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Sejus vai abrir processo disciplinar para saber porque ritual de conversão à igreja acabou virando nova farra de presos.
O
pastor da igreja evangélica Assembleia de Deus no Amazonas (Ieadam),
Raazac Vulcão disse, nessa segunda-feira (2), que houve um “mal
entendido” em relação aos presidiários fotografados em outubro do ano
passado, dentro de uma piscina nas dependências da Cadeia Pública
Raimundo Vidal Pessoa.
Piscina entrou na cadeia pelas mãos do pastor evangélico, desconfia a Sejus |
A piscina, com
capacidade para mil litros, seria usada para o ritual de novos
convertidos à igreja. A denúncia foi publicada nessa segunda (2) em A
CRÍTICA.
Em nota, a Sejus informou
que vai abrir um processo disciplinar para apurar o caso. “A Sejus já
está tomando as medidas cabíveis para a identificação dos presos e estes
passarão por processo disciplinar, conforme prevê a Lei de Execução
Penal e o Estatuto Penitenciário do Amazonas”, informa a nota.
“Há
mais de 30 anos, realizamos o ritual no presídio. O que houve, foi que
nós montamos a piscina e alguns detentos encheram-na para brincar antes
que começasse o evento. Então, algum policial deve ter fotografado esse
momento”, diz o pastor.
Ainda
conforme Raazac, a piscina foi montada em um “cantinho”, próximo a área
de lazer dos presidiários, o que teria contribuído para a à “festinha”
entre eles. Ele falou que antes havia um tanque na própria cadeia que
foi retirado do local durante uma obra.
O
batismo, segundo o pastor, foi realizado pelo presidente do Conselho de
Capelania da Assembleia de Deus, Paulo Farias. “À época eu só auxiliei e
a permissão para a entrada da piscina foi concedida pela Secretaria de
Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus)”, ressaltou Raazac.
Para
Sejus o caso é diferente do que aconteceu na Unidade Prisional do
Puraquequara (UPP), quando detentos apareceram em fotografias de festas,
com direito a bebidas alcóolicas e churrascadas, publicadas na rede
social Facebook e denunciados no último dia 26 em A CRÍTICA.
O
diretor da Cadeia Raimundo Vidal Pessoa, Jean Oliveira, não quis falar
sobre o caso. A Sejus enviou uma cópia do pedido de autorização,
destinado a ela pela igreja evangélica Assembleia de Deus no Amazonas,
com data de 25 de outubro do ano passado. Além da piscina, foi
solicitada a entrada de uma câmera filmadora e fotográfica e mais um
profissional.
Cerimônia
Segundo o pastor Razk Vulcão, responsável por visitar os presídios de Manaus, nos últimos 30 anos, mais de três mil presidiários receberam o batismo da igreja Assembleia de Deus, que, antes de realizar a cerimônia, prepara cada detento.
Segundo o pastor Razk Vulcão, responsável por visitar os presídios de Manaus, nos últimos 30 anos, mais de três mil presidiários receberam o batismo da igreja Assembleia de Deus, que, antes de realizar a cerimônia, prepara cada detento.
A preparação
para a conversão é feita por meio de palestras, que explicam no que
consiste o ritual e o que eles vão receber no dia da imersão (mergulho),
neste caso, em uma piscina montada no local do ritual.
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