece o plasma da
ferida do costado, de que fala o Evangelho.
A elaboração destes
pormenores foi supervisionada por hematologistas. A pele dos joelhos
está aberta pelas quedas e pelas torturas.
Há grãos de terra incrustados na carne que foram trazidos de Jerusalém.
As
feridas são típicas das produzidas pelos látegos romanos, que incluíam
bolas de metal com pontas recurvadas para rasgar a carne.
Não há
zonas vitais do corpo atingidas pelos látegos porque os verdugos
poupavam essas partes para que o réu não morresse na tortura.
A maçã do rosto do lado direito está inchada e avermelhada pela ruptura do osso malar.
A língua e os dedos do pé apresentam um tom azulado, característicos da parada cardíaca.
Por
fim, embaixo da frase em hebraico “Jesus Nazareno, rei dos judeus”, a
tradução em grego e em latim está escrita da direita para a esquerda,
erro habitual naquela época e naquela região.
A escultura esteve
exposta na igreja de São Pedro de Alcântara, Córdoba, Espanha, e saiu em
procissão pelas ruas da cidade durante a Semana Santa.
Com os
mesmos critérios e técnicas, Miñarro está criando outras imagens que
representam a Nosso Senhor em diferentes momentos de sua dolorosa
Paixão.
Isaías 53
“Ele
era desprezado, o último dos homens, um homem de dores; experimentado
nos sofrimentos; o seu rosto estava encoberto; era desprezado, e por
isso nenhum caso fizeram dele.
“Verdadeiramente ele foi o
que tomou sobre si as nossas fraquezas, e ele mesmo carregou com as
nossas dores; nós o reputamos como um leproso, como um homem ferido por
Deus e humilhado.
“Mas foi ferido por causa das nossas
iniqüidades, foi despedaçado por causa dos nossos crimes; o castigo que
nos devia trazer a paz, caiu sobre ele, e nós fomos sarados com as suas
pisaduras.” (Isaías 53, 2-5).
Fonte: Ciência Confirma a Igreja
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