juliosevero
24 Mar 2012
ATLANTA, GEORGIA, 20 de março de 2012, (LifeSiteNews.com)
— O ex-presidente Jimmy Carter tem sido fortemente identificado como um
evangélico “nascido de novo” e como um esquerdista do Partido
Democrático por aproximadamente cinco décadas. Ele está mais uma vez
misturando esses papéis ao promover seu livro mais recente, sua própria
Bíblia de estudo.
Bíblia de estudo de Jimmy Carter |
NIV Lessons from Life Bible: Personal Reflections with Jimmy Carter
(Lições da NVI da Bíblia da Vida: Meditações Pessoais de Jimmy Carter)
contém o texto na íntegra da Nova Versão Internacional da Bíblia e as
orações, meditações e anotações do ex-presidente.
Durante a turnê de seu livro para promover um estudo da Bíblia, Carter mencionou que ele apoia o “casamento” homossexual.
O presidente Carter disse para Paul Brandeis Raushenbush, editor sênior de religião do [jornal esquerdista] The Huffington Post:
A
homossexualidade era muito conhecida no mundo antigo, muito antes do
nascimento de Cristo e Jesus nunca disse uma palavra sobre
homossexualidade. Em todos os ensinos dele sobre múltiplas coisas — ele
nunca disse que os gays deveriam ser condenados. Eu pessoalmente penso que é perfeitamente correto gays se casarem em cerimônias civis. (O destaque é nosso.)
Contudo, ele disse que estabelecia um limite, “talvez arbitrariamente, ao exigir por lei que as igrejas devam casar pessoas”.
“Se
uma igreja decide não fazer o casamento, então as leis do governo não
deveriam obrigá-la”, disse ele, acrescentando que sua própria igreja
aceita “membros gays em igualdade”.
Quando
Raushenbush o pressionou sobre se ele cria que a Bíblia é a Palavra de
Deus, Carter respondeu: “Os princípios básicos da Bíblia foram ensinados
por Deus, mas foram escritos por seres humanos que não tinham o moderno
conhecimento. Portanto, há algumas falhas nos escritos da Bíblia. Mas
os princípios básicos são aplicáveis à minha vida e não vejo conflito
entre eles”.
“Há
muitos versículos da Bíblia que as pessoas podem interpretar de modo
muito rígido”, disse Carter, “e tal interpretação transforma essa gente
em fundamentalistas no final das contas”.
“Fundamentalistas”, escreveu ele em seu livro de 2005, Our Endangered Values
(Nossos Valores em Perigo), tendem a “se comportar como demagogos em
questões emocionais” e “muitas vezes se iram e às vezes recorrem a abuso
verbal e até físico contra aqueles que interferem com a implementação
da agenda deles”. Carter aplicou esse termo a líderes tão divergentes
como o Aiatolá Komeini e o Papa João Paulo 2, a neoconservadores ateus e
seus colegas batistas.
Ele
argumentou que a “submissão das mulheres imposta pelos fundamentalistas
cristãos” contribui para a prática islâmica da mutilação genital
feminina.
Carter
escreveu que ele trocou duras palavras com o falecido Papa João Paulo 2
durante uma visita estatal sobre o que Carter classificou como a
“perpetuação papal da submissão das mulheres”. Ele acrescentou: “Havia
mais dureza quando tocamos no assunto da ‘teologia da libertação’”.
O
ex-presidente, que lançou as gravações das aulas de Escola Dominical
que ele dá e escreveu livros passados sobre a Bíblia, se desligou da
Convenção Batista do Sul em 2000. Ele e o ex-presidente Bill Clinton tentaram realinhar a denominação batista numa direção mais esquerdista ao convocar uma nova convenção batista em 2008. A formação dessa nova organização batista, escreveu ele, constituía um “evento histórico para os batistas dos EUA e talvez para o Cristianismo inteiro”.
Carter, cujo mandato presidencial sofreu estragos por turbulências nos EUA e no mundo, vem denunciando, em termos estridentes, aqueles que discordam de suas opiniões políticas.
Os
ativistas pró-vida, escreveu Carter, “não estendem sua preocupação ao
bebê que já nasceu”. De forma contrária, ele indicou que os EUA devem
apoiar a educação sexual com contracepção, o financiamento (com o
dinheiro dos contribuintes do imposto de renda) do “planejamento
familiar” internacional e pesquisas de células-tronco embrionárias.
Além do “casamento” para gays, Carter incentivou em 2007 as forças armadas a eliminarem sua política que impedia os soldados homossexuais de se assumirem, e em 2010 ele disse para o site Big Think que era hora dos EUA elegerem um gay como presidente.
A nova Bíblia de estudo, publicada pela Zondervan, está disponível em livrarias dos EUA.
Traduzido por Julio Severo do artigo de LifeSiteNews: Jimmy Carter supports same-sex ‘marriage’ as he launches his new Bible
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