WASHINGTON DC, 24 Abr. 12 (ACI/EWTN Noticias)
Um grupo de muçulmanos incendiou uma igreja católica em Kartum, capital do Sudão do Sul, ato que foi qualificado por especialistas como mais um lamentável incidente de "hostilidade religiosa".
Centenas de muçulmanos botaram fogo no templo na noite de sábado 21 de abril, aonde vão para rezar muitos habitantes cristãos do Sudão do Sul.
Um grupo de muçulmanos incendiou uma igreja católica em Kartum, capital do Sudão do Sul, ato que foi qualificado por especialistas como mais um lamentável incidente de "hostilidade religiosa".
Centenas de muçulmanos botaram fogo no templo na noite de sábado 21 de abril, aonde vão para rezar muitos habitantes cristãos do Sudão do Sul.
A cobertura destes fatos realizada por
diversos meios seculares tentou apresentar o ataque como um assunto
relacionado somente à política e a economia por causa do enfrentamento
entre Sudão do Sul e Sudão do norte.
A respeito, Nina Shea, Diretora do Hudson Institute’s Center para a Liberdade Religiosa, assinalou ao Grupo ACI
que "durante muitos anos, os meios internacionais não puderam ver a
dimensão religiosa deste conflito. Ao ler equivocamente a mensagem do
incêndio da Igreja em Kartum, a imprensa demonstra que este ponto cego ainda se mantém".
Shea
recordou, além disso, que "os ataques para destruir Igrejas se
converteram em um padrão em cada vez mais áreas islâmicas. Em anos
recentes, as Igrejas - algumas com fiéis cristãos– foram queimadas ou
bombardeadas repetidamente no Egito, Iraque e Nigéria".
"Não
existe mostra mais dramática da perseguição religiosa. A população
cristã do Sudão já faz tempo que é o objetivo da violência de
extremistas, incluindo a do governo radical do General Bashir, que
advertiu que Sudão do Sul se tornava independente e não ia tolerar a
diversidade religiosa no norte".
Finalmente, Nina Shea indicou
que "por quase duas décadas, Kartum, cidade em que se aplica a lei
islâmica do norte, tentou impor à força a lei sharia (muçulmana)
principalmente nos cristãos e nos animistas do Sudão do Sul, algo que
impulsionou uma rebelião que custou dois milhões de vidas".
Sudão
do Sul, majoritariamente cristão, separou-se de Sudão para converter-se
em um país independente em 2011. Nas tensões que ainda se vive na
região, o componente religioso segue sendo fundamental, explicou Shea.
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