5 março 2012
Autores: Michael Brendan Dougherty e Pascal-Emmanuel Gobry / Trad.: Bruno Moreno
Fontes: http://www.businessinsider.com / http://conoze.com
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fontes: http://www.businessinsider.com / http://conoze.com
Tradução: Carlos Martins Nabeto
bibliacatolica - Diante
das tentativas do presidente Obama de obrigar as instituições da Igreja
a pagar esterilizações, anticonceptivos e abortos para os seus
empregados, correm rios de tinta nos Estados Unidos. Graças a Deus, os
bispos e praticamente toda a Igreja nos Estados Unidos estão, unidos,
enfrentando esta imposição inaceitável do governo.
Trago hoje um
artigo que me pareceu espetacular. Considerando que se trata de uma
publicação econômica, o Business Insider, o título do artigo é realmente
provocativo: “É hora de reconhecer: a Igreja sempre teve razão sobre o controle da natalidade”.
Não deixem de ler porque vale a pena. É bom, breve e sem rodeios.
Quisera eu tê-lo escrito; porém, pelo menos o traduzi para que os meus
leitores dele desfrutem.
* * *
“Pintar a Igreja Católica
como ‘distante do mundo atual’ é a coisa mais fácil do mundo com tantos
chapéus cheios e igrejas douradas. E [para criticá-la] nada mais fácil
que sua posição contra os anticonceptivos.
Muita gente –
inclusive o nosso editor – se pergunta por que a Igreja Católica
simplesmente não abandona esta regra. Apontam que a maioria dos
católicos a ignoram e que quase todos os não católicos consideram que
cria divisão ou está ultrapassada. ‘Acordem! Estamos no século XXI!’ –
dizem; ‘Não percebem que é algo absurdo?’ – bradam.
Mas há algo
que merece ser considerado: a Igreja Católica é a maior organização do
mundo e a mais antiga. Sepultou todos os grandes impérios conhecidos
pelo homem, do romano ao soviético. Conta com estabelecimentos em todo o
mundo, literalmente, e está presente em todos os âmbitos da atividade
humana. Deu-nos alguns dos maiores pensadores do mundo, de Santo
Agostinho a René Girard. Quando faz algo, geralmente possui uma boa razão para fazê-lo.
Todos têm o direito de discordar [dela], porém não se trata de um monte
de homens brancos, velhos e loucos que ficaram amarrados à Idade Média.
Então, o que está ocorrendo?
A Igreja ensina que o amor, o matrimônio, o sexo e a procriação são coisas que caminham juntas. Isso
é tudo. Porém, é muito importante. E ainda que a Igreja ensine isso há
2.000 anos, provavelmente nunca foi tão significativo como hoje em dia.
As
regras contra o controle da natalidade foram reafirmadas em um
documento de 1965 assinado pelo Papa Paulo VI, chamado ‘Humanae Vitae’. O Papa advertia que, se fosse aceito o uso generalizado de anticonceptivos, se produziriam quatro efeitos:
- Redução geral dos padrões morais;
- Um aumento da infidelidade e da ilegitimidade;
- Redução das mulheres a objetos empregados para satisfazer os homens;
- Coerção, por parte dos Governos, em assuntos reprodutivos.
Soa familiar?
Porque realmente se parece muito com o que está ocorrendo nos últimos 40 anos.
Porque realmente se parece muito com o que está ocorrendo nos últimos 40 anos.
Como
escreveu George Akerloff em ‘Slate’ há uma década: ‘Ao converter o
nascimento do filho em uma escolha física da mãe, a revolução sexual
converteu o matrimônio e o sustento das crianças em uma escolha social
do pai’.
Ao invés de dois pais responsáveis pelos filhos que concebem, uma expectativa defendida pelas normas sociais e pela lei faz com que agora nenhum dos pais seja necessariamente responsável por seus filhos.
Considera-se que os homens cumprem as suas obrigações simplesmente
pagando, mediante ordem judicial, a pensão alimentícia aos filhos.
Trata-se de uma redução bastante drástica dos padrões da ‘paternidade’.
E
que tal avançarmos no restante, desde que o ocorreu a revolução sexual?
O matrimônio de Kim Kardashian durou 72 dias. Os filhos ilegítimos:
estão aumentando. Em 1960, 5,3% de todos as crianças nascidas nos
Estados Unidos eram filhas de mulheres solteiras; em 2010, a cifra subiu
para 40,8%. Em 1960, as famílias baseadas em um matrimônio formavam
quase 3/4 de todos os lugares; mas, segundo o censo de 2010, representam
agora cerca de 48%. A coabitação fora do matrimônio multiplicou-se por 10 desde 1960.
E se você não acredita que as mulheres estão sendo reduzidas a objetos para satisfazer os homens,
seja bem-vindo à Internet! Há quanto tempo você conhece a Rede? E no
tocante à coerção do Governo: basta olhar para a China (ou para os
Estados Unidos, onde o Governo estabeleceu uma lei sobre cobertura
obrigatória da anticoncepção, que é o motivo pelo qual estamos agora
falando disto).
Mas tudo isso se deve à Pílula? Obviamente que
não. Porém, a ideia de que uma disponibilidade geral da anticoncepção
não deu lugar a uma mudança social dramática ou que
esta mudança foi exclusivamente para o bem é uma noção muito mais
absurda do que qualquer coisa ensinada pela Igreja Católica.
Também é absurda a ideia de que é obviamente estúpido receber indicações morais de um fé venerável – E vai recebê-las de quem? De Britney Spears?
Passemos
agora para um outro aspecto deste tema. A razão pela qual o nosso
editor pensa que os católicos não deveriam ser frutíferos e
multiplicarem-se tampouco se sustenta. A população do mundo – escreve
ele – está em um caminho ‘insustentável’ de crescimento.
O
Escritório de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais
das Nações Unidas considera que a taxa de crescimento da população
diminuirá nas próximas décadas e se estabilizará por volta dos 9 bilhões
em 2050… e ficará assim até 2300 (e observemos que as Nações Unidas,
que promovem o controle da natalidade e os abortos em todo o mundo, não
são precisamente partidárias do ‘crescei e multiplicai-vos’).
Em termos mais gerais, a visão malthusiana do crescimento tem persistido, apesar de ter sido provado várias vezes que estava equivocada e
que teria causado desnecessariamente uma grande quantidade de
sofrimentos humanos. Por exemplo: a China caminha para uma crise
demográfica e até para a deslocação social em razão de sua equivocada
política do filho único.
O progresso humano são as pessoas. Tudo
o que torna a vida melhor, da democracia à economia, passando pela
Internet e a penicilina, foi descoberto ou criado por alguém. Mais
pessoas significa mais progresso. O inventor da cura para o câncer
poderia ser o quarto filho que alguém decidiu não ter.
Finalmente, para resumir:
- É uma boa ideia que as pessoas deem fruto e se multipliquem;
- Independentemente do que lhe parece a posição da Igreja sobre o controle da natalidade, é uma posição que se tem demonstrado ser profética.
—–
- Link para o artigo em inglês: http://www.businessinsider. com/time-to-admit-it-the- church-has-always-been-right- on-birth-control-2012-2
- Link para o artigo em inglês: http://www.businessinsider.
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