19 de março
São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude de José, o
humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus Cristo,
e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era
descendente da casa de David. Mas, a parte de sua vida da qual temos
todo o conhecimento basta para que sua canonização seja justificada.
José é, praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo
Testamento, o derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus
vivo, através do caminho simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra
de Deus vivo. Escutando no silêncio.
Nas Sagradas Escrituras não há uma
palavra sequer pronunciada por José. Mas, sua missão na História da
Salvação Humana é das mais importantes: dar um nome a Jesus e fazê-lo
descendente de David, necessário para que as profecias se cumprissem.
Por isso, na Igreja, José recebeu o título de “homem justo”. A palavra
“justo” recorda a sua retidão moral, a sua sincera adesão ao exercício
da lei e a sua atitude de abertura total à vontade do Pai celestial.
Também nos momentos difíceis e às vezes dramáticos, o humilde
carpinteiro de Nazaré nunca arrogou para si mesmo o direito de pôr em
discussão o projeto de Deus. Esperou a chamada do Senhor e em silêncio
respeitou o mistério, deixando-se orientar pelo Altíssimo.
Quando recebeu a tarefa, cumpriu-a com
dócil responsabilidade: escutou solícito o anjo, quando se tratou de
tomar como esposa a Virgem de Nazaré, na fuga para o Egito e no regresso
para Israel (Mt 1 e 2, 18-25 e13-23). Com poucos mas significativos
traços, os evangelistas o descreveram como cuidadoso guardião de Jesus,
esposo atento e fiel, que exerceu a autoridade familiar numa constante
atitude de serviço. As Sagradas Escrituras nada mais nos dizem sobre
ele, mas neste silêncio está encerrado o próprio estilo da sua missão:
uma existência vivida no anonimato de todos os dias, mas com uma fé
segura na Providência.
Somente uma fé profunda poderia fazer
com que alguém se mostrasse tão disponível à vontade de Deus. José amou,
acreditou, confiou em Deus e no Messias, com toda sua esperança. Apesar
da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há
referências da data de sua morte. Os teólogos acreditam que José tenha
morrido três anos antes da crucificação de Jesus, ou seja quanto Ele
tinha trinta anos.
Por isso, hoje é dia de festa para a Fé.
O culto a São José começou no Egito, passando mais tarde para o
Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o Papa Pio IX o
proclamou São José, padroeiro universal da Igreja e, a partir de então,
passou a ser venerado no dia 19 de março. Porém, em 1955, o Papa Pio
XII fixou também, o dia primeiro de maio para celebrar São José, o
trabalhador. Enquanto, o Papa João XXIII, inseriu o nome de São José no
Cânone romano, durante o seu pontificado.
São José, rogai por nós!
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