23/04/2012
IHU - O cisma dos lefebvrianos – que talvez esteja chegando ao fim
– dura 23 anos, mas o ramo anticonciliar do qual eles germinaram
remonta a 44 anos atrás e tem uma data de início fortemente simbólica:
1968.
Para a reabsorção do cisma – palavra grega que significa ruptura –, o Papa Bento XVI está trabalhando com decisão, e parece que as negociações entre a Santa Sé e a Fraternidade São Pio X, que começaram há três anos, estão andando bem. A última palavra não foi dita, mas as péssimas previsões da metade de março estão agora abaladas. Desde setembro, o papa e a Cúria esperam que a Fraternidade assim embaixo de um "preâmbulo doutrinal", em que se afirma a aceitação do Vaticano II com menção ao ecumenismo e à liberdade religiosa, de cuja rejeição nasceu o cisma.
A reportagem é de Luigi Accattoli, publicada no jornal Corriere della Sera, 21-04-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Para a reabsorção do cisma – palavra grega que significa ruptura –, o Papa Bento XVI está trabalhando com decisão, e parece que as negociações entre a Santa Sé e a Fraternidade São Pio X, que começaram há três anos, estão andando bem. A última palavra não foi dita, mas as péssimas previsões da metade de março estão agora abaladas. Desde setembro, o papa e a Cúria esperam que a Fraternidade assim embaixo de um "preâmbulo doutrinal", em que se afirma a aceitação do Vaticano II com menção ao ecumenismo e à liberdade religiosa, de cuja rejeição nasceu o cisma.
A reportagem é de Luigi Accattoli, publicada no jornal Corriere della Sera, 21-04-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Até
meados de março, a Fraternidade havia feito a declaração de que não
podia assinar esse "preâmbulo", acompanhada por contrapropostas que a Congregação para a Doutrina da Fé e
o papa consideraram "insuficientes". A última resposta que veio do
Vaticano na última segunda-feira, 16, por e-mail, pareceu ser
"significativamente diferente" das anteriores, a ponto de constituir –
segundo o porta-voz, Lombardi – "um passo à frente e um fato encorajador".
Eles
não disseram que aceitam o "preâmbulo", mas que poderiam aceitá-lo se
fossem feitos alguns "acréscimos ou esclarecimentos". A Congregação para a Doutrina irá avaliar os pedidos, e Bento XVI tomará uma decisão. Mas não se sabe se a possível solução positiva irá abrir um período de paz no catolicismo.
O retorno à "comunhão com Roma"
da atual dirigência lefebvriana poderia provocar a separação da ala
intransigente que considerou "escandalosas" a beatificação do Papa Wojtyla e
a convocação da Jornada de Assis em outubro passada. Nos episcopados, a
reentrada dos lefebvrianos "moderados" irá agravar o debate sobre os
ajustes beneditinos da herança wojtyliana. Cinquenta anos depois do
início do Vaticano II, o conflito sobre a sua interpretação está mais acesa do que nunca.
Um comentário:
Salve Maria,
Venho dizer que não acredito que seja um cisma e sim uma não aceitação do Concilio Vaticano II que podemos vê depois destes anos todos, o que vemos é uma apostasia generalizada.
E sim seus frutos foram maus até porque ele nunca foi um Concilio Dogmático e sim pastoral.
E com a graça de Deus a Fraternidade vai continua sua luta.
PAX
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