14 de fevereiro
Constantino nasceu em 826 na
Tessalonica, atualmente Salonico,Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz
grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho,
que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a
vida religiosa.
Cirilo tinha catorze anos quando o pai
faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu
irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em
Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para
aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia.
De
inteligência brilhante, se formou em tudo.
Rejeitando um casamento vantajoso,
ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou
bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o
diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro,
em Bosforo. Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar
filosofia. Em seguida, convocado como diplomata para a polemica questão
sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca João VII, o Gramático.
Depois foi resolver outra questão delicada junto aos árabes sarracenos
que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso em ambas.
Seu irmão mais velho, que era o prefeito
de Constantinopla, abandonou tudo para se dedicar à vida religiosa. Em
861, Cirilo foi se juntar a ele, numa missão evangelizadora, a pedido do
imperador Miguel III, para atender o rei da Morávia. Este rei precisava
de missionários que conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo
aprendesse corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson
aprender hebraico e samaritano.
Nesta ocasião, Cirilo encontrou um corpo
boiando, que reconheceu ser o papa Clemente I, que tinha sido exilado
de Roma e atirado ao mar. Conservaram as relíquias numa urna, que depois
da missão foi entregue em Roma. Assim, Cirilo continuou estudando o
idioma e criou um alfabeto, chamado “cirílico”, hoje conhecido por
“russo”. Traduziu a Bíblia, os Livros Sagrados e os missais, para esse
dialeto. Alfabetizou a equipe dos padres missionários, que começou a
evangelizar, alfabetizar e celebrar as missas em eslavo.
Isto gerou uma grande divergência no
meio eclesiástico, pois os ritos eram realizados em grego ou latim,
apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que foi combatido pelo então
patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os dois foram chamados por
Roma, onde o papa Adriano II, solenemente recebeu as relíquias de São
Clemente, que eles transportavam. Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice,
que aprovava a evangelização e tiveram os Livros traduzidos abençoados.
Mas, Cirilo que estava doente, piorou.
Pressentido sua morte, tomou o hábito definitivo de monge e o nome de
Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu em Roma no dia 14 de fevereiro de
868. A celebração fúnebre foi rezada na língua eslava, pelo papa
Adriano II, sendo sepultado com grande solenidade na igreja de São
Clemente. Cirilo e Metódio foram declarados pela Igreja como “apóstolos
dos eslavos”. O papa João Paulo II, em 1980, os proclamou junto com São
Bento de “Patronos da Europa”.
Santo Cirilo, rogai por nós!
Nenhum comentário:
Postar um comentário