18 Mar 2012
Em
uma audiência pública no fim do ano passado, 126 organizações civis,
sociais e não governamentais da Federação Russa e da Ucrânia aprovaram a
“Resolução de São Petersburgo Sobre os Rumos Anti-Família das Nações
Unidas”. Alexey Komov (representante do Congresso Mundial das Famílias
na Rússia e na Comunidade dos Estados Independentes) teve um papel
importante na elaboração da Resolução, que dispõe, entre outras coisas:
Don Feder no lançamento da Resolução de São Petersburgo, Rússia |
“O
lugar da família na história e na vida de todas as sociedades humanas é
absolutamente única, e nenhuma outra forma de relacionamento doméstico
pode ser vista como de igual valor e status. Qualquer tentativa de
prever igualdade de status para qualquer outra forma de relacionamento
doméstico, em especial as uniões entre pessoas do mesmo sexo, é
socialmente destrutiva”.
“Estamos
convencidos de que a família tradicional, o casamento, a geração e a
educação dos filhos são elementos inseparáveis uns dos outros”.
“A
separação artificial da geração e da educação de filhos da família
tradicional, da vida familiar e do casamento viola os direitos genuínos
da criança e causa a destruição de qualquer sociedade”.
“Estamos
convencidos de que as crianças possuem um direito inato de nascerem na
sua família natural (tradicional), de um homem e uma mulher casados, e
de viverem com seus pais e serem criadas por eles, ou seja, com seu pai e
sua mãe naturais. Mãe e pais são o modelo de vida para seus filhos,
principalmente no que concerne à vida familiar, que obedece à natureza
humana”.
“Estamos
seriamente preocupados com as ações de algumas organizações
internacionais nos últimos anos, agindo contrariamente aos interesses de
povos soberanos e manipulando a noção de 'direitos humanos’ para criar
artificialmente os assim chamados direitos que antes eram desconhecidos e
não possuem fundamento na natureza humana nem na natureza da sociedade,
como ‘direito ao aborto’ e o ‘direito de escolher sua orientação sexual
e identidade de gênero’. Na realidade, não existem tais direitos no
direito internacional, seja por uma obrigação decorrente de tratado ou
pelo direito internacional público costumeiro”.
“Em
particular, estamos bastante preocupados com o fato de que hoje, sob o
pretexto de defender os direitos das crianças sob uma interpretação
ilogicamente ampla e alguns ‘direitos humanos’ recentemente fabricados
(como os ‘direitos sexuais’), com o apoio da ONU e de seus organismos, a
cultura tradicional da vida familiar (que inclui a educação das
crianças nesse contexto) está sendo sistematicamente destruída por
muitas pessoas, incluindo algumas do nosso próprio país”.
“Insistimos
em que os Estados devem respeitar o papel e a posição única que os pais
naturais (biológicos) possuem nas vidas das crianças. Quaisquer
interpretações de qualquer posição dentro do direito internacional ou
nacional devem refletir a suposição natural de que os pais naturais
costumam agir de boa fé e conforme os interesses dos seus filhos. Os
direitos dos pais com relação aos seus filhos são naturais e não
'concedidos’ a eles pelo Estado ou por qualquer organismo nacional ou
internacional".
“Temos
também uma grande preocupação a respeito da recusa em proteger o
direito à vida da criança no útero sob o pretexto do invertido ‘direito
ao aborto’ da mulher. Estamos cientes de que ‘no que concerne aos fatos
científicos, uma nova vida humana começa na concepção’ e que ‘desde a
concepção, cada criança é, por natureza, um ser humano’. Crianças em
gestação são seres humanos e, portanto, há uma obrigação dos Estados sob
o direito internacional de proteger suas vidas da mesma forma que a de
qualquer ser humano. Ao mesmo tempo, ‘não existe um direito ao aborto no
direito internacional, seja por meio de tratado ou pelo direito
internacional público costumeiro'".
Entre
os 126 signatários estavam: Representante do Congresso Mundial das
Famílias na Federação Russa; filial regional de São Petersburgo do
movimento público “União das Mulheres Russas – A Esperança para a
Rússia”; filial regional de Tula da organização pública “Pela Vida e
Defesa dos Valores Familiares”; Irmandade Cossaca em Nome e Exaltação da
Cruz; Comissão Pública em Defesa da Família, Infância e Moralidade da
Cidade de Sarov em Oblast de Níjni Novgorod; Centro Médico e Educacional
Ortodoxo “Zhizn” em São Petersburgo; Grupo de Trabalho no Parlamento
Russo pela Defesa das Famílias e das Crianças; organização pública
“Comunidade de Grandes e Adotivas Famílias da Rússia - Muitos Filhos é
algo bom!”; União dos Advogados Ortodoxos; Organização Esportiva e
Patriótica “Rus” e Organização Pública “Ucrânia Cristã”.
Nota de Julio Severo: Esse documento importante me foi enviado diretamente pelo meu amigo Don Feder, que participou em Moscou do evento pró-família que lançou a Resolução de São Petersburgo.Traduzido por Luis Gustavo Gentil.Artigo originalmente publicado no boletim informativo de março de 2012 do Congresso Mundial das Famílias (World Congress of Families).Título original: “Saint-Petersburg Resolution on the anti-family trends in the United Nations”
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