quinta-feira, 5 de abril de 2012

O primeiro dos Dez Mandamentos da lei de Deus (parte I)

Catequese pastoral do Padre Reginaldo Manzotti (foto)
CURITIBA, terça-feira, 03 de março de 2012 (ZENIT.org) - Publicamos a seguir uma contribuição especial enviada ao ZENIT pelo Padre Reginaldo Manzotti, sacerdote, cantor, compositor e grande evangelizador no Brasil. Trata-se da primeira parte de uma série de catequeses que o padre nos estará enviando sobre os 10 mandamentos.
O padre Reginaldo concedeu ao ZENIT no mês de fevereiro desse ano uma entrevista exclusiva explicando o seu trabalho no Brasil. Pode ser lida acessando esses dois links:
Primeira parte: http://www.zenit.org/article-29726?l=portuguese
Segunda parte: http://www.zenit.org/article-29781?l=portuguese
***

Por Padre Reginaldo Manzotti*
Os mandamentos da lei de Deus começam dizendo: “Amar a Deus sobre todas as coisas”. De fato, o primeiro mandamento se refere do amor a Deus. E Jesus resumiu dessa forma: amarás o senhor teu Deus, de todo o coração, de toda a tua alma, de todo o entendimento (Mateus 22,27). São palavras que seguem do Antigo Testamento. Escutem Israel, o Senhor nosso Deus: o Senhor nosso Deus é único (Dt 6,4).
O primeiro mandamento, “Amar a Deus sobre todas as coisas” condena o politeísmo. (Do grego: Poli, muitos; Théos: deus). E condena toda a forma de idolatria, ou seja, adorar outros deuses.
Mas o que é idolatria? É tudo aquilo que no nosso coração ocupa o lugar de Deus. Portanto, o primeiro mandamento é contra colocar no lugar de Deus outros deuses. Adorar a Deus, orar a ele, oferecer-lhe o culto que lhe é devido e cumprir as promessas faz parte do primeiro mandamento.
Mas quais são as faltas graves contra o primeiro mandamento? Superstição é um dos exemplos. “Não vou passar em baixo de uma escada que me dá agouro”. “Vou usar fita vermelha que tenho sorte”. Mas até onde isso ofende Deus? A reposta é: ou acreditamos que ele é Deus, nosso único Senhor ou não.
Atualmente, estamos vivendo a pior fase do ateísmo, principalmente nas famílias. Fico perplexo em ver avós, pais e filhos que estão se tornando ateus. E não estamos tratando de uma negação direta a Deus, porque toda a negação é uma afirmação. Falo da indiferença. E a indiferença religiosa é a pior forma de ateísmo.
Por exemplo, a indiferença de ir na igreja, no rezar, na devoção, a indiferença sobre o que é a Eucaristia. Fico angustiado, pois quantos adolescentes jovens não têm a Primeira Comunhão e a Crisma. Os filhos não vão mais para a Catequese. E essa indiferença é uma forma de ateísmo. Uma falta grave contra o primeiro mandamento.
Magia, espiritismo, idolatria, simonia (comércio de funções sagradas – querer comprar a graça de Deus) também são faltas graves contra o primeiro mandamento. A blasfêmia contra Deus e os santos também.
Tentar a Deus; recorrer a Satanás e aos demônios para descobrir o futuro; consulta de horóscopo; necromancia; invocação de mortos e mesa branca/mesa preta; missas negras; cartomantes; interpretação da sorte; buscar refúgio, recurso à mediunidade. Tudo isso esconde uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e sobre a providência de Deus.
Encontramos o que a Bíblia chama de ocultismo, nos seguintes textos:  Levítico 19, 31; Deuteronômio 3, 19; e Primeiro Coríntios 10, 12-13.
A feitiçaria também é algo que fere o “Amar a Deus sobre todas as coisas”. São pessoas que pretendem domesticar os poderes ocultos. A superstição também é o desvio do sentimento religioso. É acreditar, por exemplo, na sorte. “Eu vou à missa, mas dentro de casa eu tenho que ter uma ferradura, ou um trevo de quatro folhas. Sou católico, mas eu acredito em figa, em objetos, amuletos”.
Texto de Primeiro Coríntios 10, 19-22: Que quero dizer com isto? Que a carne sacrificada aos ídolos seja alguma coisa? Ou que os ídolos mesmo sejam alguma coisa? Não! Mas aquilo que os ímpios imolam, eles imolam aos demônios e não a Deus. Ora, não quero que entreis em comunhão com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar da mesa do senhor e da mesa dos demônios. Ou queremos provocar o ciúmes do Senhor? Queremos ser mais forte do que ele?
Este texto e os outros que seguem, ele fala de como superar a idolatria, a prática pagã.
A ação de tentar Deus consiste em pôr à prova, em palavras ou atos a bondade e a onipotência. O grave pecado contra o primeiro mandamento é colocar Deus em segundo lugar. Como muitos fazem: primeiro lugar dinheiro, depois Deus. Quem ama a Deus cumpre seus mandamentos e suas vontades.

*Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso e pároco da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR). Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos por milhares de emissoras do país e exterior. Site: www.padrereginaldomanzotti.org.br.

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