15/03/2012
IHU - Usar
uma cruz é apenas uma "decoração religiosa" para muitas pessoas e não
parte essencial do cristianismo, afirmou o arcebispo de Canterbury.
A reportagem é de John Bingham, publicada no sítio do jornal The Telegraph, 12-03-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
A reportagem é de John Bingham, publicada no sítio do jornal The Telegraph, 12-03-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Dom Rowan Williams disse que o fato havia se tornado algo "que as pessoas religiosas inventam e se aferram" como substituto para a fé verdadeira.
Ele fez seus comentários no dia em que veio à tona que o governo britânico está debatendo no Tribunal Europeu que os cristãos não têm o "direito" de usar uma cruz como manifestação visível da fé.
Seus
comentários irritaram ativistas cristãos, que acusaram o arcebispo de
não se pronunciar pelo direito dos fiéis de usar cruzes.
Os juízes de Estrasburgo estão prestes a avaliar nos próximos meses um caso-teste sobre a liberdade religiosa na Grã-Bretanha.
O caso vai reunir quatro casos diferentes, incluindo o de Nadia Eweida, uma empregada da British Airways que enfrentou uma ação disciplinar por usar uma cruz no trabalho.
Os documentos elaborados pelo Ministério das Relações Exteriores argumentam que usar uma cruz não é protegido pela Convenção Europeia dos Direitos Humanos, porque isso não é visto como um componente essencial do cristianismo.
Em uma celebração religiosa em Roma, onde se encontrou com o papa no último fim de semana, Dom Williams disse que a cruz havia sido despojada do seu significado como parte de uma tendência de "fabricar" religião.
Usando como exemplo o relato de Jesus expulsando os cambistas do templo de Jerusalém, ele disse que o templo havia se tornado uma "fábrica de religião" e não um local de culto.
"Eu acredito que, durante a Quaresma,
uma das coisas que todos nós temos que enfrentar é olhar para nós
mesmos e perguntar até que ponto estamos envolvidos na fábrica de
religião", disse.
"E a própria cruz se tornou uma decoração religiosa", continuou.
Andrea Williams, diretora do Christian Legal Centre, que está apoiando parte da ação junto ao Tribunal Europeu, disse que as observações foram "pouco úteis".
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